Resenha de Livro |
||
Nome do Livro: |
Dançando com a família |
|
Autor do Livro: |
Carl A. Whitaker e William M. Bumberry |
|
Editora, ano de publicação: |
Artes Médicas, 1990 |
Relação dos capítulos
Cap.1 - Iniciando com a família: aliando-se,
redefinindo e expandindo o sintoma
Cap.2 - A pessoa do terapeuta: integridade pessoal
e estrutura do Papel profissional
Cap.3 - O processo de terapia familiar: aspectos
político-administrativos e estágios da terapia
Cap.4 - Terapia familiar simbólico-experiencial
Cap.5 - Tornando-se íntimo: desafiando
estruturas e criando caminhos
Cap.6 - O dilema universal: homens desesperançados
e mulheres esperançosas
Cap.7 - O segredo para a infelicidade: obtendo-se
o que quer
Cap.8 - O cuidar revisto
Cap.9 - A família saudável e a patologia
normal
Cap.10 - Em que direção há
crescimento? O acompanhamento três anos após
Apanhado resumido sobre cada capítulo
Cap.1 - Iniciando com a família:
aliando-se, redefinindo e expandindo o sintoma -
O autor cita o exemplo do atendimento de uma família,
no decorrer do livro.
Iniciando - Os primeiros momentos do início
de uma primeira sessão são decisivos e marcados por ansiedade,
tendo-se um processo intenso, encoberto e bilateral de expectativas. É
o momento para estabelecer alguma conexão pessoal, evitando permanecer
"profissional" e distante.
O autor coloca que uma das tarefas iniciais é
deixar a família saber como ele age e o que ele espera deles. Estabelecendo
assim, parâmetros e clareando condições para o relacionamento.
Tomada essa posição, um processo interativo se desencadeia, compartilhando
com a família algumas de suas convicções e deixando-os
livres para responder da forma que desejem. O importante é que o processo
esteja em movimento.
O autor acredita que compartilhar com a família
que a disposição deles para expor sua dor é essencial para
o crescimento em terapia e também aceitarem o fato de permanecerem responsáveis
pelas suas próprias vidas.
Outra tarefa básica neste início
é a liberdade do terapeuta em mover-se para dentro e para fora, aliando-se
e individualizando-se da família.
Em busca do pai - Na sessão inicial a família
é envolvida num processo de construção da sua história.
Obtendo um quadro total da família, o terapeuta deixa claro que os vê
de uma forma diferente. Uma estrutura trigeracional entra em foco: sua mitologia
e assuntos, como morte, doença, raiva e divórcio aparecem. Como
também áreas muito carregadas aparecem sem ameaça-los.
Ao iniciar, o terapeuta começa com o pai,
pois acredita que em nossa cultura, o pai é o progenitor mais periférico.
A intenção é engajar esse pai imediatamente, trazendo-o
para a discussão, oferecendo um sentimento de esperança para a
família, de que a vida pode mudar.
Alterando as perspectivas: criando um ambiente interacional - No exemplo citado
pelo autor, é questionado o pai sobre seus antepassados e também
os aspectos atuais do relacionamento do casal.
Discutido o fato de que as relações
podem ser vistas de vários ângulos: sobre papéis, funções,
e seus relacionamentos interpessoais.
O pai começa a emergir - Aqui o terapeuta
qualifica o pai (exemplo do livro) como ser humano em vez de máquina,
o pai também tem sentimentos.
Cap.2 - A pessoa do terapeuta: integridade
pessoal e estrutura do papel profissional-
Citando Betz e Whitehorn (1975) "a dinâmica
da psicoterapia está na pessoa do terapeuta", aborda a importância
da personalidade do terapeuta, suas suposições filosóficas,
suas crenças sobre a natureza humana e sobre o poder dos relacionamentos
e a essência do papel do terapeuta, que guiam o processo terapêutico.
