Resenha de Livro
Curso de Formação em Terapia Relacional Sistêmica
Psicóloga Solange Maria Rosset

 

Nome do Livro:

O método fácil de parar de fumar

 

Autor do Livro:

Allen Carr

 

Editora, ano de publicação:

Sextante, 2006.

 

Relação dos capítulos

Introdução

Capítulo 1: o pior viciado em nicotina que já conheci

Capítulo 2: o método fácil

Capítulo 3: por que é difícil parar?

Capítulo 4: a armadilha sinistra

Capítulo 5: por que continuamos a fumar?

Capítulo 6: o vício em nicotina

Capítulo 7: a lavagem cerebral e o sócio oculto

Capítulo 8: aliviando os sintomas da síndrome de abstinência

Capítulo 9: estresse

Capítulo 10: tédio

Capítulo 11: concentração

Capítulo 12: relaxamento

Capítulo 13: cigarros combinados

Capítulo 14: do que estou abrindo mão?

Capítulo 15: escravidão auto-imposta

Capítulo 16: economizarei x por semana

Capítulo 17: saúde

Capítulo 18: energia

Capítulo 19: ele me relaxa e me traz confiança

Capítulo 20: aquelas sinistras sombras negras

Capítulo 21: as vantagens de ser fumante

Capítulo 22: o método da força de vontade

Capítulo 23: cuidado com a diminuição

Capítulo 24: só um cigarro

Capítulo 25: fumantes ocasionais, adolescentes, não-fumantes

Capítulo 26: o fumante secreto

Capítulo 27: um hábito social?

Capítulo 28: o momento certo

Capítulo 29: eu vou sentir falta do cigarro?

Capítulo 30: eu vou engordar?

Capítulo 31: evite falsos estímulos

Capítulo 32: o método fácil de parar de fumar

Capítulo 33: a síndrome de abstinência

Capítulo 34: só uma baforada

Capítulo 35: será mais difícil para mim

Capítulo 36: os motivos mais fortes de fracasso

Capítulo 37: substitutos

Capítulo 38: devo evitar situações tentadoras?

Capítulo 39: o momento da revelação

Capítulo 40: o último cigarro

Capítulo 41: um último aviso

Capítulo 42: respostas

Capítulo 43: ajude o fumante que está afundando junto com o navio

Capítulo 44: conselhos aos não-fumantes

Epílogo: ajude a acabar com essa infâmia

 

Apanhado resumido sobre cada capítulo

Introdução

A proposta do livro é bem clara: curar o fumante do vício, mostrando como pode ser fácil se livrar do cigarro, ao se seguir os passos propostos pelo autor, que durante três décadas fumou, e muito, chegando a consumir mais de 100 cigarros por dia. Até que em 1983 ele conseguiu se libertar do vício e se sentiu disposto a trabalhar ativamente para criar um método eficaz que ajudasse as pessoas a escaparem do tabagismo. E como ele explica ao longo do seu livro, o maior obstáculo para parar de fumar é se libertar do medo. É o medo que mantém o fumante preso na armadilha da nicotina.

Capítulo 1: o pior viciado em nicotina que já conheci

Quando eu era fumante, cheguei ao ponto de fumar até 100 cigarros por dia e nunca menos do que 60. E eu consegui largar esse vício de forma fácil. O que impede os fumantes de largarem a dependência é o medo. Medo de não conseguirem aproveitar mais a vida, de não terem mais prazer. E o que ocorre é bem ao contrário: depois de se libertarem do tabaco, a vida fica bem mais prazerosa.

Capítulo 2: o método fácil

O método fácil para parar de fumar funciona de modo bem diferente dos modos tradicionais. Ao invés de tentar racionalizar junto ao fumante mostrando tudo que ele ganhará se parar de fumar, o método fácil mostrará ao fumante que parar de fumar não é e nem poderá ser um sacrifício. O fumante irá aos poucos percebendo que ele não precisará abrir mão de nada para parar de fumar, pois o cigarro nunca deu nada para ele verdadeiramente, apenas criou uma ilusão fazendo de conta que estava dando algo. Além disso, o fumante terá que se perguntar: o que o cigarro faz por ele? se você realmente tem prazer em fumar? e se você precisa passar o resto da vida pagando caro para colocar algo na boca e sufocar a si mesmo? Basicamente, o método fácil mostrará não porque é fácil parar e sim porque é tão difícil em largar o cigarro.

