Resenha de Livro
Curso de Formação em Terapia Relacional Sistêmica
Psicóloga Solange Maria Rosset

 

Nome do Livro:

Encontros, desencontros e reencontros

 

Autor do Livro:

Maria Helena MATARAZZO

 

Editora, ano de publicação:

Editora Gente, 1996

 

Relação dos capítulos

Introdução

PARTE I - ENCONTROS

1. Os paradoxos da paixão

2. Amantes em busca

3. Namorantes e casantes

4. As metamorfoses do amor

5. Porque o amor adormece?

PARTE II - DESENCONTROS

6. Conspirações sexuais

7. Traição, um duplo problema

8. Os vários tipos de infidelidade

9. Santos e pecadores

10. A mais difícil das escolhas

PARTE III - REENCONTROS

11. O mundo das pessoas descasadas

12. Os feridos ambulantes

13. Caminhos que se cruzam

14. O que realmente acontece na cama

15. (Re) Descobrindo a vida

 

Apanhado resumido sobre cada capítulo

Introdução

Segundo a autora é preciso ter coragem emocional para amar, pois amar implica no enfrentamento de riscos, medos e receios.

Quando as pessoas se machucam num relacionamento ficam com medo de se envolverem novamente com alguém o que causa um vazio, uma dor emocional e existencial, já que as pessoas tem necessidade de contato, de amor.

PARTE I - ENCONTROS

1. Os paradoxos da paixão

Existem muitas maneiras de amar: amores descomprometidos e rápidos, amores intensos e rápidos, amores comprometidos e lentos, amores intensos e lentos, enfim, dentre as inúmeras possibilidades de relacionamento amoroso, raramente, os encontros acontecem da forma como as pessoas prevêem e planejam.

Os prazeres e perigos de estar apaixonado - a paixão é um sentimento que faz as pessoas viverem momentos de expectativa, excitação e incerteza, uma paixão faz a temperatura emocional aumentar, dá um colorido diferente ao mundo, muda o rumo da vida da pessoa e a faz perder a consciência do perigo e noção de limites. Busca-se corresponder às expectativas do outro e uma fome insaciável de intimidade e reciprocidade invade a pessoa que vê como apavorante a possibilidade de perder o amor recém-encontrado.

Como algo tão assustador pode ao mesmo tempo ser tão bom? - embora a paixão não combine com lógica ou racionalidade é possível explicá-la ao considerar que as pessoas têm carências e necessidades e, portanto, estão em busca de preencher, de se completar. Quando encontram alguém, a paixão cresce de forma avassaladora tornando-se a razão de ser da própria existência, assim a pessoa passa a ver o mundo de forma distorcida, tudo muda de sentido, o ser amado é visto como a pessoa mais importante do mundo. Existe uma exigência de entrega e complementação total, por isso a separação é tão dolorosa, pois as pessoas não conseguiram a partir da relação preencher suas necessidades afetivas.

Quanto tempo dura uma paixão? - paixões arrasadoras, daquelas que colocam a vida de pernas para o ar, acontecem de uma a três vezes durante a vida, e, segundo estudos, um paixão dessas dura de dezoito a trinta meses. Até porque seria difícil, as pessoas suportarem por muito tempo o clima de constante expectativa, de enorme antecipação, de controlável excitação e de total incerteza, assim, com o tempo os sentimentos vão assumindo outros contornos.

Visto de permanência no Paraíso é sempre por tempo limitado - as pessoas se cruzam, partilham suas experiências e reconstituem a própria existência. O sociólogo italiano Francesco Alberoni explica que no estágio inicial do amor, a pessoa amada é vista como única e incomparável porque o enamorado concentra todos os seus sonhos no outro e reencontra nele todos os amores do passado (pai, mãe, amigo, amante). Após segue-se um período de deslumbramento, no qual ambos ficam cegos pela impulsão de serem felizes, no entanto, as pessoas precisam voltar à realidade e, então, a paixão termina ou transforma-se, o fim do deslumbramento abre espaço para que o amor renasça com outra cara.

"Nunca te vi, sempre te amei" - os encontros que podem resultar em paixão e talvez em uma relação amorosa mais duradoura começam com o 'ritual de sedução', depois vem o contato verbal, no qual cada um vai se revelando e procurando descobrir que é a outra pessoa. Conforme refere o psicanalista francês Daniel Sibony, até numa primeira troca de olhares pode acontecer uma paixão fulminante, no entanto, para a grande maioria das pessoas, só a primeira impressão não basta. Embora a paixão proporcione momentos de felicidade e encantamento, não oferece certezas nem se prolonga eternamente.

