Resenha de Livro
Curso de Formação em Terapia Relacional Sistêmica
Psicóloga Solange Maria Rosset

 

Nome do Livro:

Profunda Simplicidade: Uma Nova Consciência do Eu Interior.

 

Autor do Livro:

Will Schutz

 

Editora, ano de publicação:

Ágora, 1979

 

Relação dos capítulos

Capítulo 1: Princípios

- Holismo;

- Ausência de Limitações;

- Escolha;

- Simplicidade;

- Verdade;

- Completamento;

- Dimensões Básicas.

Capítulo 2: Aplicações

- Princípios de Aplicação;

- Direito;

- Qualificação Profissional;

- Medicina;

- Política;

- Esportes;

- Educação;

- Família;

- Viver;

- Escurecimento;

 

Apanhado resumido sobre cada capítulo

Capítulo 1 – Princípios

- Holismo;

A incapacidade de se reconhecer a unidade essencial do corpo/mente promove um entendimento inadequado do comportamento humano. Holismo é a relação entre o tecido do corpo e a personalidade. Não são simplesmente duas partes distintas de uma mesma pessoa. São manifestações de um mesmo ser.

Os níveis da personalidade são equivalentes aos níveis de tecido do corpo. As defesas psicológicas expressam-se no padrão de tensões do corpo. As camadas de tecidos são equivalentes às camadas da personalidade: as camadas mais externas são as partes mais visíveis da personalidade e as camadas mais profundas, as partes mais ocultas.

- Ausência de Limitações;

Poderes psíquicos estão dentro dos limites da capacidade de todos nós. Sou limitado porque acredito que sou limitado. Não faço qualquer tentativa de mudar meu comportamento, uma vez que já me convenci de que simplesmente “sou desse jeito”.

- Escolha;

Escolho tudo o que faz parte de minha vida e sempre o fiz. Escolho meu comportamento, meus sentimentos, meus pensamentos, minhas enfermidades, meu corpo, minhas reações, minha espontaneidade, minha morte.

De algumas destas escolhas, escolho tomar consciência, e de algumas outras, escolho não tomar consciência. Geralmente opto por não perceber sentimentos com os quais não quero me confrontar, pensamentos que são inaceitáveis, e algumas das relações de causa-e-efeito entre determinados eventos.

O que tem sido denominado inconsciente fica, com esta formulação, desmistificado. Escolho até isso. Meu inconsciente é, simplesmente, todas aquelas coisas das quais escolho não tomar consciência. Não existem incidentes. Os acontecimentos ocorrem porque escolhemos sua ocorrência. Nem sempre estamos conscientes de os estarmos escolhendo.

Uma vez que aceitamos a responsabilidade pela escolha de nossas vidas, tudo fica diferente. Temos poder, decidimos. Estamos no controle. Enquanto eu ver você como sendo a causa do meu medo, passo todo o meu tempo tentando mudar, criticar, evitar ou destruir você. Mas assim que ver que o medo existe em mim posso trabalhar em cima da capacidade que tenho ou não de enfrentar o que me surge – e este é, sem dúvida, um trabalho muito proveitoso. Existe tão-somente um medo: o medo de não ser capaz de dar conta – de minha própria incapacidade.

Não é necessário crer no conceito de escolha para examinar suas conseqüências. Se você assume que a escolha é uma verdade, você tem a oportunidade de descobrir se ela é verdadeira. Se você presume que grande parte da vida é casual, você jamais saberá se é ou não. O que há a perder?

Um dos objetivos fundamentais dos grupos de encontro e da terapia é ajudar a você, como participante, a tornar-se cônsciso daqueles fenômenos dos quais não tem ciência. Assim que você se torna consciente, as decisões que tomar estão sujeitas à sua vontade. Elucidar aquilo que é despercebido é algo bastante parecido ao tradicional objetivo psicanalítico de tornar o inconsciente consciente.

Em geral, não penso que posso escolher o modo como sinto ou como reajo diante de um evento. É mais preciso dizer que não estou me permitindo tomar consciência da base na qual fundamento essa escolha de sentimentos. Se me deixar ir a fundo e localizar essa base, posso trazer minha escolha ao nível de minha percepção consciente e então modificá-la se assim o desejar.