Capítulo 3: por que é difícil parar?

Enquanto o fumante acreditar que fumar propicia alguma vantagem, ele também acreditará que deixar de fumar será um sacrifício, e que ele terá que abrir mão de muitos ganhos e que a vida não será a mesma. Bem, desse jeito, parar de fumar realmente é difícil. Ou o fumante acha que fumar é um hábito. Bem, se fosse seria fácil mudá-lo, pois todos os dias mudamos vários hábitos em nossa vida sem grandes problemas. Outros afirmam que não conseguem parar devido à crise de abstinência. No entanto, a nicotina sai do corpo logo após ser ingerida e a sua falta não acarreta fortes sintomas, pelo contrário, são suaves e rápidos. A grande questão é: se fumar é um passa-tempo, que tipo de prazer é esse que quando faço gostaria de não estar fazendo e quando não posso fazê-lo fico louco por realizá-lo?

Capítulo 4: a armadilha sinistra

O cigarro e o ato de fumar é uma das armadilhas mais sutis que existe para o ser humano cair. Não existe uma isca apetitosa em si. O que há, é apenas um cigarro que tem um cheiro e um gosto ruim, mas que carrega muita sedução e uma oferta tentadora: quem fuma vive mais feliz, mais calmo e o cigarro promove autoconfiança e status.

Capítulo 5: por que continuamos a fumar?

Cada fumante tem a sua resposta, mas a verdade é que as pessoas mantêm o seu vício pela combinação de dois fatores: a nicotina e a lavagem cerebral, que faz os fumantes, a cima de tudo, morrerem de medo de largar o cigarro ao acreditarem que estarão perdendo algo.

Capítulo 6: o vício em nicotina

A nicotina é a droga presente no tabaco que vicia os fumantes. Cada baforada libera nicotina dos pulmões para o cérebro, desse modo, é uma droga potente pois é inalada muitas vezes num pequeno espaço de tempo. É uma droga de ação rápida, que após 30 minutos já saiu quase por completo do corpo. E é aí que reside um dos problemas dessa droga: logo após fumar um cigarro, o fumante já começa a sentir que o nível de nicotina no sangue está caindo, e a necessidade de ingerir mais droga começa a crescer. Por isso muitos fumam 20, 30 ou mais cigarros por dia. A síndrome de abstinência da nicotina é leve, causando na maioria das pessoas um vazio e um desassossego. No entanto, a nicotina não seria capaz de causar tanto estrago se não fosse toda propaganda enganosa realizada em cima do cigarro como da própria nicotina. É essa lavagem cerebral, junto com efeitos da nicotina como uma droga, que mantém o vício. 

Capítulo 7: a lavagem cerebral e o sócio oculto

Todo fumante que deseja escapar do seu vício em nicotina precisa aprender a reconhecer o quanto foi levado a acreditar em verdades que só colaboraram para ele se viciar em uma droga. Ele precisa enxergar que o medo manteve o seu vicio, como um conjunto de crenças que o estimulavam a acreditar que o cigarro o estava ajudando de alguma forma. O tempo todo o fumante é bombardeado com argumentações de que se parar de fumar terá de abrir mão de algo que é muito importante na sua vida, ou seja, ele será privado de algo que o ajuda a manter a sua disposição, alegria, prazer...

Capítulo 8: aliviando os sintomas da síndrome de abstinência

Os fumantes acham que acendem seu cigarro porque isso lhes dá prazer, relaxamento ou algum tipo de estímulo, no entanto, a verdadeira razão por que fumam, é a busca do alívio dos sintomas da síndrome de abstinência, que gera uma vazio com uma sensação de desassossego.

