Resenha de Livro
Curso de Formação em Terapia Relacional Sistêmica
Psicóloga Solange Maria Rosset

 

Nome do Livro:

Cada um se deita na cama que faz

 

Autor do Livro:

Nathalie de Salzmann de Etievan

 

Editora, ano de publicação:

Horus, 2000

 

Relação dos capítulos

Primeira parte: O que nos separa.

1 - Aspectos negativos da vida moderna

2 - O direito à felicidade

3 - Naturezas diferentes

4 - A falta de comunicação

5 - a ausência de uma educação do sentimento

6 - As imagens

7 - A preguiça

8 - O desejo de dominar o outro

9 - O sentimento de propriedade

10 - Pretender ser o que não somos

11 - O rancor acumulado

12 - O nascimento de uma criança

13 - O ciúme

14 - A infidelidade

15 - O sentimentalismo

16 - O machismo e o feminismo

17 - O egoísmo

18 - A rotina

19 - O medo

Segunda parte: O que poderia unir-nos.

1 - A busca de um sentimento de melhor qualidade

2 - Aprender a abrir-se

3 - Aprender a comunicar-se

4 - dar atenção

5 - O esforço

6 - Pensar no outro

7 - Estar disponível

8 - Conhecer o que somos

9 - A entrega total

10 - A confiança

11 - O desejo de ser felizes

12 - A educação das crianças

13 - Ser práticos

Terceira parte: O sexo.

1 - O que é o sexo?

2 - Educação sexual no oriente e no ocidente

3 - O sexo permissivo

4 - Como Ter uma boa relação sexual?

5 - O que poderia ser o sexo

6 - Como chegar a sentir?

Quarta parte: O amor.

1 - O que é o amor?

2 - O que fazer com nossas manifestações negativas?

3 - Aprender a amar

4 - O amor e sua relação com o divino

5 - Como entrar em contato com um sentimento positivo

Quinta parte: Exercícios para casais.

Nº1: Olhar o outro

Nº2: Sentir o rosto

Nº3: De costas

Nº4: Fazer algo juntos

Nº5: Sentir a mão

Nº6: As almofadas

Nº7: Olhar-se

Nº8: Aprender a expressar o negativo

Nº9: Os ombros

Nº10: Pensar no positivo

Nº11: Preparar o encontro

Nº12: Sentir as costas

Nº13: Papéis diferentes

Nº14: O que falta no casamento?

Nº15: dar-se as mãos

Nº16: O que espero do outro?

Nº17: Atuar

Nº18: Fazer algo para o outro

Nº19: Pedir ajuda

 

Apanhado resumido sobre cada capítulo

• Primeira parte: O que nos separa

Cap. 1: aspectos negativos da vida moderna

Existem dificuldades no dia-a-dia de um casal (as familiares, econômicas, o mau-humor das pessoas, etc.) que geram uma tensão na pessoa. Esta, por sua vez, foge destas situações angustiantes se refugiando num quarto ou na frente da TV, ou sai com amigos; porém, a angústia some e ela desconta sua irritação no parceiro(a). Nestas circunstâncias, seria melhor que a pessoa enfrentasse as dificuldades da vida moderna.

 

Cap. 2: O direito à felicidade

Se alguém pensa que o outro é que trará a felicidade para sua vida, deve se esforçar para também dar a felicidade ao outro. Entrar numa relação querendo que o outro me faça feliz sem ceder em nada, é ser egoísta e ter certeza de que a relação está baseada em satisfazer a si mesmo, sem pensar no que o outro também quer naquele momento. A felicidade só é alcançada quando quem a quer faz tudo o que pode e deve para ser feliz.

 

Cap. 3: Naturezas diferentes

Homens e mulheres possuem naturezas diferentes que podem atrapalhar a relação de um casal quando a pessoa não se dispõe a perceber sua própria natureza em 1º lugar. Em seguida, precisa perceber como o outro funciona (a natureza do sexo oposto). Se conhecermos o que nos separa, poderemos conhecer o que pode nos unir. É preciso sentir a si mesmo, dar-se conta de como é, para depois sentir o outro.

 

Cap.4: a falta de comunicação

Uma comunicação entre um casal tem de ser completa. Tudo em mim tem que querer comunicar-se com o outro. se cada um ficar preocupado com seus interesses próprios, se tornam rodas de uma carruagem: rodam juntas, mas nunca se tocam. Há que se treinar à apreciar as diferenças positivas que nos tornam complementares.