Integridade pessoal - O autor fala sobre seu "sistema de crenças",
que é sua visão básica das pessoas: "Como você
os vê? O que os leva a agir como eles fazem? Por que eles tratam um ao
outro deste jeito?" Acredita que as famílias não são
frágeis, ele os vê fortes e flexíveis. Que precisam se ver
de uma ótica mais complicada. Precisam de uma comodidade perturbada e
desenvolverem uma ansiedade necessária para o crescimento.
Quando o terapeuta aprende o movimento de entrar
e sair de uma família adequadamente eles terminarão o processo
com algo de valor, aprendendo sobre o processo de individualizar e pertencer.
A família e o terapeuta crescem juntos.
Uso do self - o que é necessariamente importante
é o quanto cada terapeuta acessa seu self para usa-lo na relação
terapêutica.
A responsabilidade do terapeuta - O terapeuta
precisa ser receptivo, sem ser responsável pela vida do cliente.
Ter um domínio mais técnico ou teórico,
reunir condições que favoreçam a mudança e condições
que ampliem as possibilidades de crescimento real. Aceitar a responsabilidade
pelas decisões tomadas e ações executadas.
Estrutura do papel profissional - (o treinamento
profissional, idéias e valores dos livros, cursos e supervisões).
O papel do terapeuta como posição
parental - os limites são claros, com concordância de antemão,
decisão para sair e há uma troca de dinheiro.
No trabalho com famílias, fazer uso de
aliança e evitar a confidencialidade entre os membros da família
e estes com o terapeuta.
Cap.3 - O processo de terapia familiar:
aspectos político-administrativos e estádios da terapia-
Para o autor, o terapeuta deve iniciar pela identificação
da proposta da família, e, então fazer uma contraproposta que
julgue necessária para dar início ao processo. O terapeuta deve
ter uma posição clara.
Batalha pela estrutura - O terapeuta age com sua
integridade pessoal e profissional no que acredita. É o estabelecimento
das condições mínimas necessárias antes de iniciar.
É o período inicial de luta política
com a família. Para Bowen "a posição de Eu" em
relação à família. Ao ouvir e absorver as condições
e limitações apresentadas à família coloca-se em
conjunto na "posição de Nós". Para considerar
estas condições num processo, precisa-se lidar com a realidade
(factual), quem está nas sessões, a quem se pede para falar primeiro,
o que o terapeuta aceita como definição do problema. Além
dessas, uma questão importante para o processo terapêutico é
a capacidade do terapeuta de levar em conta as suas próprias necessidades.
Aliando-se - A aliança é o processo
de desenvolvimento suficiente de uma conexão, para sentir que vale a
pena prosseguir. Para o autor, nós nos engajamos em um tipo de experiência
mútua.
Estabelecendo uma metaposição -
No início, o esforço do terapeuta é de estabelecer uma
metaposição com relação à família,
ele quer que a família entenda que ele (terapeuta) é membro de
uma geração mais velha.
Reunindo o clã - Representa um esforço
para criar uma sensação da família como um todo e para
validar o valor de membro individualmente. Evita sabotagem e confirma a crença
do terapeuta que a família é o paciente
Iniciando com o pai - Pretende-se que este desperte
emocionalmente e torne-se um ser humano real. Isso dá esperança
para a família, pois com esse envolvimento se altera a configuração.
Expandindo o sintoma - As famílias vem
à terapia com um membro manifestando sintoma. O objetivo do terapeuta
é expandir o quadro de quais são os problemas e o porque estão
ali. Dar novas possibilidades para a família.
Batalha pela iniciativa - É fazer a família
ir para frente, ter coragem para tomar a iniciativa de se encararem e não
o terapeuta fazer por eles. O momento é para a família tornar-se
alguém. Precisam se enfrentar e tornarem-se pessoas, este aprendizado
é necessário que aconteça de forma experiencial.