Capítulo 9: estresse

Quem sabe aqui está um dos maiores motivadores para fazer um fumante continuar a fumar: achar que o cigarro diminui o seu estresse. Quando um fumante considera que a sua coragem está no cigarro, ele passa a depender muito mais dessa droga, pois se sente impotente sem o cigarro. O cigarro não acalma, pelo contrário, ele vai sucessivamente destruindo “os nervos” de uma pessoa.

Capítulo 10: tédio

Outro forte componente da lavagem cerebral: acreditar que fumar diminui o tédio. O que ocorre é bem diferente. Os cigarros tendem a aumentar o tédio porque faz com que o indivíduo se sinta letárgico. Na verdade, o que ocorre é que ouvimos desde muito cedo que fumar ajuda a diminuir o tédio. Por isso que é tão importante se livrar da lavagem cerebral.

Capítulo 11: concentração

Vamos deixar algo bem claro: fumar atrapalha a concentração e jamais ajuda. Mas na ilusão dos fumantes, ocorre o contrário. O cigarro atrapalha, porque de tempo em tempo, surge a vontade de fumar em função da queda de nicotina no sangue, e isso obriga o fumante a parar o que está fazendo e acender um cigarro. Se a tarefa for mais longa, esse processo pode ocorrer várias vezes. Só pelo simples fato de sentir o desconforto pela falta de nicotina, já atrapalha na concentração.

Capítulo 12: relaxamento

A maioria dos fumantes acha que o cigarro ajuda a relaxar. A verdade é que a nicotina é um estimulante químico e não diminuí os batimentos cardíacos mais os aumenta. Desse modo, duas coisa ocorrem: a primeira é o fumante ter total certeza de que o cigarro é um excelente modo para relaxar. Ele fuma e a nicotina o deixa menos relaxado. Mas como ele acredita no oposto, fuma outro e o cigarro volta a criar mais um estímulo. E assim por diante, o fumante a cada cigarro fica menos relaxado.

Capítulo 13: cigarros combinados

Cigarros combinados não é fumar dois ao mesmo tempo, mas é aquele que se acende por duas ou mais das razões que levam uma pessoa a fumar. São situações, por exemplo, que ao mesmo tempo são relaxantes e estressantes, como andar de carro. Esses cigarros combinados, são geralmente aqueles que os fumantes mais dão valor. Mesmo que o algo especial seja uma ocasião, para o fumante, esse algo especial está no cigarro e não na ocasião. 

Capítulo 14: do que estou abrindo mão?

De absolutamente nada! O que torna difícil parar de fumar é apenas o medo, medo de ser privado de um prazer, de ser privado de algo que promove apoio e relaxamento, medo de que certas situações agradáveis nunca mais sejam as mesmas. Essa é a lavagem cerebral que mantém o vício no fumante (junto com a nicotina) e que o impede de ter forças e confiança para acreditar que pode viver sem o cigarro. O fumante possui uma grande ilusão: ele acha que o cigarro preenche o seu vazio. Grande engano, pois cigarro cria o vazio, na medida que gera uma “fome” por nicotina.

Capítulo 15: escravidão auto-imposta

É o próprio fumante que se escraviza com o seu hábito, ficando preso a necessidade de tempos em tempos fumar um cigarro. Dessa forma, ele não relaxa e fica sempre preocupado se terá uma chance de fumar.

Capítulo 16: economizarei x por semana

É muito raro o fumante que calcula quanto custa o seu vício. Geralmente eles pensam apenas quanto custará o próximo maço de cigarros, mas nunca quanto custa por ano o seu vício. Isso porque, uma lavagem cerebral foi realizada com os fumantes, que os impede de avaliar corretamente onde estão enfiando o seu dinheiro.

Capítulo 17: saúde

Aqui é o ponto onde a lavagem cerebral ocorre de forma mais intensa. Nesse ponto, os fumantes estão cheios de bloqueios que os impedem de realmente observar o que estão fazendo com a sua saúde. Eles usam frases prontas e justificam o seu hábito com comparações sem fundamento, tentando provar para si mesmos que há um exagero nos riscos de se fumar. E quando surge algum sinal mais alarmante, fazem de conta de que não estão vendo, ouvindo, e principalmente, não pensam nisso, criando aos fumantes uma falsa zona de segurança e conforto.