 

Cap. 5: A ausência de uma educação do sentimento

Somos educados a não expressar nossos sentimentos, a sufocá-los. Poderíamos então, a partir de agora, começar a educar as crianças dando muito carinho e toque, pois aprenderão a dar isso (alguém só pode dar o que recebeu) e também ensinando à elas que podem expressar suas emoções, mesmo a agressividade, porém, explicitando a reação igual ou mais intensa que o outro poderá ter.

 

Cap. 6: As imagens

As pessoas formam imagens de si mesmas e do parceiro(a) também. Mostram para o outro algo que não são e depositam expectativas no outro daquilo que quer que ele seja e estas acabam não sendo o que a pessoa esperava. Assim, as relações se desfazem. Porque não aproveitar esse momento para conhecer quem é o outro verdadeiramente e permitir se conhecer também? É valido lembrar, que todas as dificuldades de se relacionar devem começar a ser trabalhadas a partir de si mesmo.

 

Cap.7: Preguiça

As pessoas devem se dar conta de que sempre podem escolher entre estar agindo ou ficar passivo. Quando se permanece na preguiça, a pessoa se acostuma a mentir a si mesma: já fez tudo e precisa descansar! E também a defender essas mentiras. Quando começar a ver a própria realidade, a pessoa desperta para a maneira insatisfatória que vive e começa a desejar mudar essa situação. De repente, não faltam energias, mas sim, surgem energias para fazer aquilo que acha que é seu dever.

 

Cap. 8: O desejo de dominar o outro

Existe uma tendência no ser humano de dominar o outro. O outro torna-se desvalorizado e tratado como objeto. Essa atitude (dominar), provém de dúvidas de seu próprio valor - ou seja, ele não sabe de muitas coisas sobre si mesmo. Devemos então, começar a aceitar que não sabemos diversas coisas, para nos sentirmos mais honestos, abertos e permitir acercarmo-nos de um outro.

 

Cap.9: O sentimento de propriedade

O sentimento de propriedade surge como manifestação de amor e conduz a uma submissão. Na verdade, ninguém pertence a ninguém. O ser humano precisa deixar o outro livre, pois para crescer interiormente, ele necessita de liberdade. Só assim é possível aprender coisas novas juntamente com o outro. o egoísmo num casal é uma negação do ouro e as relações não podem construir-se com base na negação.

O primeiro passo é começar a pensar no porquê do egoísmo e estar prisioneiro desta situação. Para então, começar a acreditar que não sendo egoísta, terá mais liberdade e assim, vai poder ajudar os filhos a não crescerem egoístas.

 

Cap. 10: Pretender ser o que não somos

Isso acontece com as pessoas porque desde muito cedo acreditamos que não valemos nada, pois os adultos dificilmente dão amor verdadeiro aos filhos. Passamos a ser o que não somos, pois o que somos realmente não agrada aos outros. Acreditar na máscara, dificulta enxergarmos como somos de verdade. Sendo assim, a primeira providência é a tomada de consciência das máscaras que utilizamos. Estas, impedem uma comunicação honesta; devemos começar a baixá-las se queremos verdade nas relações. Devemos verificar que resultados acontecem quando abrimos mão das máscaras e o mais importante: sem esperar que o outro tire suas máscaras também.

 

Cap. 11: O rancor acumulado

Os sentimentos negativos que temos contra o outro devido a coisas ditas e feitas que achamos injustas, se acumulam porque não falamos disso, não abrimos o problema, não nos comunicamos e nem dizemos o quanto sofremos. É preciso estar refletindo sobre o que o outro disse, para verificar o que tem de verdade em suas reclamações, para sentir , reconhecer e dar-se conta da verdade.

 

Cap. 12: O nascimento de uma criança

O nascimento de um filho provoca sentimentos contraditórios. O homem começa a sentir-se abandonado e a mão não deixa espaço para o pai. A mãe pode começar a aproximar o filho do pai, oferecendo carinho aos dois. É importante mencionar que uma criança não deve servir de pretexto para que as idéias de um prevaleçam sobre as do outro.