2. Amantes em busca

Parece que atualmente é mais difícil encontrar um companheiro, com a revolução sexual, as pessoas passaram a sentir-se fora de sintonia, em vez de relaxar e se entregar, passaram a comparar seu comportamento com o que estava sendo descrito nas revistas, no entanto, os conselhos oferecidos eram simplistas demais para uma das mais complexas experiências da vida. Antes da revolução sexual os contatos eram mais simples e as pessoas tinham um único parceiro, após o sexo era vista como algo separado dos sentimentos e, embora se falasse em liberdade sexual, nem todas as mulheres aproveitavam essa 'liberdade'. Hoje se sabe que leva tempo para conhecer alguém e mais tempo ainda para amar.

"Sempre é pouco": o delírio numérico - muitas pesquisas sobre o comportamento íntimo das pessoas são realizadas, a partir das quais as pessoas passam a comparar se estão tendo o número adequado de relações sexuais, o número de parceiros, a intensidade do orgasmo, etc., essas pesquisas acabam reforçando que o lugar no qual a pessoa está e o que faz nunca é o melhor e assim as pessoas acabam fazendo as coisas por fazer, sem senti-las realmente.

"Sempre é pouco": o delírio de grandeza - muitas pessoas avaliam o parceiro (a) de uma maneira fria e desapaixonada, verificam o seu estilo de vida, o nível de renda, como se veste, como é o seu corpo, que carro dirige deixando de usar o coração e pensar na relação e nos fatores referentes a ela.

Necessidade, desejo ou capricho? - é importante que as pessoas distingam entre o que precisam, o que querem e o que acham que tem direito. A necessidade obriga as pessoas a fazerem alguma coisa de modo absoluto, o desejo é ter vontade real de algo e capricho é a crença de ter um direito a todo tipo de prazer sem precisar fazer esforço ou seja só fazer aquilo que se tem vontade. Dessa forma, as necessidades precisam ser satisfeitas, os desejos sempre que possível e os caprichos nem sempre, as vezes nunca.

As armadilhas do sexo livre - geralmente as pessoas medem, analisam seu desempenho durante um encontro sexual, no entanto, na medida em que as pessoas ficam só se observando, se avaliando e se cobrando, não se entregam, não sentem realmente. As mensagens sobre relacionamentos mostram a sexualidade como um produto, as pessoas acabam ficando ansiosas e encarando o parceiro como uma mercadoria. No entanto, o fundamental é o envolvimento, a atração sexual só se transforma em amor se a pessoa se envolver, descobrir e abranger o outro por inteiro.

3. Namorantes e casantes

Antigamente, as fases de um relacionamento amoroso eram namorar, noivar e casar. Atualmente, essas fases assumiram novas feições: namorante (namorado + amante - fase em que há uma necessidade urgente e constante do outro), pré-casante (morar junto - pretender casar, sem casar de verdade, sem comprometer-se totalmente) e casante (casamento). Assim, o casamento deixou de ser um evento único, com fases de preparação.

Casamento de experiência - morar junto pode ser um passo positivo rumo à intimidade e ao compromisso. Juntam-se os recursos, dividem-se as despesas, as angústias, as tristezas; soma-se ou multiplica-se o prazer e pouco a pouco, vai se descobrindo, inventando as regras até chegar um momento em que os desejos, valores e necessidades passam a ser outros e o casal decide casar-se e quem sabe ter filhos.

Bumerangue emocional - muitos casais podem se sentir indecisos para se casar e estabelecer um 'compromisso', o psicólogo norte-americano Dean C. Delis, refere que quase todo mundo tem sentimentos opostos ao tomar uma decisão no campo afetivo. Enquanto moram juntas, as pessoas podem ficar em cima do muro, o lado racional mostra que não valeria a pena abandonar um par tão amoroso e delicado, enquanto o coração exige mais do que aquilo que está obtendo. Às vezes, um dos parceiros quer morar debaixo do mesmo teto, sem se comprometer mantendo-se vago e assim qualquer motivo pode ser um bom motivo para romper a relação.

Dúvidas: amor ou pena - muitos pessoas ficam em dúvida sobre terminar ou não a relação imaginando que pode haver uma outra pessoa mais inteligente, engraçada, bonita, sensual e que inspire uma paixão duradoura que não provoque aquela confusão de emoções. Assim, ficam num dilema entre o aconchego do relacionamento e a desesperadora insegurança da vida de solteiro. Também há aqueles que moram juntos por muito tempo, porque o parceiro que está menos envolvido se conserva curiosamente estático, assim não pressionam por medo de perder o outro. Morar juntos pode ser encarado como um teste para mostrar se as necessidades de ambos poderá ser suprida e se a vida em comum vai se transformar num inferno ou não. No entanto, esta fase não garante o sucesso de que a relação vai durar para sempre. Muitos casamentos passam por períodos difíceis logo no início devido à falta de maturidade de um ou dos dois parceiros.

Esperança x experiência - seja como for, um vínculo amoroso envolve muito mais do que paixão e as pessoas não desistem do amor, só desejam saber onde encontrá-lo e como impedir que seu preço seja alto demais.