Capítulo 18: energia

Os fumantes vão perdendo sua energia, sua vitalidade, sua mobilidade, cada vez que fumam um cigarro. No entanto, esse processo de perda da energia é gradual, o que colabora para mascarar os efeitos dessa perda. O fumante vai ficando aos poucos mais letárgico mas não percebe isso, e dificilmente associa esse fato ao cigarro.

Capítulo 19: ele me relaxa e me traz confiança

A escravidão do fumante em relação ao cigarro é em grande parte sustentada por essa afirmação, que para os fumantes, se transforma em pensamentos freqüentes que alimentam a sua escravidão, e conseqüentemente a sua insegurança.

Capítulo 20: aquelas sinistras sombras negras

O que mais enfraquece os fumantes são os bloqueios mentais que os assolam diariamente. Essas sombras negras, impedem que os fumantes possam pensar de uma forma real, funcional e saudável.

Capítulo 21: as vantagens de ser fumante

Esse capítulo no livro está em branco, sugerindo que não há vantagem alguma em ser fumante. Foi um jeito provocante que o autor usou para chamar atenção para um fato óbvio: fumar não traz nenhum benefício.  

Capítulo 22: o método da força de vontade

Para o fumante poder parar de fumar, o primeiro grande cuidado é ele se libertar da lavagem cerebral social que existe em relação a parar de fumar. Escutamos diariamente que parar de fumar é um sacrifício, algo duro, quase impossível. É como correr 1600 metros em menos de 4 minutos! Algo quase impossível. Esse é o problema. Parar de fumar é fácil, no entanto enquanto o fumante acreditar que está fazendo um inacreditável sacrifício, correrá o grande risco de fracassar.

Capítulo 23: cuidado com a diminuição

Usar a diminuição dos números de cigarros como tática para parar de fumar pode ser muito perigosa, e ao invés de fortalecer o fumante, pode enfraquecê-lo, no momento que sustenta com mais força a sua crença de que não poderá viver sem cigarros e de que a sua vida não será a mesma se parar de fumar. Isso ocorre, porque com a diminuição, os efeitos da falta de nicotina no corpo aumentam, e sensação de prazer ao fumar um cigarro também aumenta, fortalecendo o prazer de fumar e sua crença de que fumar é bom e prazeroso.

Capítulo 24: só um cigarro

Acabar com o vício do cigarro significa antes de tudo acabar com os mitos. E um desses mitos, é acreditar que só um cigarro não fará mal ou diferença. É justamente só esse cigarro que “acordará o monstro do tabaco” que vive dentro de cada fumante e fará toda a lavagem cerebral novamente.

Capítulo 25: fumantes ocasionais, adolescentes, não-fumantes

Todo fumante mente, e mente muito para poder justificar o seu vício para si mesmo e para a sociedade. Sair dessas mentiras é importante para poder enfrentar o vício de nicotina de frente. Enquanto as mentiras forem as “verdades”, o vício continua forte. Não importa tanto o número de cigarros, fumando um, já existe o vício e as mentiras. Se o cigarro é ruim, pra que fumar um?

Capítulo 26: o fumante secreto

Esse tipo fumante escolheu um jeito terrível de manter o seu vício. Ao escondê-lo da família, dos amigos, das pessoas próximas, ele acaba sofrendo de uma ansiedade maior ainda, sua auto-estima fica ainda mais prejudicada, o seu prazer de fumar ganha mais força, e há sempre o risco desse segredo se tornar publico e causar sérios problemas nos seus relacionamentos. 

Capítulo 27: um hábito social?

Se antes fumar era sinônimo para os homens de força e para as mulheres de sofisticação, nos tempos atuais fumar virou sinônimo de fraqueza. Antes, a pressão para se fumar era imensa, mas hoje, fumar virou um hábito anti-social.