 

Cap. 13: O ciúme

O primeiro passo para lidar com o tema ciúme é reconhecer que o sente. O segundo, é construir a confiança em si mesmo. O ciumento é quem provoca tudo o que vai acontecer; se ele visse essa questão, poderia começar a usar seu lado positivo / seu valor.

 

Cap. 14: A infidelidade

Existem dois tipos de infidelidade: a física e a emocional. A infidelidade física do homem é algo natural, pois ele precisa eliminar grande quantidade de sêmen que produz. Quando um homem trai uma mulher fisicamente, a mulher sente-se desvalorizada, ou seja, ela se nega e esta atitude a torna desagradável para todos que estão à sua volta. O homem pode ainda, envolver-se emocionalmente com outra mulher - passar a gostar de outra e é isso que realmente pode destruir um casal.

A infidelidade feminina é mais perigosa porque a mulher se envolve mais, até fisicamente.

Para impor o conceito de exclusividade, a pessoa deve compartilhá-lo com o outro - o outro também deve se submeter a este pensamento. Os dois devem considerar se há: um interesse e um querer muito sinceros para com o outro ou se há uma insegurança e o desejo de possuir. Os esforços para conversar com o outro e tentar supri-lo de tudo para que não precise procurar algo fora da relação, devem ser exaustivos.

 

Cap. 15: O sentimentalismo

As pessoas não revelam seus sentimentos verdadeiros e sim usam o sentimentalismo. Este último atrapalha um casal, pois ele é uma caricatura do sentimento, é exagerado. O sentimentalismo é utilizado para conseguir coisas, para dobrar o outro de forma enganosa, para manipular. Portanto, esse mecanismo é uma mentira e afasta um do outro.

 

Cap.16: Machismo e feminismo

Nenhum exagero é bom: nem o do homem que se acha "super-homem", nem o da mulher que se acha auto suficiente. Devemos nos interessar pelo mundo do outro, conhecer as coisas que realmente importam para ele. O ser humano deveria estar presente entre os dois opostos / ter uma boa relação com sua masculinidade ou com sua feminilidade.

 

Cap. 17: O egoísmo

A falta de interesse no outro, separa. É preciso dar-se conta de como o egoísmo afeta a relação do casal quando se é insensível aos outro.

 

Cap.18: A rotina

É necessário mudar um pouco aquilo que o outro sempre vê. A rotina representa segurança para o outro e escraviza, porém também traz o tédio. A rotina nos impede de fazer esforços e mudar. Todo ser humano precisa de situações excitantes e quando não as tem em sua casa, vai buscá-las fora ou se frustra.

 

Cap. 19: O medo

Todos têm medo de que o outro descubra as coisas que não sabem. Só quando se olha para dentro de si mesmo é que a pessoa pode perceber a existência de um medo e lutar contra ele, pois provém de coisas imagináveis. Quanto aos medos de natureza real, devemos nos aproximar deles e passar a enxergá-los como são. Então, poderemos começar a perceber, pouco a pouco, que é possível alterar a situação.

 

Segunda parte: O que poderia unir-nos

Cap.1: A busca de um sentimento de melhor qualidade

A autora coloca a importância do esforço para se atingir a honestidade para consigo mesmo e com o outro, para que se possa então, gerar um sentimento positivo e forte que irradie a si mesmo e ao outro. O 1º passo é começar a enxergar suas próprias falhas, isso significa deixar de ser egoísta. A autora também coloca que o poder do pensamento direcionado para determinado fim e a entrega, o se doar totalmente/pleno, facilitam a tomada de decisão para uma nova atitude.

 

Cap. 2: Aprender a abrir-se

Nesta parte, as sugestões são as de começarmos a perceber que não demonstramos nossos sentimentos verdadeiramente. Precisamos começarmos a fazer movimentos, ser mais ativos, sem esperar movimentos do outro e tirar nossas máscaras, para abrirmos nosso coração, pois de acordo com a autora, ele sempre está muito fechado e só vai se abrir por decisão e necessidades próprias.

 

Cap. 3: Aprender a comunicar-se

A comunicação é indispensável para o casal. Portanto, estabelecer vínculos com o outro é indispensável na relação a dois - esse é o conceito de comunicação para a autora. É necessário dizer ao outro o que sente, as suas alegrias e tristezas, porque assim, vai estar compartilhando sentimentos e vai poder estar aperfeiçoando a intimidade dos dois.

