Resenha de Livro
Curso de Formação em Terapia Relacional Sistêmica
Psicóloga Solange Maria Rosset

 

Nome do Livro:

O casal nosso de cada dia

 

Autor do Livro:

Solagen Maria Rosset

 

Editora, ano de publicação:

Editora Sol Ltda, 2005

 

Relação dos capítulos

Introdução, Espaço de/do casal, Comunicação, Sexo e Relacionamento, Diferenças e Diferentes, Indivíduo / Casal/ Família, E tudo o mais, Ninho Vazio: Entre a frustração e o desafio, Qualidade da Relação, Conclusão, Referências e Obras Consultadas.

 

Apanhado resumido sobre cada capítulo

Na Apresentação, a autora explica que, como já fez um livro falando sobre terapia individual e terapia familiar, sentiu a necessidade de fazer um livro agrupando as suas experiências profissionais e pessoais em terapia de casal, para que possa servir de auxílio tanto para profissionais, quanto para pessoas leigas no assunto que buscam por melhorar sua qualidade de relação.

A Introdução diz que antigamente, as pessoas buscavam terapia de casal para que o terapeuta fosse o definidor de por exemplo uma separação. Hoje em dia, a busca é por uma melhor qualidade na relação, e a qualidade de vida dos parceiros envolvidos nesta. A proposta básica da Terapia Relacional Sistêmica para casais é fazer com que o casal trabalhe com o que ele precisa aprender como relação e como indivíduo para tornar a sua vida mais funcional, mais produtiva e prazerosa. O padrão de funcionamento é o elemento principal nesta proposta, onde o casal deverá conhecer o seu próprio padrão e o do parceiro, e assim, podem construir um padrão específico do casal.

1. Espaço de / do casal

Esse espaço de que se fala aqui, trata-se de uma construção do casal quando decide se casar, seja da maneira que for o contrato do casal. É do casal por pertencer somente aos dois, sem interferências externas e é de casal porque as aprendizagens adquiridas dizem respeito às relações de intimidade, sexualidade, parceria, só são possíveis entre casais.
Na relação de um casal, destaca-se um aspecto importante, que é o espaço de crescimento.  A visão de mundo de duas pessoas nunca é a mesma, cada um sempre constrói uma realidade específica e a maneira de se conduzir essas visões vai determinar a qualidade da relação. Freqüentemente, indivíduos fazem movimentos sozinhos de crescimento e cabe à criatividade do casal encontrar saída para que cada um siga seus movimentos de aprendizagem, sem que a relação se rompa. Usa-se o termo “casal útil” para se avaliar o desenvolvimento e a utilidade da relação e o termo “casal terapeuta do indivíduo” para perceber que o casal pode fazer bom uso do crescimento individual que teve em sua família de origem.

2. Comunicação

Quando um indivíduo não consegue mostrar o seu próprio mundo para o outro, torna uma relação de casal com membros desconhecidos. O segredo para um bom relacionamento é cada um dizer o que for necessário dizer e sentir que foi compreendido. A dificuldade em se comunicar, torna a relação disfuncional e os indivíduos criam defesas para não sofrerem, eliminando aos poucos a comunicação entre eles. Essas defesas podem ser: jogar com as palavras, modificar o significado na forma de falar, negar com gestos o que afirma verbalmente, invalidar a sua própria comunicação ou a do outro, dar declarações contraditórias, ser incoerente, mudar bruscamente de assunto, dizer frases incompletas, interpretar de forma errônea, falar usando um estilo obscuro ou pedante,, usar linguagem técnica e fazer interpretações literais de metáforas.