Aliança terapêutica - A batalha pela
estrutura mais a batalha pela iniciativa, quando bem trabalhadas, formam a aliança
terapêutica.
A intenção do terapeuta é
identificar a família como paciente, vendo-os como um organismo multifacetado,
interconectado, permitindo uma aliança do terapeuta com a família
com a qual são negociadas as diversas situações.
Término - Com a continuação
do crescimento familiar, eles usam cada vez mais seus próprios recursos,
tornando-se seus próprios terapeutas, se responsabilizando por suas vidas.
Ninho vazio - Para o autor, quando a família
se despede há uma sensação de perda, para ele, ter um grupo
de supervisão para se aconchegar é a melhor forma de diminuir
a dor.
Temas adicionais- estabelecendo o cardápio-
Um dos aspectos da sessão inicial, é que ninguém se conhece,
permitindo que o terapeuta inquira e explore assuntos "encobertos",
sem a sensação de que seja premeditado.
Lidando com impasses - Os impasses são
inevitáveis, por exemplo, períodos em que o terapeuta se sente
bloqueado, não sabendo que caminho seguir. Para sair disso, convidar
um consultor para auxiliar o terapeuta, a ter uma visão binocular do
problema.
Cap 4 - Terapia familiar simbólico-experiencial-
Mundo simbólico - O sentido e o impacto
da realidade externa, são determinados pela realidade interna (fluxos
de impulsos e símbolos em evolução fluindo através
de nosso inconsciente).
Numa terapia orientada para o crescimento, o foco
central é a expansão do significado e da experiência, a
ampliação dos horizontes da vida.
A forma como cada família encena seu mundo
simbólico, evolui com o tempo, mas retém manifestações
centrais mais ou menos conscientes que aparecem em seus rituais interpessoais.
Olhando internamente - A consciência que
o terapeuta tem do seu mundo impulsivo, é imprescindível para
sua capacidade de enxergar e entender o mundo simbólico do seu cliente.
Terapia simbólico-experiencial - A proposta
desta terapia é fazer com que o cliente lide com seu sistema representacional
(fragmentos simbólicos), e tenha a possibilidade de ficar mais à
vontade, se sentindo menos ameaçado por seus impulsos e com isso integrando-os
em sua vida concreta.
Confusão - Usando a técnica da confusão,
o terapeuta tem condições de expandir e abrir simbolicamente a
infra-estrutura de uma família, fazendo uso de crenças universais
que ele próprio tem sobre pessoas e famílias. Rompendo o estabelecido,
contaminando e desprogramando, o terapeuta tem condições de oferecer
a família novas perspectivas e novas aprendizagens orientando assim para
a mudança.
Experiência - A compreensão e o crescimento
emocional, só ocorre através da experiência.De acordo com
Kieekgaard: "nós vivemos nossas vidas para adiante, mas a compreendemos
apenas retrospectivamente".
Crescimento - Este é um processo que leva
a vida inteira, é um esforço contínuo para alcançar
melhores níveis de comunhão e individuação crescentes.
Quanto maior a capacidade para se individualizar, mais livre se está
para pertencer.
Cap.5 - Tornando-se íntimo: desafiando
estruturas e criando caminhos-
Neste momento, o terapeuta se propõe a
guiar o supra-sistema (terapeuta-família) que está se desenvolvendo
para mais abertura e honestidade, possibilitando maior intimidade e respondendo
para a família de forma mais pessoal. Também é responsabilidade
do terapeuta ser o mais pessoal e receptivo o quanto possa, oferecendo aos membros
da família respostas internas.
Desafiando a família a crescer - No exemplo
do livro, o terapeuta desafia a família discutindo com eles um tema tabu,
que é a sexualidade. Também faz uso da técnica de jogar
com papéis familiares, com a intenção de expor papéis
e funções familiares disfuncionais. Outra técnica utilizada
é a que nomeia de "semeando o inconsciente", com a intenção
de ampliar o entendimento de uma determinada situação.