4. As metamorfoses do amor

Segundo a escritora canadense Merle Shain, o casamento é um território que inclui, filhos, parentes, amigos e todos aqueles que de um jeito ou de outro cada parceiro adquire ou herda. Também é baseado em laços de sangue, contas bancárias e celebrações, envolve cama, mesa e banho e é um mundo de esperanças, medos, prazeres e lágrimas. "O que mantém o vínculo são dezenas de fios invisíveis que ligam uma pessoa à outra através dos anos; fios fabricados por segredos compartilhados, promessas cumpridas, ombros para se encostar..." p. 45

Amar é mais do que fazer amor - fazer amor é muito bom, no entanto, junto com as afinidades do casamento vêm às hostilidades geradas pelo conflito de 'querer ficar junto' e 'ter de ficar junto'. Na medida em que um se familiariza com o outro, as imperfeições começam a aparecer, e geralmente, o outro é nomeado como o responsável pelos problemas. O diálogo é essencial. "Foi ensinado às pessoas que a negociação é essencial em um bom casamento, sem se levar em conta que é possível negociar tarefas e alguns comportamentos específicos, mas não a personalidade do outro. É impossível modelá-lo, transformá-lo." p. 47 Kinder e Cowan, referem que embora as pessoas possam querer mudar, não se trata de uma tarefa fácil, pois os traços de personalidade foram desenvolvidos como meios de proteger as pessoas de danos psicológicos, assim, por mais que as pessoas queiram modificá-los, sentem que precisam deles. Amor é aceitação, dessa forma é preciso aceitar tanto os defeitos quanto as qualidades do outro.

O valor do silêncio - certas coisas não devem nem precisam ser ditas num relacionamento por não ajudarem em nada e provocarem uma devastação emocional, falar sem freios pode machucar o outro, confundir e gerar ressentimentos, por isso às vezes é melhor calar. Pode-se superar decepções quanto ao outro não ser como era imaginado ou sonhado, no entanto, não é possível mudá-lo, as pessoas só podem mudar a si próprias.

A ilusão do "casamento perfeito" - muitas pessoas idealizam um casamento perfeito e não vêem o que é real e bom na relação. "Os bons relacionamentos não 'acontecem' simplesmente: eles são um produto direto da energia, tempo, esforço que investimos neles." p. 49

Amor é importante, mas não basta - cada casal estabelece um jeito de amar, um estilo de vida, uma relação de troca, as pessoas precisam de âncoras, de pontos de apoio para viverem, precisam compartilhar experiências com alguém e quanto maior for o reservatório de experiências partilhadas, maior também será a capacidade da pessoa de amar e ser amada.

5. Porque o amor adormece?

O casamento é idealizado pelas pessoas como um lugar de trocas, de partilha, de intimidade e de crescimento, um lugar de segurança e de satisfação mútua. O casamento acaba definindo quem a pessoa é, dá uma razão para viver, no entanto, quando as desilusões e mágoas vão surgindo às pessoas mudam o seu comportamento e costumam se defender com a distância, o esquecimento, a distração, a traição.

Expectativas frustradas - inicialmente o casamento cerceava o crescimento pessoal, depois as pessoas desejavam que suas necessidades fossem supridas pelo outro, o outro era o responsável pela felicidade e realização própria. Aos poucos a noção de que o casamento é um processo foi sendo colocada, não é o casamento que traz segurança, a segurança só existe dentro das próprias pessoas, não adianta acumular, empilhar ou armazenar coisas materiais.

Ciúme transforma vitória em derrota - O ciúme vem quando as pessoas se sentem ameaçadas, é um aviso, um sinal de alerta, um medo de ser substituído, de perder o outro, de ficar sozinho. O ciúme pode ajudar a preservar a relação ou pode se transformar num sentimento crônico que corrói, tortura e atormenta, principalmente quando a pessoa tem a sensação de que não pode existir sem o outro.

Quando casar dá certo - amar e ser amado é uma das experiências mais nutridoras da vida, no entanto, para ser uma experiência verdadeira, precisa surgir espontaneamente. Intimidade exige tempo, tempo de respirar, de sentir, de fluir, não há como saber quais são as carências, o que pode machucar ou tornar o outro feliz numa relação, é preciso que cada um seja ele mesmo para poder matar sua fome de amor íntimo.

Amizade, a pedra fundamental - fórmulas não funcionam num casamento, como a atração sexual vai e vem é necessário que haja uma amizade verdadeira, o que conta é o companheirismo, a lealdade, o sentimento de confiança e de identificação, de que o outro é um aliado leal em qualquer circunstância.

Quem ama se compromete - amor implica compromisso. Compromisso de estar junto com o outro e em investir na relação para ela dar certo, ou seja, implica em ação. O verdadeiro compromisso vem de dentro e é a cola que une os dois parceiros.

