Resenha de Livro |
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Nome do Livro: |
Passagens |
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Autor do Livro: |
Gail Cheehy |
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Editora, ano de publicação: |
16ª. ed., Editora Francisco Alves, 1998 |
Relação dos capítulos
PRIMEIRA PARTE
MISTÉRIOS DO CICLO DA VIDA
1. Loucura e Método
2. Crises previsíveis da vida adulta
SEGUNDA PARTE
DESTRUIÇÃO DAS RAÍZES
3. O difícil rompimento
4. Tudo ou nada
5. " Se eu me atrasar, comece a crise em mim!"
6. O impulso para a fusão
7. Os começos do enigma conjugal
TERCEIRA PARTE
OS PENOSOS VINTE ANOS
8. Tomando posição largada
9. O único casal de verdade
10. Por que os hímens se casam?
11. Por que a mulher não pode ser mais parecida com um homem e um homem parecido com um cavalo de corrida?
12. Avant Premièr: homens e mulheres crescendo
QUARTA PARTE
A PASSAGEM PARA OS TRINTA
13. Ardil - 30
14. O impasse conjugal. Os apuros do celibato. O retrocesso
QUINTA PARTE
MAS EU SOU DIFERENTE
15. Os modelos de vida masculinos
16. Os modelos de vida femininos
SEXTA PARTE
A DÉCADA DO PRAZO FINAL
17. O começo da passagem da meia- idade
18. Você está em boa companhia
19. A revisão doa 35 anos
20. A provação dos 40 anos
21. Os desvios dos 40
22. O losango sexual
23. Vivendo a fantasia
24. Vivendo a realidade
SÉTIMA PARTE
RENOVAÇÃO
25. Renovação
Apanhado resumido sobre cada capítulo
Cada um de nós tropeça na questão fundamental da idade madura em algum ponto entre os 35 e os 40 anos.
Tentamos fugir a tarefa de assimilar nossas próprias deficiências e destrutividades do mundo. Ao invés de aceitarmos os fantasmas indesejados, procuramos afugentá-los recorrendo às técnicas que já deram certo no passado.
Temos algumas "técnicas" em não enfrentar o inevitável.
A primeira dessas técnicas é acender a luz. Isto sempre fazia com que os fantasmas fossem embora quando éramos pequenos.
A Segunda técnica - gritar por socorro. Quando uma criança tem medo, chama uma pessoa forte para interromper esse medo e fazer com que ele suma.
A terceira técnica está em ignorar o medo, enchendo-nos de trabalho e fingir que nada mudou.
A principal tarefa da idade madura consiste em renunciar a todas as nossas proteções imaginárias e ficarmos de pé, para assumirmos plena autoridade sobre nós próprios. E o medo é, e se eu não agüentar em meus pés? No entanto, mais cedo ou mais tarde, uma avalanche de pensamentos, visões distorcidas e nítidas de envelhecimento, solidão e morte, juntam força suficiente para esmagar temporariamente nosso pressuposto fundamental. Meu sistema está em bom estado de funcionamento e posso ficar em pé sempre que desejar. O que acontece se não pudermos confiar nem mesmo nisso? Começa então uma luta entre uma mente que procura expulsar esses pensamentos e visões e as perguntas intensas da segunda metade da vida, que insistem em bater à porta dos fundos dessa mente, dizendo: Você não pode nos esquecer!
A cada passagem de um estágio de crescimento humano para outro, também temos de mudar uma estrutura de proteção. É na esfera interior que deslocamentos cruciais começam a fazer com que uma pessoa se desequilibre, assinalando a necessidade de mudar e adotar uma nova atitude no estágio seguinte de desenvolvimento. Esses deslocamentos cruciais ocorrem durante toda a vida, mas as pessoas recusam-se continuamente a reconhecer que possuem um sistema de vida interno.
Pergunte a qualquer pessoa que pareça deprimida:
- Por quê você está desanimada?
A maioria transferirá a mensagem interior para um acontecimento balizador. - Estou deprimida desde que nos mudamos, desde que mudei de emprego, etc... É provável que dez por cento digam: Está havendo alguma perturbação desconhecida dentro de mim, e ainda que seja doloroso, sinto que tenho que agüentar até acabar. Um mínimo ainda menor de pessoas será capaz de explicar que a turbulência que sentem podem não ter nenhuma causa externa. E, no entanto, a situação pode perdurar por vários anos.
Não é fácil viver a vida adulta. Tal como na infância, cada passo implica não apenas novas tarefas de desenvolvimento, mas exige um abandono de técnicas que funcionaram anteriormente. A cada passagem é preciso renunciar a alguma magia; é preciso lançar fora alguma cara ilusão de segurança e algum sentido confortavelmente familiar de identidade, é preciso levar em conta a delatação de nossa própria individualidade.
A autora comenta as fases mais importantes da vida, dividindo-a em períodos cronológicos.
Os 20 anos
Durante os penosos 20 anos, nos defrontamos com a questão de como nos firmamos no mundo adulto, incandescentes de energia e superando o caos dos anos de transição, sentindo-nos impaciente pela nossa própria maneira de viver no mundo.
As tarefas desse período são tão imensas quanto excitantes. Dar forma a um sonho, que gerarão energia, vivacidade e esperança. Preparar-se para uma vida de trabalho. E desenvolver a capacidade de intimidade sem perder neste processo a constância da identidade que tenhamos até então adquirido.
Um dos aspectos amedrontadores da casa dos 20 anos, é a convicção de que nossas escolhas são irrevogáveis. Se escolhemos a faculdade ou ir trabalhar numa empresa, casar ou não casar, decidir contra a vinda de filhos ou contra uma carreira, tememos que no fundo tenhamos que viver com essa opção o resto da vida.
Mas como aos vinte anos não temos experiência na tomada de importantes decisões, não conseguimos imaginar que oportunidades de uma melhor integração venham ocorrer posteriormente depois de um pouco de crescimento interior.
A passagem para os 30, 40 e 50 anos
Somente ao chegar aos 30 anos a pessoa começa obter uma certa estabilidade. A vida se torna menos provisória e mais racional e ordenada. Os esforços passam a conceituar-se no sentido de transformar sonhos em realidade.
O medo da década dos 30 é literalmente a metade da vida. Começam os receios: em algum momento entre os 35 e os 45 anos, se o permitirmos, a maioria de nós passará por uma plena crise de autenticidade. Ao entrarmos nessa década de crise, cada um de nós pode esperar uma distorção em nossa percepção do tempo. caímos de repente naquele ponto entre do tempo entre o fim de nosso crescimento e o começo do envelhecimento. Tal como as apreensões relacionadas com a morte, este abalo no sentido do tempo cria novas perturbações no início dessa passagem.
Cabe a cada um de nós encontrar um rumo que seja válido por si mesmo. E para cada um de nós haverá oportunidades de emergir renascido, autenticamente diferente, com uma maior capacidade de amar a nós mesmos e de afagar outras pessoas.
Enfim, passamos por períodos difíceis de perdas e ganhos, de altos e baixos. A coragem de dar novos passos permite-nos abandonar cada estágio com suas satisfações e encontrar as novas respostas, que liberação a riqueza do estágio seguinte. O poder de animar todas as estações da vida é um poder que vive dentro de nós mesmos.
Apreciação pessoal sobre o livro
Este livro é muito valioso, seu relato traz importantes reflexões sobre a vida e seus períodos dividindo em "décadas", e a cada passagem, novas descobertas. Lindo!
Nome do autor da resenha e data: MILDRED MARCON MIECZNIKOWSKI - Abril /2003.