Resenha de Livro
Curso de Formação em Terapia Relacional Sistêmica
Psicóloga Solange Maria Rosset

 

Nome do Livro:

A doença como caminho

 

Autor do Livro:

Thorwald Dethlefsen e Rüdiger Dahlke

 

Editora, ano de publicação:

Editora Cultrix, São Paulo - 1997

 

Relação dos capítulos

Parte 1: Condições prévias para a compreensão da doença e da cura.

            1. A doença e os sintomas.

            2. Polaridade e unidade.

            3. A sombra.

            4. Bem e mal.

            5. O ser humano está doente.

            6. A busca das causas.

            7. O método do questionamento profundo.

 

Parte 2: Interpretação dos sintomas das doenças.

            1. A infecção.

            2. O sistema imunológico

            3. A respiração.

            4. A digestão.

            5. Os órgãos dos sentidos.

            6. As dores de cabeça.

            7. A pele.

            8. Os rins.

            9. A sexualidade e a gravidez.

            10. O coração e a circulação.

            11. O sistema motor e os nervos.

            12. Os acidentes.

            13. Os sintomas psíquicos.

            14. O câncer.

            15. Aids.

            16. O que podemos fazer

 

Lista das correspondências psíquicas dos órgãos e palavras-chave para as partes do corpo.

 

Apanhado resumido sobre cada capítulo

Parte 1: Condições prévias para a compreensão da Doença e da Cura

1. A doença e os sintomas. (11)

Este livro propõe a visão do ser humano como um todo, composto de corpo e alma, formando uma unidade. (12)

A medicina ortodoxa perdeu de vista a totalidade do ser humano. Os procedimentos médicos orientam-se unicamente pela funcionalidade e pela eficácia esquecendo-se da Alma Interior. (12)

O livro traz a proposta de vermos o sintoma como um sinal de advertência de que algo não está em ordem não só com o corpo, mas também com a alma. Precisamos compreender para o que o sintoma está apontando. (16)

O sintoma delata a verdade nua e crua sobre nós mesmos, precisamos ouvir e entender os sintomas. Aí está a chance de transmutar a doença. A intenção não é a de combater a doença e sim a de usá-la. (19)

 

2. Polaridade e Unidade (21)

Ao dizer EU, a pessoa se separa de tudo aquilo que percebe como NÃO-EU, como TU, e, torna-se prisioneira da polaridade. O ego do ser humano torna-lhe impossível perceber ou sequer imaginar uma unidade ou totalidade de qualquer tipo. A doença é a polaridade; a cura é a vitória sobre a polaridade. (21) (22)

 

3. A Sombra (41)

Tudo aquilo que nós não queremos ser, tudo o que não desejamos encontrar dentro de nós, tudo o que não queremos viver, e tudo o que não queremos deixar participar da nossa identificação, forma nossa sombra. A doença é a expressão física de alguma coisa que está na consciência humana. A doença torna os homens honestos porque torna visível o que eles reprimiram. (41) (42) (46)

 

4. Bem e Mal (47)

Qualquer julgamento de valor nos leva ao apego. Enquanto formos apegados não nos livraremos do sofrimento. Continuaremos pecadores, imperfeitos e doentes. (54)

 

5. O Ser Humano Está Doente (57)

O homem está doente porque lhe falta a Unidade. (57)

A cura sempre está associada a uma ampliação de consciência e a um amadurecimento pessoal. (60)

 

6. A Busca das Causas (61)

Passado / Futuro (65)

 

7. O Método do Questionamento Profundo (71)

A Causalidade na Medicina. (72)

A Qualidade Temporal da Sintomatologia.(75)

Analogia e Simbolismo dos Sintomas. (76)

As Conseqüências Forçadas. (80)

O Significado Comum de Sintomas Contraditórios. (80)

Níveis de Escala (81)

A Cegueira Pessoal. (86)

 

Parte 2: Interpretação e Significado dos Sintomas das Doenças

1. A infecção. (91)

Conflitos não resolvidos são precipitados para a forma física onde se tornam visíveis através das inflamações. (92)

Para descobrir de que conflito se trata , basta prestar atenção ao simbolismo do órgão afetado ou da parte doente do corpo. (102)

Assim como o corpo sai mais forte após uma vitória contra uma doença infecciosa , a pessoa sai de cada conflito resoluta, fortalecida, e mais madura. (97)

 

2. 0 Sistema Imunológico. (103)

A alergia é a exteriorização da agressividade. (107)

Os alérgicos não tem limites em seus jogos de poder.Na tirania sobre o meio ambiente, o alérgico encontra um belo campo de ação para concretizar sua agressividade reprimida sem se dar conta da manipulação envolvida. (105) (106)

 

3. A Respiração. (109)

A respiração simboliza os seguintes temas: (111)

- Ritmo

- Contração-descontração

- Receber-dar

- Contato-resistência ao contato

- Liberdade-restrição

Ao respirarmos pela primeira vez damos o primeiro passo para o mundo exterior, livrando-nos de nossa união simbólica com a mãe, tomamo-nos independentes, auto-suficientes, livres.