É impossível não se comunicar, porque a comunicação não é somente verbal. Tudo o que transmite uma mensagem é comunicação. E o outro indivíduo nunca deixa de responder às mensagens recebidas. Num casal, as mensagens aparecem a todo momento e, se o casal aprender a se comunicar somente através de mensagens, sem o verbal, vai criar um distanciamento entre os membros. A aprendizagem que se faz através da comunicação é a tomada de consciência de si mesmo e dos outros, aspecto fundamental na terapia de casal. A percepção de como o indivíduo funciona vem através da avaliação do padrão comunicacional da família de origem deste. Uma das maiores dificuldades no casal é saber aceitar que não existe opinião correta ou errada, o que existe são pessoas diferentes expondo opiniões carregadas de valores e crenças familiares, onde para o indivíduo é funcional.

Existem algumas compulsões nas pessoas, onde as mais comuns são querer opinar e ajudar àquele que só quer ser ouvido ou então falar sobre o outro ao invés de falar sobre si mesmo, sem perceber que essas são percepções próprias e que não fazem parte da realidade do outro. Interromper o que o outro quer falar também dificulta muito a relação, assim como tentar adivinhar o que o outro está pensando ou sentindo. Esses hábitos são poderosos mas podem ser eliminados de acordo com o trabalho feito com o indivíduo.

3. Sexo e Relacionamento

O sexo não é o mais importante no relacionamento, mas é de grande valor e pode determinar se uma relação está sendo funcional ou não. Muitas vezes, o casal tem problemas de relacionamento que automaticamente vai influenciar na sua relação conjugal. Mas muitas vezes os envolvidos não tem consciência de que um aspecto altera o outro. Por exemplo, se a rotina conjugal é de discussões, desqualificações, desconfianças, o sexo pode continuar acontecendo, mas sem o sentido de expressão afetiva. Ele vai funcionar como  obrigação ou descarga de alívio de sintoma. Com isso, a falta de qualidade do casal vai continuar acontecendo e alguns sintomas vão ficar cada vez mais comuns e acentuados, como  por exemplo ejaculação precoce, dificuldades de ereção, dificuldades de orgasmo, etc.

4. Diferenças e Diferentes

A forma como os casais lidam com as diferenças reais e sempre existentes entre homens e mulheres vai determinar a funcionalidade da relação. Isso depende em grande parte, da forma como vivenciaram e receberam isso de seus pais.

Conhecer bem as diferenças não só entre os sexos, mas entre crenças, valores e regras também, ajuda qualquer pessoa a entender aquilo que pode os separar e aquilo que pode os unir e fazer bom uso disso na relação. Lidar e aprender com essas diferenças e saber que depois de um casamento, elas se fortificam ainda mais, faz com que o casal se prepare e avalie bem antes de tomar a decisão de se unir “mesmo assim”. Com o tempo, o casamento pode ficar equilibrado, integrando diferenças e semelhanças, e criando estratégias, para que surja aí uma nova cultura, sem que os cônjuges precisem deixar as suas bagagens para trás.

5. Indivíduo / Casal / Família

Pode-se perceber, ao atender casais, que existem tipos específicos desses, ou seja, existem avaliações do desenvolvimento da personalidade de cada individuo, que podem mostrar suas formas de funcionar. Cada um recebe da seus pais uma forma específica de suprirem as suas necessidades. Alguns recebem a mais do que precisam, outros recebem na medida e outros a menos. Isso faz com que cada um fique com comportamentos e carências de acordo com aquilo que receberam. Na escolha do parceiro, o indivíduo vai acabar optando por alguém muito semelhante, com as mesmas formas de comportamento e carências as quais foram acostumados. Com isso, se formam os tipos de casais, que a autora define para auxiliar o casal em terapia a ter mais consciência e controle de seu padrão de funcionar e aumente a qualidade de sua relação. Resumidamente, os tipos de casais são: aqueles que vivem em função sempre do outro, os que querem cuidar e serem cuidados, os que se relacionam pela competição, casais que lutam entre si para mostrar competência, casais que se relacionam para garantir sua existência, para receber, sendo submissos um ao outro, sem se entregarem, casais com foco na perfeição, com foco no servir e cuidar, relacionamentos com o objetivo de status e sucesso, casais que se relacionam para ter emoções fortes, com muito limite e distanciamento, por medo, os que evitam dificuldades reais, os que sabem o que é certo, e , por fim, os que evitam conflitos.