 

Cap. 4: Dar atenção

A autora considera o ato de dar atenção equivalente ao ato de amar. Sendo assim, para receber atenção/amor a pessoa precisa primeiramente doar, dar amor sem cálculos. O importante é começar a ter esse modo de pensar: doar, sem esperar nada em troca; assim, poderá Ter certeza de que fez tudo o que podia para a relação.

 

Cap. 5: O esforço

A idéia principal deste capítulo do livro, se refere a um tratar da relação sem a espera de conseqüências de resultados. O esforço deve ser treinado no dia-a-dia, sem ficar medindo se o outro também está realizando tal aprendizagem. Este esforço ou este tratar quando realmente executados, podem trazer para a relação mais compreensão e abertura.

 

Cap. 6: Pensar no outro

É proposto pela autora o pensar no outro de uma maneira profunda que pode vir a abrir o problema em questão. Isso deve acontecer sem uma especulação do que o outro precisa mudar, mas sim, devemos dar tudo de nossa parte, para que aos poucos, o outro vá se abrindo. Para que este pensar não ocorra de forma superficial, é preciso então, escolher uma questão específica da relação e voltar nossos pensamentos apenas para ela, pois assim, novas direções para o problema poderão surgir.

 

Cap. 7: Estar disponível

Estar disponível significa não cair no comodismo. Devemos lutar contra isso, começar a ter coragem para agir, pensar e existir de maneiras diferentes, focalizando o que o outro precisa naquele momento. Devemos aprender a ser tudo para o outro, visualizando nossas capacidades; se você acreditar que pode, ou melhor, que quer fazer o que ele precisa no momento, vai ser difícil o outro procurar fora da relação alguém que queira fazer.

 

Cap. 8: Conhecer o que somos

Queremos ser nós mesmos, mas não nos conhecemos verdadeiramente. Começar a fazer um movimento de auto - conhecimento vai ajudando com que você vá percebendo suas qualidades e seus defeitos e ao longo do tempo, vai recebendo recompensas, pois casar é também sacrificar algumas coisas e o que custa, vale/tem resultados.

 

Cap. 9: A entrega total

A autora menciona que precisamos entregar ao outro todas as partes que nos compõe (corpo, sentimentos e mente) e expressarmos ao outro um querer (entregar-se) de várias formas, para então, nos abrirmos a cada dia para uma porção de sensações que facilitam o conhecimento do outro.

 

Cap.10: A confiança

É enfatizado neste trecho, o fato de que para se ter confiança é preciso grandes esforços para o conhecimento do outro tal como ele é. A partir disso, começaremos a enxergar suas qualidades e vamos dar menos importância aos seus defeitos.

 

Cap. 11: O desejo de ser feliz

Para a autora as coisas materiais não trazem a felicidade; o que trás realmente a felicidade, é o contato intenso com o fato de sermos valorizados, amados e de nos sentirmos úteis. Entrar em contato com tais questões, provoca certo movimento para irmos traçando um caminho em direção ao outro, porém, isto requer muito esforço.

 

Cap. 12: A educação das crianças

Existem dois pontos fundamentais na educação das crianças a serem considerados:

•  A diferença de atitudes dos pais frente aos filhos provoca desentendimentos entre o casal e faz com que a criança se sinta abandonada.

•  Esperam que a escola resolva todas as questões dos filhos, mas a escola enfatiza desenvolvimento mental e 'as vezes o corporal, e não se preocupa muito com o sentimental. O ideal é os pais enfatizarem a expressão dos sentimentos, o contato com eles, pois assim, vão fazendo com que a criança se sinta valorizada e aprenda a confiar em si mesma e a não ser tão insegura na vida. A expressão de afeto, atenção e carinho para os filhos com qualidade, evita muitos sintomas como a agressividade por exemplo e também é a melhor forma de demonstrar amor.