PARTE II - DESENCONTROS

6. Conspirações sexuais

Ter um único parceiro sexual por toda a vida não é uma escolha tranqüila para a maioria das pessoas. Faz parte da condição humana desejar muitas coisas que não se consegue ter e cansar das coisas atuais, são muitas as razões para a infidelidade.

Fidelidade é uma decisão - ser fiel ou não é uma decisão e muitas pessoas acham que esta decisão implica em travar uma batalha contra os próprios impulsos. Em geral, os homens têm conflitos entre a necessidade de segurança, conforto e apoio e suas fantasias eróticas. As mulheres também fantasiam, mas a tendência feminina é mais para o romantismo.

O oscilar da balança - existem casais que se dão bem e crescem juntos, casais que desistem facilmente do casamento, casais que abandonam relacionamentos que parecem bons, casais que se sacrificam para salvar o casamento, casais que se sentem sufocados e querem escapar da relação, decidindo ter uma relação extraconjugal, casais que têm problemas, não querem resolvê-los e vão ficando juntos enquanto um os dois têm um caso fora do casamento, seja como for, a infidelidade no casamento está presente em muitas relações atualmente.

Pássaros fora do ninho - várias pesquisas demonstram que a ocasião (situações que criam um clima propício às relações fora do casamento) é um fator crucial nos casos de infidelidade e, em geral, transas não planejadas não provocam grandes dramas de consciência: ou a pessoa promete tomar mais cuidado ou gosta e fica na expectativa de que se repita.

Por que os homens traem? - as pessoas tem um desejo de novidade e de variedade, quem foi infiel na fase de namoro ou no primeiro casamento possivelmente continuará a sê-lo. Segundo pesquisas a proximidade é um fator de risco no início de um envolvimento extraconjugal e os homens têm mais possibilidades de ser infiel a cada ano que passa e a cada década que completa. Querer mais sexo e com mais qualidade e dificuldades na vida profissional também induzem à traição, assim como, a tentativa de utilizar o sexo para reduzir o estresse, as tensões e o cansaço do dia a dia.

Não existem atalhos para o paraíso - embora pareça que a imagem da mulher perfeita ou ideal apaga todas as desgraças da consciência, as tristezas não desaparecem num passe de mágica, drogas não mudam a realidade externa, mudam apenas a realidade interna, e por algumas horas, depois os problemas voltam a surgir. "Assim como não há droga que, com o uso contínuo, não comece a causar sérios efeitos colaterais, não existem casos de amor inofensivos. Na verdade, o ser humano vive procurando uma trilha mais curta para alcançar a felicidade e se agarra à promessa do sexo perfeito para encontrá-la. É preciso não esquecer, contudo, que não existem atalhos fáceis para o Paraíso." p. 71

7. Traição, um duplo problema

a sexóloga norte-americana Carol Botwin refere que as mulheres que se sentem bem casadas ou que tiveram uma educação muito repressiva e bloqueiam os seus desejos e fantasias românticas, nunca se vêem cometendo atos de infidelidade. Porém, muitas mulheres acabam por cometer traições imaginárias e as que sofrem de frustração sexual e/ou privação emocional em seus casamentos podem descobrir que essas fantasias abrem o apetite. Estudos mostram que nos Estados Unidos, 40 a 55% das mulheres vivem pelo menos um envolvimento extraconjugal até a idade de 40 anos e que a época mais perigosa é entre 30 e 40 anos, quando a infidelidade surge como uma resposta contra a monotonia do casamento e as tentações que não se concretizaram. Quando as mulheres mais velhas tem um caso extraconjugal, permanecem casadas ao contrário das mais novas, que no momento em que se frustram, se convencer da inutilidade da relação e separam-se.

O que leva a mulher a trair? - estudos mostram que quanto maior a duração do casamento, maior a possibilidade de desilusão. Excesso de trabalho, longas separações, frieza sexual, conflitos emocionais, longos silêncios, conversas chatas, manias... são muitas as raízes do desapontamento e do sentimento de tédio, depressão e insignificância. No início do relacionamento, as fraquezas e manias são toleráveis, com o passar dos anos, principalmente entre os 45 e 55 anos, homens e mulheres, ficam mais sujeitos à depressão, ondas periódicas de tristeza, desesperança e desânimo.

Para a mulher, emoção é o que conta - enquanto os homens buscam o prazer sexual sem se mobilizar afetivamente, as mulheres procuram intimidade, para elas sexo e amor estão entrelaçados. Para o homem, sexo significa desafio, conquista, variedade. Algumas mulheres agem de maneira parecida com os homens, mas, para a grande maioria, sexo significa intimidade, apego e segurança.