No atendimento relacional sistêmico para casais, o que o terapeuta vai avaliar, é a forma como o casal funciona em conjunto. Para isso, é necessário que se verifique como estão mantendo sua individualidade, por exemplo: como cada um se expressa e é compreendido, como percebem seus próprios sentimentos, como percebe o outro sendo separado de si, como aprende com a diferença do outro, como lida com a realidade, o quanto aceita a sua responsabilidade nos acontecimentos e o quanto dispõe de estratégias para negociar. Junto com isso, é importante que o casal enxergue o outro como ele realmente é, o que é muito comum acontecer o contrário, cada um vê seu parceiro de acordo com seu código específico, baseado na imagem que tem dentro de si, ou de que gostaria que o outro fosse. Pode-se dizer, que a partir disso, têm-se funções de casais, que envolvem as “tarefas” de acolhimento do cônjuge quando houver necessidade, definir juntos seus contatos sociais, desenvolver intimidade ,sexualidade, aprendizagem e crescimento, preservar as fronteiras com as pessoas com quem mantêm relações, gerar filhos, cooperar economicamente, transmitir cultura, entre outros.

Quando se fala em conjugalidade e parentalidade , se refere à maneira como o casal vai agir com a função de pais. Muitas dificuldades surgem nas relações a partir desse momento. As maneiras disfuncionais mais comuns que os casais desenvolvem são: um dos dois buscar nos filhos o companheirismo que não tem do outro cônjuge e pais solicitando o partido dos filhos nas brigas conjugais. Aos pais cabem as funções de nutrir, controlar, orientar, exercer autonomia apropriada e autoridade. Somente assim, conseguirão solidificar uma relação adequada de casal e de parentalidade.