 

Cap. 13: Ser práticos

A autora sugere alguns passos a serem realizados pelo casal:

•  sair da rotina;

•  fazer gestos simples pelo outro;

•  expressar sentimentos;

•  pensar no outro com carinho;

•  falar de várias formas para o outro que gosta dele;

•  quando críticas precisarem ser feitas, deve-se esperar um pouco para falar (não no mento exato) e deve haver muita ternura na forma da comunicação;

•  sempre estar com boa aparência para o outro;

•  dar de si aos filhos para compartilharem momentos agradáveis;

•  cada um deve ter um interesse pessoal em coisas diferentes;

•  se a mulher precisar trabalhar fora por emergências do dia-a-dia e não quiser, precisa perceber se é por preconceito, posição cômoda ou medo, etc.;

•  se interessar pelo outro (por suas idéias, sentimentos e pontos de vista).

 

Terceira parte: O sexo

Cap. 1: O que é o sexo

Segundo a autora, é uma necessidade. Sentimos uma atração, um desejo muito forte que faz com que deixemos as outras coisas de lado. Respondemos a esta atração dependendo da educação que tivemos: mais liberal ou mais repressora. Porém, a educação mais utilizada para o tema sexo é a repressora, que por sua vez, impede que a pessoa liberte-se de preconceitos para um melhor relacionamento com seu cônjuge. Por outro lado, atualmente, o sexo tem acontecido como algo animal e isso também impede um relacionamento bom entre o casal.

 

Cap. 2: A educação sexual no oriente e no ocidente

No oriente os jovens recebem uma educação completa: mental, emocional, física e depois, sexual. Sendo assim, há muito respeito e carinho nas iniciações sexuais, pois foram treinados a ter uma visão mais aberta e com confiança. Já no ocidente, o sexo é visto como sujo, não há ternura, nem o respeito. A autora menciona que é importante aprendermos com o sexo e não pensarmos que já sabemos tudo. A melhor maneira de ensinar sobre o assunto para os filhos é sendo sincero e aberto para passar o que sabe e sente. Isto vai gerar confiança no filho e criará espaço de união nas relações.

Cap. 3: O sexo permissivo

Cada vez mais as atitudes das pessoas em relação ao sexo são permissivas, não dando lugar a uma compreensão das necessidades dos adolescentes e seus pares. A autora coloca que isso faz com que as mulheres se afastem cada dia mais dos homens e não sintam mais prazer, já que a preocupação deles vem sendo a quantidade em que o sexo é praticado; não há ternura e nem carinho.

Cap. 4: Como ter uma boa relação sexual?

Idéias principais:

•  preparar-se e preparar o outro;

•  abrir-se para sentir suas próprias necessidades e abrir-se para o seu próprio desconhecimento;

•  não fingir;

•  estar relaxado, sem pensar ou criar imagens;

•  compreender o que procuramos no sexo;

•  quando há passividade / desinteresse de um parceiro, o outro deve começar a enxergar o que está acontecendo com ele e deve tentar compreender o que está deixando faltar para o parceiro;

•  a melhor relação é quando sexo e sentimento se misturam;

•  mulheres que rejeitam ter relações para negociar ou punir o homem são egoístas, pois só pensam em seus próprios interesses e não vão conseguir o que realmente querem. Por outro lado, os homens também podem pensar no quê estão falhando, pos a mulher não está se sentido atraída;

•  homens e mulheres devem dizer a seus parceiros quê coisas os agradam no jogo das relações sexuais.

 

Cap. 5: O que poderia ser o sexo

Esquecer-se de si mesmo para pensar muito mais no outro trás ao casal uma satisfação mais profunda. Para isso, é preciso haver muito carinho e sentimento de ambas as partes. Devemos nos esforçar para expressar um sentimento, pois isto transforma o encontro. A honestidade e a abertura também facilitam a relação do casal.

 

Cap.6: Como chegar a sentir?

O primeiro passo é a preparação inicial (os jogos de carícias), permitindo-se ser um instrumento nas mãos do outro. É também muito importante, apenas sentir e usar muita criatividade para sair da rotina.

 

Quarta parte: O amor

Cap. 1: O que é o amor?

Amor é ir de maneira consciente e voluntária em direção ao outro, com interesse, honestidade, carinho e livre de egoísmo. O amor exige um sentimento forte, real e constante e deve ser nutrido a cada dia. Esse sentimento está numa parte profunda do ser humano, a qual não se tem acesso facilmente; é preciso ter humildade e paciência para saber esperar uma abertura. Devemos então, começar a enxergar o que realmente é, sem querer transformá-lo.

 

Cap. 2: O que fazer com nossas manifestações negativas?