Homens e mulheres são infielmente diferentes - a maioria das mulheres infelizes com o seu casamento, buscam primeiro um envolvimento afetivo. Os homens buscam a aventura em si mesma, à novidade, alguém para excitar seus sentidos. As mulheres tendem a viver mais intensamente seus amores secretos, pois não separam sexo e amor e mantêm-se discretas porque, normalmente, sentem mais culpa. Já, os homens se sentem estimulados e vitoriosos com a idéia de possuir duas mulheres, de participar de um triângulo amoroso e mostram-se menos preocupados com a discrição. A maioria das mulheres casadas se envolve lentamente, a relação pode levar meses e até anos para se consumar ao contraio dos homens, quando o sexo acontece logo nos primeiros encontros.

Contar ou não contar, eis o dilema - é difícil manter a traição em completo segredo, quando o parceiro (a) fica sabendo da traição, experimentam emoções que vão do medo paralisante à raiva incontrolável, da passividade total a violência explícita. Os motivos para contar a infidelidade ao parceiro (a) são variáveis: provocar o rompimento, sentimento de culpa, necessidade de perdão, desejo de se vingar, vontade de acabar com o caso, de continuar ou de provocar o divórcio, enfim, se a decisão for contar, é preciso saber quando e como e nunca entrar em detalhes, pois estes pertencem à intimidade de quem viveu a situação.

8. Os vários tipos de infidelidade

O escritor norte-americano Frank Pittman, refere que existem três tipos básicos de infidelidade: a acidental, a romântica e a crônica. A infidelidade acidental ou ocasional pode ocorrer devido a uma viagem, um drink a mais, a curiosidade, o sentimento de sentir-se desejado, um casamento frustrante ou tumultuado, entre outros e os sentimentos resultantes de uma traição são variáveis conforme a pessoa e a situação.

Infidelidade romântica - apaixonar-se é uma espécie de insanidade temporária e, geralmente ocorre quando se está atravessando uma crise na própria vida. Nos casamentos em que não há um mínimo de intimidade, sexo, prazer ou companheirismo as pessoas tendem a ficar mais vulneráveis, junta-se privação e desejo, e, em casamentos difíceis e tempestuosos as pessoas procuram um ancoradouro emocional. Em qualquer caso, a infidelidade não é a maneira mais construtiva de esfriar as tensões entre um homem e uma mulher, pois não resolve os verdadeiros problemas que causam as tensões.

Fugindo da realidade - os amantes que amam seus parceiros podem formar um vínculo, os que amam o amor, não, pois esses românticos (suaves ou parciais e intensos ou totais), não toleram as pessoas reais e entram em relações extraconjugais em qualquer situação em que se tenha de encarar a realidade e amadurecer.

Infelicidade crônica - homens que praticam sexo compulsivamente geralmente estão interessados em afirmar sua masculinidade. Homens e mulheres que buscam obter tanto prazer sexual quanto possível no menor espaço de tempo possível não se comprometem num relacionamento, ligam-se no corpo e ignoram o que está por dentro, o jogo da conquista vira o seu objetivo, quando o outro diz sim, a caçada perde o interesse.

9. Santos e pecadores

Apaixonar-se significa abrir-se para o outro sem nenhuma garantia, tudo o que acontece parece importante ou incrível demais para ser compreendido pelos outros. No início, se o relacionamento for entre uma mulher solteira e um homem sacado por exemplo, esse tipo de relação é só prazer, se a paixão for verdadeira e recíproca inicia-se a fase das emoções em conflito.

Custos e benefícios da dupla paixão - a amante tem a seu favor a magia que envolve a relação e a esposa tem uma história, os filhos, a casa, o hábito. Muitos homens ficam numa relação por inércia, por ser mais fácil, quando abandonam o casamento geralmente desconfiam de sua decisão e a avaliam e re-avaliam milhares de vezes. As pessoas tendem a não dar importância, a fechar os olhos ou empurrar com a barriga quando há um mal-estar a relação, assim vai acontecendo o afastamento que é um processo que começa com pequenos sintomas, ninguém deixa de amar de um dia para o outro, é preciso perceber e analisar os sintomas logo que surgem para poder salvar a relação. Amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo também é uma tentativa de se descobrir, de encontrar a si mesmo.

A crença no mito romântico - acreditar no príncipe encantado e que o casamento vai realizar totalmente a pessoa no plano emocional é uma utopia, pois todo casamento pode ir do prazer total à rejeição total, do amor absoluto ao ódio absoluto.

O preço da infidelidade - cada decisão ou escolha apresenta vantagens e desvantagens. As pessoas podem contabilizar as frustrações, ressentimentos e limitações de experiências amorosas ou podem tomar atitudes positivas gastando sua energia erótica para aperfeiçoar-se profissionalmente e trabalhar, para transformar o casamento num lugar de segurança e satisfação mútua ou para redirecionar o desejo para os próprios parceiros enriquecendo a vida a dois. Quem permanece fiel paga um preço emocional, mas obtém vários outros benefícios. Quem escolhe a infidelidade também deverá pagar o preço, que geralmente é caro, pois consome tempo e energia, entra em conflito com a vida familiar, pode abalar a vida profissional e gerar profundos traumas se vier a ser descoberta. Muitas soluções existem para o dilema da infidelidade, umas melhores, outras piores, cada uma com suas dúvidas, inquietudes e recompensas.