A responsabilidade de como melhor utilizar essas
técnicas, ou simplesmente rejeita-las é da família.
Cap.6 - O dilema universal: homens desesperançados
e mulheres esperançosas-
Homem/mulher: a eterna dialética - "O
homem usa o amor para obter sexo, enquanto a mulher usa o sexo para obter o
amor". É o exemplo de como algumas culturas vivenciam as diferenças
entre os homens e as mulheres.
O homem tem dificuldade com a intimidade, a idéia
de deixar-se conhecer é ameaçadora, procurando sentido em novas
conquistas, aquisições e possessões. Veste-se de realizações
e sucessos e define-se pelo que tem e não pelo que é.
Isto é quebrado, na presença da
mulher, que conhece mais de intimidade e a vivencia plenamente. Assim, possibilitando
ao homem a aprender e a ser mais íntimo.
Cap.7 - O segredo para a infelicidade:
obter-se o que se quer-
"A única coisa pior do que não
se obter o que se quer é se obter o que se quer". Através
desta afirmação, pode-se pensar que a razão pela qual obter-se
o que se quer seja tão devastadora por conseqüência de má
orientação do que se quer. Por exemplo, se o centro são
só as realizações, em geral, existe a propensão
ara o fracasso mesmo no sucesso. A procura por objetivos ilusórios também
tem o mesmo destino. Apenas, enfrentando os próprios conflitos e aceitando
responsabilizar-se por si mesmo, pode o crescimento verdadeiro começar
a acontecer.
O autor faz uma comparação, entre
sua função como terapeuta e a exercida pelos pais no cuidado parental
relacionado ao processo decisório na vida dos filhos: eles não
precisam que decidam por eles, mas que os auxiliem no processo decisório,
suprindo-os com apoio e confiança que precisam. Acrescenta que, através
deste posicionamento do terapeuta o cliente se sente mais confiante para tomar
suas próprias decisões e assumir suas conseqüências.
Abordado aqui novamente, o tema do pertencer e
do individualizar. A capacidade de ser uma pessoa autônoma e auto-suficiente
está ligada a capacidade de partilhar e pertencer. O pertencer e o individualizar
estão entrelaçados, não são conceitos antagônicos,
mas sim simétricos. Fortalecem-se em vez de oporem-se.
Helmuth Kaiser (1965), falou a respeito da "ilusão
de fusão" no casamento, como sendo, o desejo de reviver a experiência
simbiótica vivenciada no passado, entre o bebê e a mãe.
Para se libertar desta "ilusão de fusão", é necessário
assumir-se como indivíduo, sendo um completo "ele" e "ela",
só então, tem-se condições de tornar-se um completo
"nós".
Cap.8 - O cuidar revisto-
O terapeuta busca no decorrer do processo terapêutico
promover o crescimento, dentro de um trabalho focado na profundidade e intimidade
para obter como resultado trocas e conflitos reais, evitando dessa forma ser
simplesmente informativo.
A capacidade do terapeuta em cuidar está
diretamente ligada ao desenvolvimento de sua capacidade de confrontar. Ele tem
que se dispor a desafiar as pessoas e a enfrentar assuntos ignorados, de difícil
acesso.
Esse cuidar requer uma integração
entre sustento e confrontação, uma integração entre
o amor e o ódio, como conceitos igualados e complementares por natureza.
O cuidar é o elemento que permite que a confrontação seja
útil e não abusiva.
Outro aspecto do cuidar está relacionado
com a amplitude e a expansão das emoções que o terapeuta
tem por seus clientes, respeitando seus recursos e capacidades. Os clientes
percebendo o sentimento do terapeuta respondem de acordo com ele. O importante
é que o terapeuta esteja sempre consciente de suas próprias limitações
como profissional.
Cap.9 - A família saudável
e a patologia normal-
No trabalho com famílias, é difícil
determinar o que é saudável e o que não é, assim
como, diferenciar uma família que funciona "normal" e outra
imersa na "patologia".