6. E tudo o mais...

Qual o critério de escolha de parceiros entre as pessoas? A autora percebe que os parceiros se escolhem para duas funções: para manutenção ou para mudança.  Para manutenção diz respeito à pessoa escolher alguém que desencadeie as suas dificuldades em família e desenvolve assim uma defesa para não mudar. E para a mudança é quando escolhe um parceiro que pontue essas dificuldades, no sentido de levar mesmo à mudança. Todas as escolhas de parceiros estão relacionadas à maneira como os cônjuges vivenciaram o relacionamento de seus pais. Isso tem caráter definidor para a maioria das pessoas. O que une uma pessoa à outra é sempre uma paixão, uma expectativa daquilo que um quer encontrar no outro, esperando que seja diferente do que já teve e não gostou. Quando passa essa fase e a pessoa vê a realidade, o que realmente é o outro, a relação pode evoluir ou não. Isso vai depender do que cada um espera e pode oferecer e suportar no outro. Toda relação necessita de mudanças adequadas, pra se adaptar àquilo que o casal quer e espera. Em geral, o grau de dificuldade das mudanças depende de flexibilidade, tomada de atitude, reflexão dos comportamentos e saber lidar com desconhecido. Para a mudança acontecer de fato, a pessoa tem que saber o que quer mudar, ter o desejo, ter vontade suficiente para mudar e treinar bastante, sem desistir. No processo de casal, é de grande importância que o casal consiga vencer quatro etapas de seu desenvolvimento: Aumentar sua autoconsciência a partir do que um fala do outro, dar sempre o melhor de si na relação, aprender e aprimorar-se com o que ve de pior no outro e desenvolver características para melhorar o outro. Existem alguns aspectos que a autora detalha e que dizem respeito ao que se deve avaliar também no processo de  casal. Avaliar a riqueza da qualidade do casal é importante para que estes enxerguem com mais clareza o que precisam aprimorar.A parceria que eles possuem, é como uma simetria que envolve confiança. Intimidade é o que torna possível a expressão de sentimentos e opiniões com a devida compreensão dos fatos. A auto-estima de cada parceiro, vinda de suas experiências na fase de crescimento, se bem vivida, fortalece a relação a partir da capacidade de amar ao outro da mesma maneira que ama a si mesmo. A concessão é a forma de demonstrar sentimentos para o outro, com o objetivo de agradar ao outro, mas sem que isso passe por cima dos seus desejos, sem ressentimentos e sim para fortalecer o relacionamento. Parceiros dependentes e ao mesmo tempo independentes entre si experienciam um saudável relacionamento, desde que saibam dosar. Outro fator que está influenciando alguns casais é a internet, que tanto pode aproximar pessoas com dificuldades em falar o que sentem, quanto pode separar quem não faz bom uso dela. As formas como cada um administra o tempo em sua vida pode afetar a sua satisfação com o relacionamento. Os pontuais ou impontuais, os que se angustiam com a passagem do tempo ou que se satisfazem com ela, os que necessitam de agenda ou despertador, são os que se beneficiam ou não do quesito tempo. Há que se tomar cuidado com as projeções. Elas são atribuições de defeitos ou qualidades de si mesmo no outro. Esse processo é bastante comum e, com ajuda, pode ser facilmente detectado. A infidelidade tem inúmeras maneiras de ser classificada e tratada nas relações entre os casais. Aquilo que é considerado traição para um, nem sempre é para o outro e as conseqüências dependem disso também. Para facilitar o entendimento do cliente e do terapeuta sobre isso, é necessário que se avalie as crenças do casal, do terapeuta, como se desencadeia a traição e o que se pode fazer para preveni-la. O mais importante ao avaliar a infidelidade é que o cliente tome consciência dos atos, perceba os álibis que usa para tentar se justificar e assuma a responsabilidade das suas escolhas. A melhor maneira de se lidar com a raiva, dentro de uma relação é expressá-la quando ainda está se iniciando. Com isso, os parceiros podem inventar uma maneira de lidar com ela juntos, sem que nenhum saia machucado. Assim, como a raiva, as brigas também são inevitáveis e servem para cada parceiro mostrar alguns aspectos de si para o outro. Não se deve sempre evita-las e também não se deve sempre ser aceita por uma das partes. Muitos casais criam expectativas fantasiosas em relação ao parceiro. Quando se é trabalhado em cima da adaptação dessas fantasias à realidade, na medida do que cada um pode oferecer ao outro, é possível reorganizar e criar condições para que realmente o outro desenvolva atitudes possíveis e viáveis. Diante dessas dificuldades, o casal pode vir a experimentar o sentimento de solidão, acontecendo um distanciamento entre ambos. Em alguma etapa do relacionamento, a solidão sempre vai existir e por alguns motivos: impossibilidade de se compartilhar tudo, por dores e sentimentos que acontecem sem explicação, entre outros. Com isso, veem as crises, que hora ou outra os casais também vão obter. Elas acontecem em função das mudanças e passagens pelos ciclos de desenvolvimento da família e dos membros e pelas aprendizagens que cada um faz diante disso. Citando exemplos, tem se que as crises existem quando o casal deixa de estar na fase do namoro, para iniciar a fase do casamento, da união, da forma de se organizar e do contrato que irão fazer juntos. Também quando exige a aceitação de novos membros da família, como no caso do nascimento dos filhos ou saída desses de casa, que precisa de um novo ajuste, nova união e redistribuição de tarefas. Além disso, as crises estão presentes quando se atinge certa idade e se vê na necessidade de avaliar o que já foi feito, redefinir e escolher novas escolhas, retomar projetos adiados ou abandonados. Aceitar a mudança de papéis geracionais, lidar com perdas de cônjuges e/ou parentes e preparar-se para a própria morte também são desafios inevitáveis. O ciúme pode ser benéfico, se bem dosado. Ele pode servir como algo que une o relacionamento. Nas crises de ciúmes é funcional que os envolvidos se deem conta da direção que este sentimento está conduzindo, para que ninguém seja prejudicado com o excesso. A busca de terapia depende do desejo e da vontade reais de mudar aspectos pessoais. Para isso são exigidos energia, necessidade e movimentos. A terapia pode ajudar a reorganizar o casal, definir novas regras de funcionamento, aprender novas pautas de comunicação e de relação. A garantia do bom funcionamento da terapia de casal se dá quando os parceiros querem de fato enxergar a sua contribuição para as dificuldades, quando há afeto entre eles, quando não estão envolvidos ou interessados em outra pessoa fora da relação e quando ainda existe interesse e atração sexual entre eles.