10. A mais difícil das escolhas

Seja qual for à intensidade de um caso amoroso, o seu fim sempre provoca importantes mudanças e conseqüências, as quais variam de acordo com as características de cada pessoa e relacionamento: sensação de perda, alívio, tristeza, dor, sofrimento, indiferença.

O fim do impasse - quando ambos se sentem dominados pela paixão, o rompimento é mais difícil, há uma sensação de perda da auto-estima e de insegurança na própria capacidade de seduzir e amar.

Depois da tempestade - os amantes estão sujeitos a ataques de arrependimento que os levam a voltar e se separar, não conseguem escolher entre o novo e o velho amor e quando tudo termina, é preciso consertar os estragos e enfrentar a tempestade de emoções, cobranças, acusações, sentimentos de culpa e justificativas. Que foi traído rumina horas e horas abatido por uma insegurança terrível e um medo de ser considerado inferior ao rival. Se o casal decidir se reconciliar, a ferida cicatrizará lentamente e só será curável se for acompanhada de um tratamento para os machucados antigos, que já existiam antes da traição.

Tentativas de resgate - as tentativas de resgate da relação podem ou não ter sucesso dependendo da pessoa e das circunstâncias, quando as pessoas retornam a fidelidade por motivações internas (mudanças de valores, consciência de que a infidelidade não traz a felicidade, superação de problemas sérios no casamento...) as chances de obterem sucesso é bem maior, no entanto, quando decidem voltar porque tem medo das conseqüências o comportamento infiel pode voltar a se repetir. A questão é avaliar como está o casamento, se a relação terá força suficiente para "bancar" a decisão de uma nova tentativa.

A separação, fim ou recomeço - nem sempre um affair se transforma em um novo casamento, se existem problemas psicológicos com um dos parceiros, com os dois ou com a relação, estes adquirem uma força de destruição letal. Outros re-casamentos também perdem a pureza e a doçura que possuíam antes e tornam-se contaminados pelos conflitos e crueldade que existiam no casamento anterior. Também existem pessoas que não querem perder a sua liberdade ou que justificam o fim de um casamento com outro.

PARTE III - REENCONTROS

11. O mundo das pessoas descasadas

Cada pessoa entra no mundo das pessoas descasadas por uma porta diferente e vai tentando se acomodar, descobrir o seu lugar. Neste mundo existe um tráfico intenso de relações sexuais e para aderir a esse mundo é preciso entrar em circulação, ir a festas, rir, sondar, especular, manobrar até chegar perto de alguém que pareça interessante.

Novos rumos - ao descasar as pessoas precisam lidar com a perda e depois reconstruir a própria vida. É como pegar um desvio, como entrar num espaço de incertezas e desafios: primeiro é preciso se redescobrir como solteiro, se redefinir e aos poucos tomar coragem e tentar se aproximar de alguém, num segundo momento vem o medo da rejeição e o próximo desafio é conseguir ser o que realmente se é, deixar de representar ou de fabricar uma imagem dá um sabor autêntico e verdadeiro as experiências.

A solução do erotismo - muitas pessoas acreditam que a melhor opção é fazer o que todo mundo está fazendo: todo mundo está transando, todo mundo está comprando ou usando..., no entanto, fazer escolhas conscientes de acordo com os valores pessoais é fundamental para viver bem e satisfazer as próprias necessidades.

As regras do jogo - as pessoas descasadas podem escolher ter vários envolvimentos ou não, é certo que a maioria sente medo de amar novamente ou se julga incapaz desse sentimento, por isso após a separação, muitas vezes as pessoas buscam inicialmente suprir as suas necessidades sexuais, e, com o tempo, anseiam por uma relação mais completa, vão reaprendendo a amar ao mesmo tempo em que tem medo do fracasso.

12. Os feridos ambulantes

Toda separação gera dor e sofrimento, as tristezas e raivas estão presentes em todos os cantos da Cida. É difícil perdoar o outro e se libertar da dor. "Cada mágoa é uma ferida emocional que, quando arranhada, infecciona. Essa infecção envenena nossa mente. Daí passamos a investir grande parte da nossa energia emocional para alimentar esse ciclo infinito de raiva, ou seja, atravessamos os dias e as noites querendo marcar pontos, vingar-nos." p. 116 As pessoas seguem acertando alguns golpes e provocando outros, tentam se livrar da dor da forma que podem.

Pontos cegos - há pessoas que ficam numa relação que vai se transformando num cemitério de sonhos, a sensação de vazio só aumenta, quando ocorre à separação algumas pessoas levantam barreiras visíveis e invisíveis para se proteger, outras atacam e tornam-se cínicas, agressivas, cruéis, outras se fecham, escondem sua dor, no entanto, o caminho para a cura envolve abrir-se para novas possibilidades. Punir ou se vingar do outro, não ajuda em nada, não perdoar corrói grande parte do tempo e energia das pessoas e as mentem vivendo na dor.