Toda dificuldade respiratória, muitas vezes, é sinal de medo, medo de dar o primeiro passo rumo à independência. Nesses casos, a liberdade produz o efeito de "nos tirar o fôlego", ou seja, provoca o medo do desconhecido. (111)

A Bronquite Asmática (113)

   1) Dar e receber. (113)

   2) O desejo de se isolar. (114)

   3) Desejo de poder e sensação de inferioridade. (114)

   4) Recusa a enfrentar o lado sombrio da vida. (116)

Gripes e resfriados (118)

Quando a pessoa enfrenta situações críticas, quando se "sente entupida" ou "sufocada". (118)

 

4. A Digestão (121)

Os Dentes (123)

Morder é uma atividade bastante agressiva.

Dentes ruins e doentes são um indício de que a pessoa não consegue demonstrar muito bem sua agressividade ou encontra dificuldade em se impor. (123)

Engolir (125)

Engolir significa incorporar.

Náuseas e Vômitos (126)

A náusea sinaliza que recusamos algo e que por essa razão "causa mal-estar estomacal".

Vomitar é "não-aceitar".

O Estômago (126)

A pessoa que sofre do estômago deixa totalmente de demonstrar sua agressividade (engolindo tudo) ou exagera na agressividade. É alguém que não se quer permitir ter conflitos. (127)

A tendência básica de dirigir os nossos sentimentos para dentro , em vez de para fora provoca com o tempo a formação de úlceras gástricas. (128)

Intestino Grosso e Delgado (131)

Distúrbios no intestino delgado alertam para a análise e a critica excessiva dos fatos. Na diarréia temos um indício da problemática do medo , do apego demasiado , além de nos ensinar a deixar as coisas fluírem. (131)

A prisão de ventre indica que não se quer dar nada. Evidencia um apego excessivo às coisas materiais e à incapacidade de conseguir desapegar-se desse âmbito da vida. (132)

O Pâncreas (133)

As pessoas diabéticas desejam amor ; no entanto , não se atrevem a procurá-lo ativamente.Como não conseguem obtê-lo ,já que não aprenderam a dar amor, este passa por elas sem deixar sinal , e essas pessoas têm de expelir o açúcar que não assimilaram. (134)

O Fígado (134)

Um fígado doente mostra que a pessoa está assimilando algo em demasia , algo que ultrapassa sua capacidade de elaboração ; mostra a falta de moderação, idéias exageradas de expansão e ideais elevados demais. (135)

A Vesícula Biliar (138)

Pedras na vesícula são impulsos fossilizados de agressividade.

Anorexia Nervosa (138)

A recusa dos anoréxicos em relação à comida significa uma negação do corpo e de todas suas exigências. (140)

Também revela medo da proximidade e do calor humanos.

 

5. Os Órgãos dos Sentidos (143)

Os Olhos (145)

-A miopia aflige em geral as pessoas jovens , elas carecem de uma visão geral de longo alcance., vêem apenas o próprio mundo limitado que as cerca. (146)

-A hipermetropia incide nos idosos.A idade traz consigo mais facilidade para manter-se a distância e olhar de longe.(146)

-A conjuntivite mostra a existência de um conflito.(147)

-Estrabismo revela uma visão unilateral do mundo.(147)

-Catarata mostra que não há mais como ver as coisas com nitidez. (147)5

-O glaucoma leva a uma diminuição crescente do campo visual .Fica-se cego a não ser para o aspecto da realidade que queremos ver. (148)

Os Ouvidos (148)

A capacidade de ouvir é a expressão corporal da obediência e da humildade. (149)

 

6. As Dores de Cabeça (153)

A dor de cabeça revela que nossos pensamentos são incorretos, nos avisa que estamos aplicando mal nossas idéias, que temos objetivos duvidosos. (154)

A enxaqueca é uma transferência da sexualidade para a cabeça. (154)

 

7. A pele (159)

A pele estabelece limites entre os pólos, ao mesmo tempo que serve de contato entre eles. (159)

A pele revela ao mundo exterior o que se passa no nosso interior.(161)

Rachaduras na pele revelam que alguma coisa reprimida deseja ultrapassar as fronteiras da repressão a fim de se tornar visível. (162) (163)

A Coceira mostra que alguma coisa está nos arranhando ou estimulando no âmbito psíquico. (164)

 

8. Os Rins (167)

Os rins representam o âmbito da parceria.

Dores renais e moléstias dos rins sempre surgem quando estamos envolvidos em conflitos com nossos parceiros.