Capítulo 28: o momento certo

Não se deve escolher demais esse momento sob o risco de se esperar 33 anos por esse momento certo. O melhor momento é o agora, cuidando para não se ficar presos em álibis que justificam sempre deixar para depois.

Capítulo 29: eu vou sentir falta do cigarro?

Não. O ex-fumante precisa tomar muito cuidado com a pressão social e com os seus pensamentos que podem traí-lo. Ao deixar de fumar a pessoa não perdeu nada, apenas ganhou. É o fumante que precisa largar um vício.

Capítulo 30: eu vou engordar?

Parar de fumar e começar a engordar é um mito muito forte que se propagou. Mas não é um fato real. Muitas pessoas, até fumantes, comem além da conta como se precisassem preencher um vazio dentro de si. Se o ex-fumante estiver mais livre desses bloqueios de pensamento, ele poderá sempre se preencher com a certeza de que está mais saudável, mais feliz e que agora pode se mexer mais na sua vida.

Capítulo 31:  evite falsos estímulos

Quando o fumante procura meios para interromper o seu vício, ele precisa tomar cuidado com falas estratégias que escolhe para, ajudá-lo, mas que na verdade pode incentivar ainda mais o seu fracasso. O mais importante é ele se dar conta de que está largando algo que nunca lhe deu nada. Apenas tirou.

Capítulo 32: o método fácil de parar de fumar

Esteja determinado, vença o seu mau-humor, compreenda que a síndrome de abstinência é fraca e não terá força para fazer você voltar. Alegre-se ao parar de fumar, e jamais comece essa jornada triste, achando que abriu mão de algo e de que terá que realizar um grande sacrifício. O verdadeiro sacrifício é de fumar, algo tóxico, que tem gosto e cheiro ruim.

Capítulo 33: a síndrome de abstinência

Para suportar essa fase, que dura cerca de três semanas, o ex-fumante precisa compreender que é apenas o seu corpo pedindo nicotina e que não há dor física envolvida. Ele sentirá apenas um vazio, como se estivesse com fome. Tão perigoso quanto isso, é ele não cair nas tentações mentais, e ter certeza de que o cigarro não o ajudará a ficar mais feliz e nem diminuirá a sua ansiedade.

Capítulo 34: só uma baforada

Não se engane. Todo fumante começa a fumar com um primeiro cigarro, e uma baforada já é o suficiente para desestabilizar a abstinência. É esse inocente ato  que faz com o ex-fumante volte a ser um viciado inveterado.

Capítulo 35: será mais difícil para mim

Não necessariamente. Toda realidade tem prós e contras, mas o mais importante é se manter fiel a vontade de parar e a certeza de que não se está perdendo nada de valor.

Capítulo 36: os motivos mais fortes de fracasso

Basicamente são dois: influência de outros fumantes, e ter um dia ruim. Para a primeira, lembrar sempre que não existe apenas um cigarro. Qualquer baforada reinicia o vício. Para a segunda, lembrar que todos têm dias ruins, e que fumar não irá resolver isso.

Capítulo 37: substitutos

Não se engane. Não existem substitutos para o cigarro. O que há é apenas a manutenção da lavagem cerebral, onde o fumante que tenta parar de fumar acha que não conseguirá lidar com a falta do cigarro e cria na sua mente um substituto e isso apenas alimentará o vício. Como foi o cigarro que criou o vazio apenas a sua retirada completa poderá acabar com esse vazio.

Capítulo 38: devo evitar situações tentadoras?

A melhor forma de responder a isso, é ter certeza do que se está fazendo, ou seja, parar de fumar e poder se alegrar com esse ato: não é maravilhoso que eu não precise mais fumar.

Capítulo 39: o momento da revelação

Ocorre geralmente ao final da terceira semana de abstinência e é um momento de libertação onde o ex-fumante se sente mais potente e capaz para ficar sem fumar. Ele se sente diferente e consegue pesar os ganhos pela sua decisão de largar o vício. Ele tem noção de que não faz nenhum sacrifício e de que o cigarro nunca o ajudou a fazer nada.