Em busca do equilíbrio - perguntar-se: "quanto tempo quero continuar assim?" ajuda a se libertar e libertar o outro, o que envolve compreensão e aceitação. "Compreender qual é o grau de responsabilidade que tivemos pelas coisas dolorosas que nos aconteceram e de que maneira contribuímos para elas nos acontecerem. É também pensar no que poderemos fazer de forma diferente no futuro, sem tentar desesperadamente consertar coisas que estão, na verdade, fora do nosso alcance." p. 119 Não é possível mudar o outro, desgraças assim como coisas boas podem acontecer na vida das pessoas e perdoar é uma dádiva que se recebe ao enfrentar a própria dor, descobrir novas forças e compreender e aceitar a si mesmo e ao outro.

Riscos da falta de amor - carências de amor geram muita dor, para não sentir a dor as pessoas podem amortecer em si mesmas a necessidade de amar e de serem amadas, no entanto, assim não sentem nem o bom nem o ruim. A saída está em se fortalecer para ter a coragem de viver e esperar da vida aquilo que ela pode dar.

Expectativas irreais - as pessoas tem muitas esperanças com relação à própria existência e esperam que a felicidade seja maior do que a dor, porém somente ao se libertar dessas expectativas irreais é que as pessoas podem mudar, recriar seus objetivos e relações com os outros. Não existe seguro contra o risco de amar, o amor implica dar e envolve incertezas.

Reformando nossas fundações - as pessoas tem reações variáveis conforme os diferentes momentos, as vezes a auto-estima está em alta e as vezes em baixa, as vezes dispara e as vezes despenca, o problema é ficar em alta ou em baixa o tempo todo. A vida tem altos e baixos normais e ter um ego forte significa ter confiança em si mesmo e aceitar as oscilações normais.

13. Caminhos que se cruzam

Enquanto a realização do homem acontece no encontro erótico, a mulher quer ser lembrada, fazer-se desejada depois do encontro. Para o homem sentir atração por uma mulher e fazer amor com ela não significa necessariamente pensar em construir um futuro, o ato sexual já lhe basta. A mulher deseja continuidade, enlace, vida a dois e assim, seus caminhos se cruzam.

Eu te amo? Você me ama? - homens e mulheres apresentam muitas diferenças, o prazer sexual vem antes de tudo para o homem, enquanto a maior parte das mulheres diz que necessita de ternura e carinho. O homem gosta de se sentir livre e procura afastar tudo o que o aborrece e irrita, lembra-se com nitidez de alguns encontros eróticos, enquanto a mulher busca agradar e lembra-se das datas, dos detalhes, do dia a dia.

O desafio do diferente - embora homens e mulheres tenham realidades emocionais diversas e falem uma língua emocional diferente, eles não são incompatíveis, uma parte de cada pessoa se sente desafiada pelo mistério emocional do outro e é estimulada pelo conflito inerente às relações, existe uma vontade de se encaixar no outro e a harmonia emerge quando as pessoas se tornam sensíveis as diferenças.

A viagem de volta - logo após a separação, algumas pessoas vêem um novo casamento como a única solução, no entanto, com o passar do tempo descobrem as compensações e privilégios do mundo dos descasados, o qual é um campo de treinamento para uma nova relação. As pessoas sentem falta da intimidade e do companheirismo que há no casamento e também sabem das dificuldades que pode haver numa relação, no entanto, somente quem compreende e aceita as próprias limitações é capaz de criar, ao longo do tempo, relações verdadeiramente duradouras.

14. O que realmente acontece na cama

Muitos livros e vídeos ensinam o que se deve fazer na cama, no entanto, as pessoas precisam se conhecer, precisam saber o que querem e o que as satisfaz realmente, muitas pessoas criam expectativas irreais sobre o relacionamento sexual. Nem todas as pessoas tem os mesmos desejos e fantasias e é necessário separar fantasia de realidade.

A verdade sobre a mentira - muitas pessoas mentem para se aproximar ou para se afastar, existem vários tipos de mentiras, mentiras mais leves ditas para proteger e mentiras ditas com a intenção de enganar. Mentiras podem ser usadas como escudo ou como espada, na fase de sedução as pessoas tendem a mentir para impressionar, para melhorar a própria imagem, porém se a mentira dominar, o risco de perder o outro é maior. Quando existe sinceridade, é possível amar o outro por ele mesmo, sem ficar fazendo um jogo de aparências.

Segredos sexuais - cada segredo sexual é diferente do outro e ninguém se sente à vontade contando seus medos e desapontamentos. Os homens embora queiram uma mulher liberada ao mesmo tempo gostariam que tivesse um passado virginal. As pessoas são muito sensíveis e vulneráveis ao falar de sexo, por isso para se proteger e proteger o outro nem sempre tudo é dito.