Todas as dificuldades que temos com nosso parceiro são dificuldades que temos com nos mesmos (168)

O cálculo renal corresponde a um acúmulo de assuntos que já deveriam ter sido solucionados, visto não serem úteis para nossa evolução. (172)

As funções renais cessam totalmente, e uma máquina, um rim artificial , tem de assumir as funções vitais de purificação quando nenhum parceiro é perfeito, ou suficientemente confiável, ou quando o desejo de liberdade e de independência é mais forte. O rim artificial além de ser um parceiro ideal e perfeito, apresenta a vantagem de não ter vontade própria. Ele faz tudo o que dele se espera. (173)

A bexiga está relacionada com pressão. A pressão, sentida primeiro pela psique, é empurrada para baixo, para a bexiga, e é então sentida como pressão física. (175)

 

9. A Sexualidade e a Gravidez (179)

É na esfera da sexualidade que cada pessoa sente a sua imperfeição e procura pelo que lhe falta. Ela se une fisicamente com o seu pólo oposto e nessa união sente um novo estado de consciência que denomina orgasmo.

Orgasmo é uma pequena morte, pois exige o desapego do eu. (182)

A menstruação é uma expressão da feminilidade, da fecundidade e da receptividade.

   o O fato de não se reconciliar com a própria feminilidade é que serve de pano de fundo para a maioria dos distúrbios menstruais.(18l)

   o Na gravidez psicológica, o corpo mostra sua verdade, ele incha, estufa, mas continua vazio de conteúdo. (183)

   o Problemas durante a gravidez podem revelar, em algum nível, certo grau de rejeição da mãe em relação ao filho.(183)

   o Toxemia Gravídica (184)

   o As mulheres com problemas no âmbito do amor tem dificuldades para se tornarem receptivas a um filho. (185)

   o O fato de uma mãe não amamentar o filho,revela que não está disposta a alimentá-lo e protegê-lo, nem a intervir diretamente a favor do bebê. (186)

   o Se uma mulher não concebe um filho,mesmo que o deseje,isto revela que existe uma resistência inconsciente à.gravidez. (186)

   o Os sintomas da menopausa equivalem à perda da feminilidade e, ao mesmo tempo, a perda da capacidade feminina de se expressar. (187)

   o Subjacentes a todas as dificuldades sexuais ,existe o fator medo. (187)

 

10. 0 Coração e a Circulação (191)

o Pessoas com pressão excessivamente baixa deixam de enfrentar os limites. (191)

o Pessoas com pressão excessivamente alta vivem sob pressão, reprimem sua agressividade através do autocontrole. (192)

o O coração envolve o emocional. Os cardíacos tem medo de sofrer com o coração. (196)

 

11. 0 Sistema Motor e os Nervos (199)

Quem carrega um fardo demasiado pesado nas costas e não se conscientiza desse estado sente a pressão do corpo como dores nos discos intervertebrais. (201)

O reumático inibe sua agressividade no âmbito motor, ele bloqueia a energia no âmbito muscular. (205)

 

12. Os Acidentes (211)

Um acidente questiona de forma súbita o modo de a vítima fazer as coisas. (213) Se na vida de uma pessoa acontecem acidentes de forma repetitiva, esse fato revela que ela ainda não conseguiu resolver seus problemas na consciência e que, portanto, faz escala no aprendizado à força. (213)

Nem o desejo de liberdade, nem o conflito, podem libertar-se por si. Eles têm de esperar pela interferência de um fato externo-o acidente. (216)

Queimaduras nos tornam conscientes de que estamos brincando com algo perigoso. (216) Uma fratura mostra que, no âmbito psíquico, uma pessoa se aferrou em demasia a uma norma sem se dar conta do fato. (218)

 

13. Os Sintomas Psíquicos (219)

Os sintomas psíquicos são uma expressão direta do problema.(221)

A depressão está envolvida com subjugar e reprimir. (221)

Quem sofre de insônia tem dificuldade em desapegar-se do controle consciente e tem medo do próprio inconsciente. (225)

A pessoa que adquire um vício, projeta o objetivo de sua busca em alguém ou algo e encerra imediatamente sua busca. Ela se identifica com esse objeto substituto, e nunca se cansa dele. (228)

A compulsão de comer demais. (229)

As bebidas alcoólicas. (229) O cigano. (230) As drogas. (230)

 

14. O Câncer (233)

O câncer é o sintoma do amor mal compreendido. (240)

 

15. Aids (241)

Na aids, o corpo vive e aprende como renunciar à resistência e, através dessa renúncia, aprender o amor por tudo. (246)

 

16. 0 que Podemos Fazer. (249)

A medicina tradicional tem como objetivo eliminar o sintoma.

A solução está em observar, compreender a validade do princípio manifestado pelo sintoma e poder aceitá-lo. (251)

 

Apreciação pessoal sobre o livro

Livro que nos passa uma nova visão sobre doença e cura.

Sua leitura torna-se indispensável para todos os profissionais envolvidos nas áreas bio-psico-sociais, bem como para o auto-conhecimento.

 

Nome do autor da resenha e data: Désirée Pereira Jorge Bettega, Set/2002.