Mesmo o terapeuta tendo suporte de sua história
e treinamento profissional, o referencial aplicado no processo terapêutico
reflete suas perspectivas pessoais, preconceitos e distorções,
vendo o cliente somente através de sua própria experiência.
A vida familiar - Uma família saudável
é dinâmica e não estática, está evoluindo
e mudando, num processo sempre em movimento.
Numa família existem regras, políticas
e padrões. As regras são encobertas, desarticuladas, não
conscientes, mas são potentes. Em famílias sadias, as regras são
guias a serviço do crescimento. Em famílias patológicas,
as regras são usadas para inibir a mudança e manter o status quo.
Na estrutura de famílias em bom funcionamento
são claras as separações de gerações, e a
liberdade para reconhecer e incorporar a unidade familiar trigeracional ou tetrageracional.
A família saudável pode viver numa estrutura "como se",
e seus membros são livres para trocar de papéis e funções
com segurança. Também pode viver com triângulos cambiantes
e coalizões flutuantes, sem sentirem insegurança e ciúme.
O agrupamento é volitivo e escolhido. E escolhem-se bodes expiatórios
rotativos.
A família saudável, também
tem a capacidade de usar as crises para provocar crescimento e considerar o
conflito como fertilizador da vida, além do espaço para o sentimento
de amor e para o transtorno do ódio. É um organismo aberto e não
fechado.
Casamento - Um casamento saudável é
a mistura de duas culturas estrangeiras.
Um casal novo precisa diferenciar-se de suas famílias
de origem, preservando somente os aspectos de cada uma que lhes sejam interessantes.
Nos casamentos saudáveis são experienciados vários divórcios
emocionais durante o tempo de convivência.
A qualidade de um casamento está na questão
de saber lidar com as diferenças, principalmente quando são vistas
como oportunidades para crescer.
Paternidade - A qualidade da relação
marido-mulher é crucial na mudança para se tornar pai e mãe.
O laço afetivo dos pais é de primordial importância para
a criança. Por exemplo, o sentimento de
segurança ou de pânico da criança é reflexo da ligação
emocional entre os pais e da relação dessa criança com
o relacionamento dos pais.
A incapacidade do casal em estabelecer um relacionamento
antes de tornarem-se pais, propicia a infidelidade emocional e triangulações
transgeracionais.
Cap.10 - Em que direção
há crescimento? O acompanhamento três anos após-
O processo de crescimento da família começa
no momento em que seus membros buscam serem mais íntimos e pessoais uns
com os outros.
O terapeuta não deve priva-los da ansiedade,
enfocando a transformação dessa ansiedade em algo útil
e produtivo.
O crescimento é visto como um processo
transcendente, o terapeuta orienta e ajuda a família a olhar além
de sua dor. Esse é o processo de evolução da própria
família, que os leva a crescer.
Atendendo novamente a família - O autor
coloca, que ao revisar a sessão ficou atento para os indicadores de crescimento
e mudança que possam ter ocorrido. Verificando como está a capacidade
da família em enfrentar a dor, que é parte essencial de uma vida
equilibrada.
Um dos objetivos da terapia é libertar
as pessoas de modo que elas possam assumir suas vidas, e realmente experiência-las.
Apreciação pessoal sobre o livro
A mensagem que ficou clara, no decorrer da leitura
do livro foi à questão da importância do terapeuta em se
colocar e se expor para o cliente, como referência e exemplo o tempo todo.
Demonstrando assim seu interesse e respeito, levando o cliente a se responsabilizar
por seu processo terapêutico e conseqüentemente sua vida.
Outra questão importante que eu achei,
foi a forma como o autor abordou a dor, clareando para o cliente que fugir dela
não resolve o problema, mas sim a enfrentando.
Nome do autor da resenha e data: Claudia Costa Carneiro Hernandes - 08/2001.