Entendendo o "porquê" - as pessoas têm relações sexuais por vários motivos: excitação, vontade, reconhecimento, raiva, vingança, carência, para evitar brigas..., por isso muitas vezes os problemas sexuais das pessoas não tem muito a ver com sexo, acabam usando o sexo para fugir da realidade sem pensar nas conseqüências.

15. (Re) Descobrindo a vida

As pessoas têm medo de abrir o coração, porque quando se expõem ficam vulneráveis ao risco da desilusão, da rejeição. Quando as pessoas amam, passam de uma fase de deslumbramento inicial (um dia, um ou dois meses) para uma fase na qual vão se abrindo, revelando seus sentimentos e pensamentos e dissolvendo a fronteira entre o permitido e o proibido, na qual, de fato, se descobre o outro. Quando a pessoa se percebe sendo correspondida, aceita e amada pos aquilo que ela é, o nível de intimidade vai-se aprofundando e acontece a entrega, a qual é muito difícil, pois é preciso muita coragem para viver as incertezas do amor.

O poder da amizade - a amizade se estabelece por meio de encontros sucessivos e não deixa de ser uma forma de amor, as diferenças entre as pessoas é preciosa porque cada pessoa ajuda a outra a se descobrir e entender o que é essencial para si, a amizade é uma espécie de refúgio, o outro entende, apóia e revela o que é difícil de ver sozinho.

As várias faces da amizade - algumas pessoas procuram um amigo para preencher um espaço, no entanto, as pessoas precisam de alguém com quem possam conversar e se encontrar de verdade.

Amizade em branco e preto - existem amigos protetores, amigos que ensinam a se proteger; amigos confiáveis, amigos que ensinam a confiar em si mesmo; a essência do tipo de amizade atual é a capacidade de ficar ligado no outro nas horas boas e nas ruins, é cada um se importar com o outro profundamente. A distância física ajuda a preservar o vínculo. Numa amizade em branco e preto, as pessoas vivem uma relação autêntica, verdadeira, a amizade existe para trazer um pouco de claridade, de sabor verdadeiro e significado para a vida das pessoas.

Nada se perde, tudo se transforma - a vida é cheia de contradições e paradoxos, nada vem de graça, tudo tem seu preço, existem ganhos que se transformam em perdas e perdas que se transformam em ganhos, tudo é aproveitável. A forma como as pessoas reagem as perdas é que determina a sua trajetória, a forma como cada pessoa luta, batalha, sente, percebe determina a diferença entre elas, se se vêem como vítimas ou como sobreviventes, enquanto as vítimas ficam paralisadas, sentem-se impotentes diante da realidade, sem poder para mudar o que precisa ser mudado, os sobreviventes continuam lutando. Embora as pessoas não tenham controle sobre tudo o que acontece a sua volta, são co-autoras do próprio destino.

Esperança é uma "espera feliz" - "Temos entre as mãos um espaço que tentamos preencher com nossos sonhos. O problema é que um dia acreditamos em nós mesmos, na vida e no outro, mas no dia seguinte não acreditamos mais - e é entre esses dois pólos que ficam contidas todas as alegrias do paraíso e todas as angústias do inferno." p. 146 A esperança é um desejo de acreditar que mora no coração e que pode ser criada e recriada, é esperar por aquilo que se deseja e acreditar que vai conseguir. A felicidade não cai do céu, é em grande parte fruto de nosso esforço. Como a vida é um lento processo de aprendizado só se aprende tentando.

 

Apreciação pessoal sobre o livro

De uma forma e com uma linguagem simples, a autora descreve as facetas e as formas de as pessoas se encontrarem, se desencontrarem e se re-encontrarem.

Como registra a autora a paixão traz com ela muitos paradoxos à vida das pessoas, são prazeres e perigos que assustam e por isso é preciso ter coragem emocional para amar.

As pessoas têm necessidades, expectativas e desejos diferentes, namoram, moram juntas, casam, descasam e voltam a se casar, no entanto, não desistem do amor, pois amar e ser amado é uma das experiências mais nutridoras da vida, conforme refere à autora.

Intimidade, amizade, comprometimento, fidelidade, ciúmes, traição, diferenças entre homens e mulheres, separação, escolhas são algumas das questões abordadas pela autora no decorrer do livro. Ao olhar mais profundamente para esses temas que permeiam uma relação, fica claro como não existem caminhos fáceis para atingir o paraíso (como refere à autora).

Embora as pessoas tenham medo de abrir o coração e ficarem vulneráveis, somente quando se abrem, quando revelam seus sentimentos e pensamentos ao outro, poderão se descobrir e descobrir o outro, aumentando o nível de intimidade, no entanto, esse caminho requer muita coragem, pois é repleto de incertezas.

 

Nome do autor da resenha e data: Janice Ornieski de Souza / Janeiro de 2004.