No processo de divórcio, a época mais difícil é a de recém separação, pois aparecem aí as diversas dores, que é de extrema importância que sejam vividas para que cada parceiro tome consciência destas. Depois da crise, cada um começa a se reorganizar em função de uma vida nova e diferente. O que define uma boa separação é se o casal teve uma boa convivência ou não. Com relação a filhos, deve-se ter claro que não se pode usar os filhos como meio de atingir um ao outro do casal e nem como desculpas para não haver separação. O que vai definir a situação do(s) filho (s) numa separação é o padrão de funcionamento daquela família. É crucial respeitar as dificuldades dos filhos na separação dos pais, mas sem abrir mão das necessidades de cada membro do casal. Se houver volta após a separação, na terapia o casal vai avaliar as aprendizagens que tem que fazer. Se for um novo casamento, tem também que avaliar e entender que existirão outros padrões de funcionamento, principalmente quando envolve filhos de pais diferentes, que viram “irmãos”.

7.  Ninho Vazio: Entre a frustração e o desafio

Nessa situação, em que os filhos saem de casa, surge muitas vezes uma dificuldade nos pais em aceitarem essa saída. Tem-se que trabalhar nisso a fim de reorganizar a vida do casal, das questões individuais e das funções de pais. É o tempo em que se deve falar aquilo que ficou por falar, retomar planos esquecidos, intimidade, desenvolver mais conhecimentos, aproveitar tempo livre, trocar experiências com filhos, entre outras coisas.

8. Qualidade da relação

Para se conseguir e manter uma boa qualidade no relacionamento, não existe mágica e sim um bom manejo das coisas e situações que já existem. Basicamente o que é importante é conversar freqüentemente sobre os problemas, prevenir os problemas que podem ser prevenidos, ter consciência do que já foi feito e não deu certo, para não repetir, diminuir brigas, aumentar a união, sair de situações rotineiras, não ficar esperando o outro mudar e sim tomar atitudes, fazer e refazer contratos, ter capacidade de perdoar verdadeiramente, ter autonomia e respeitar a do outro, ter carinho, fazer para o outro o que gostaria para si, etc.

Conclusão

Para concluir a autora mostra que dentro de um relacionamento, o mais importante e também mais difícil é enxergar o outro como e ele verdadeiramente é e não esperar que ele seja de outra maneira. Essa espera por algo que não chega, geram insatisfações, reclamações, cobranças e viram distanciamento o que acarreta nas separações. O importante nisso tudo é saber que a tarefa de mudar algo ruim no relacionamento é exclusiva daquele que percebe as falhas. Aquele que souber perceber suas próprias dificuldades, pode mudar seu padrão de relacionamento e aí sim mudar seu parceiro e assim passar para suas gerações posteriores.

 

Apreciação pessoal sobre o livro

Livro bem detalhado e um perfeito guia para consultas em atendimentos de casais. Não deixou nada sem explicar e garantiu o meu entendimento principalmente por seu conteúdo fazer relação com as minhas questões cotidianas.

 

Nome do autor da resenha e data: Alessandra C. B. Dorigo –Julho de 2012.