Capítulo 40: o último cigarro

Fume o seu último cigarro com a certeza de que você não precisa mais dessa droga no seu corpo e de que não haverá nenhum pânico devido a retirada do cigarro da sua vida. As pessoas não enlouquecem por causa disso. Esteja cem por cento convicto de que é uma maravilha não precisar mais fumar e de que o seu corpo irá viver feliz sem nicotina.

Capítulo 41: um último aviso

Lembre-se sempre de que o cigarro nunca fez nada por você. Ele nunca preencheu o seu vazio apenas o criou. Fumar não é um hábito mas sim uma dependência, um vício que realiza uma lavagem cerebral no fumante que passa a acreditar que o cigarro é o seu amigo e o ajuda a viver melhor. Tudo mentira, uma enganação.

Capítulo 42: respostas

Os fumantes que seguem e respeitam as etapas básicas do método para parar de fumar se libertam. Mas muitos fumantes ignoram alguns passos e acabam fracassando. O método não faz mágica. É preciso entender que as regras servem para acabar com a ilusão de que fumar é gostoso ou me ajuda e o fumante que deseja parar precisa ser fiel a sua decisão e não questioná-la.

Capítulo 43: ajude o fumante que está afundando junto com o navio

Um bom jeito de ajudar os fumantes que desejam parar de fumar, é mostrar o quanto é maravilhoso poder viver sem a nicotina. O quanto o cigarro nunca foi um companheiro e o quanto baixar a ansiedade ou a tristeza nada tinham a ver com fumar um cigarro. Isso é bem melhor do que tentar empurrar um discurso pronto de que fumar faz mal. O fumante sabe disso. O seu problema são as suas falsas crenças que ele acredita.

Capítulo 44: conselhos aos não-fumantes

Lembre sempre o ex-fumante de como ele está melhor desde que parou de fumar. Fale de como a sua respiração melhorou e de como o seu cheiro está mais agradável. Tenha paciência com o ex-fumante. Quando houver muita irritação, afirme de como é maravilhoso de que ele esteja se libertando do vício e nunca o estimule a fumar para se acalmar. Ajude-o com a fase da crise de abstinência, com muita tolerância e carinho. Não tenha medo de falar de cigarros. Ajude-o a lidar com as pressões, reafirmando sempre de como ele está melhor sem o cigarro.

Epílogo: ajude a acabar com essa infâmia

Como as pessoas podem se preocupar tanto com problemas sérios, como o vício da heroína ou com as armas nucleares; e permanecem tão apáticas com o vício da nicotina? Como a sociedade pode ignorar uma realidade tão absurda: permitir que mais e mais jovens se viciem em nicotina a cada dia e continuarem olhando sem fazerem nada, ou, como o governo, que gasta milhões por ano com uma propaganda que mais colabora para que os fumantes fumem ainda mais. Por que as propagandas não avisam as pessoas de que fumar não acalma? Por que o governo não investe em acabar com as falsas verdades sobre o cigarro ao invés de só ficar avisando que fumar causa câncer? A mensagem que se passa é a seguinte: nós te avisamos, agora a escolha é sua! E aí que mora o perigo, pois o jovem resolveu fumar um cigarro e não se tornar viciado, mas foi levado a cair numa armadilha muito sutil: de que pode controlar o vício.

 

Apreciação pessoal sobre o livro

Foi uma leitura bem diferente. Aos poucos fui percebendo a coerência do método proposto e de como há uma profunda manipulação envolvendo o tabagismo. É uma leitura que convida o leitor a mudar de poltrona e a enxergar uma mesma história de um ângulo diferente. E a partir disso tudo começa a se transformar. O que mais me impressionou foi a coragem do autor em defender as suas idéias, mesmo que estas idéias estejam indo de encontro a muitas teorias médicas vigentes. Ele sacode as teorias sobre o tabagismo, mostrando que há muita informação que mais colabora para incentivar o fumo do que para ajudar a diminuí-lo. Então, o diferente a que me referi está nesse ponto: parecia mais um livro comum, mas que foi se descortinando em um material muito valioso.

 

Nome do autor da resenha e data: Ricardo Luiz De Bom Maria- 10/09/2009.