Dizer não aos sentimentos negativos é o primeiro movimento que precisamos fazer. Para isso, devemos relaxar, eliminar a tensão e dar muita atenção aos outros sentimentos que também temos: os positivos - aqueles carregados de afeto. Estar consciente de que quando se casa também existem deveres; lutar pelo casamento para não haver divórcio; procurar constância na vida a dois, concentrando-se e dando atenção ao parceiro; fazer um esforço para perceber que existem instabilidades nos relacionamentos e portanto, nas pessoas - e que também somos responsáveis por isso; a confiança mútua, podem contribuir para um trabalho de trazer à tona manifestações positivas para o casal.

 

Cap. 3: Aprender a amar

É preciso na aprendizagem de amar:

•  conhecimento de si mesmo;

•  honestidade para consigo e para com o outro;

•  abrir-se para o outro;

•  não negar que é capaz de encontrar o amor profundo;

•  dar uma parada na rotina para se dar o direito e dever de sentir e se relacionar consigo mesmo;

•  valorização do seu casamento;

•  deixar de lado a passividade e o egoísmo;

•  aprender a dizer sim de formas diferentes (ceder);

•  olhar nos olhos do outro para que haja uma compreensão mútua e uma comunicação voluntária.

•  valorizar-se para que haja respeito;

•  renunciar às coisas que nos acostumamos a fazer.

 

Cap. 4: O amor e sua relação com o divino

Quando executamos um "tratar" do amor, ou seja, quando nos esforçamos para nos abrir e entrar cada vez mais em contato com sentimentos profundos e quando somos honestos, começamos a sentir algo muito forte e extraordinário; algo se desperta dentro de nós e acabamos por não ter mais dúvida do contato com o Divino. É tão bom ter esta sensação, que então, permanecemos sempre querendo senti-la mais e mais e a fé não é colocada em jogo.

Cap. 5: Como entrar em contato com um sentimento positivo

A autora propõe o seguinte exercício: durante uns 5 min., de olhos fechados, vamos relaxar e pensar no outro e tentar ir sentindo algo, até visualizarmos a pessoa. Devemos fazer isto indo e vindo, do sentimento à pessoa, da pessoa ao sentimento. Se isso for feito várias vezes, constantemente, vai se criando um sentimento positivo em relação ao outro. Ao longo do tempo, a relação se transforma. Outro ponto a se considerar, é saber ouvir para ver o que o outro considera importante de dizer e isto também vai gerando sentimentos positivos.

 

Quinta parte: Exercícios para casais

Os exercícios para casais que a autora propõe, vão num sentido de "tratar" a relação para que haja mais abertura e conhecimento um do outro. O objetivo dos exercícios é começar a relacionar-se com o outro de forma positiva, real e nova. Um exemplo de exercício que ela sugere é olhar um para o outro, agachados com os joelhos se encostando., onde um será passivo e o outro ativo. Depois mudam os papéis. Este exercício pode transformar a relação, pois um terá uma visão nova do outro e estarão aprendendo a abrir-se.

 

Apreciação pessoal sobre o livro

Quando decidi ler este livro me encantei pelo título: "Cada um se deita na cama que faz" e fiquei imaginando que o livro falaria de escolhas - das escolhas que nós seres humanos precisamos fazer durante a vida, pois vamos deitar naquela cama que prepararmos durante a vida. Não foi exatamente isso que a autora colocou no livro, e me decepcionei um pouco, pois acho que este é um título forte e potente para ter sido utilizado neste livro. Bem, o livro fala de casais e acabou também sendo muito útil para mim, apesar de eu não ter tanta motivação ao longo da leitura. O que mais me tocou em todo o livro, foi o fato de estar focando um trabalho interno a partir de si mesmo, sem que necessariamente o parceiro faça também. Mostra a importância de não ficar esperando que o outro mude. Outra idéia que gostei, foi que a autora se preocupa em explicar como se dá cada tema que explanou na vida das pessoas - isto facilita o entendimento de muitas questões nos casais e por eu ser prática, fiquei durante toda a minha leitura, achando soluções para um trabalho funcional das questões que a autora discutia e acredito que isto tenha ficado registrado nesta resenha.

 

Nome do autor da resenha e data: Andréa Vismeck Costa -21/10/2003.