Desde o começo escolho tudo em minha vida. A rigor, não podemos responsabilizar ninguém por nossas vidas. Elas são por nós escolhidas, antes mesmo de começar. Assim que aceitarmos nossa responsabilidade, poderemos nos dedicar à tarefa de modificá-las – se optarmos por isso.

Em parte, a reação do outro à minha pessoa é determinada pelas condições que eu crio. Minha mudança de comportamento não se deve a qualquer consideração a respeito do outro; tampouco mudo minha conduta para ser ético, gentil, altruísta. Mudo para poder eliciar no outro o tipo de resposta que desejo.

Apesar de acreditar que você escolhe sua vida, isto não me impedirá de ter compaixão por você. A compaixão se define como um sentimento de simpatia e pena profunda por outra pessoa, afligida por um sofrimento ou catástrofe, sentimento este que vem acompanhado por um forte desejo de atenuar a dor ou eliminar sua causa. Para mim sentir-se compadecido significa sentir o desejo de criar condições dentro das quais você escolhe diminuir sua própria dor.

O quanto de compaixão pessoalmente sinto por você vai depender do quanto me importo com você como pessoa e de três fatores pelos quais eu percebo: (1) você aceitar ou não responsabilizar-se por si mesmo; (2) você estar disposto a solucionar seu próprio problema ; (3) você se permitir saber como resolver suas dificuldades.

Quanto mais você se permite ser consciente, mais você se comporta como um organismo unificado, consegue que suas ações sejam completas, e sente alegria.  Ao longo do tempo, provavelmente descobrirei que, quanto mais eu assumo responsabilidade por mina própria vida, por meio de minhas conscientizações, mais feliz serei. Posso, entretanto, seguir no ritmo que eu escolher.

- Simplicidade;

Para qualquer situação, existe aquele que é o caminho mais simples. A conscientização revela esse caminho. A simplicidade final é escolher o caminho correto. Reconhecer os caminhos implica, em última instância, que o Universo é simples. Quando aprendemos isto, veremos que é simples. As dimensões complexas que exigem um intrincado processo de escolha se dissolvem e as escolhas tornam-se óbvias. O princípio da escolha descreve a realidade segundo a qual eu estou no comando de minha vida. Eu a escolho por inteiro, sempre o fiz, sempre o farei.

- Verdade;

Mentir é um peso, também literalmente. Quando minto, vinculo minha energia de uma maneira improdutiva e basicamente desagradável. Endureço meu corpo, contamino minhas relações com as pessoas, fico deprimido e ansioso. Estreito os limites de minhas experiências e, por fim, transformo minha vida numa coisa sem sabor.

Mentir decorre de uma indisposição para nos aceitarmos. Quando me sinto bobo, errado ou burro, minto para que as pessoas não saibam que sou bobo, que sou errado, que sou burro. Quando estou me sentindo inseguro, culpado, ou envergonhado, minto. Quando quero alguma coisa que a meu ver eu não deveria querer, ou quando antecipo que alguém me irá impedir de ter o que quero, minto. Quando me sinto incapaz de enfrentar as conseqüências de verdade, minto.

Quando nós não mentimos, a vida se torna intensa e mais excitante do que a violência. As pessoas se desvendam em suas múltiplas camadas, sua profundidade é sondada. Conectamo-nos uns aos outros.
A auto consciência aumenta quando assumo o compromisso de olhar para dentro de mim mesmo. Aceitar o princípio da escolha significa que o poder de me conhecer está dentro de mim. Conhecer-me-ei melhor quando passar por situações que demandem toda a minha capacidade. Também conhecer-me-ei quando superar o medo de olhar para mim, como verdadeiramente sou.

Os sentimentos irão dizer o que é que você realmente quer fazer. O corpo/mente escolhe. Experimentar as catástrofes antes do evento real é o caminho central para a superação dos temores. Faça-as acontecer, desenvolva-as, realize-as gradualmente, em seu próprio ritmo. Repita-as, exaustivamente, até não ter mais medo. Depois aja. Você terá vivido as alternativas que lhe impedem de prosseguir e, por meio deste método, tê-las-á eliminado sozinho.

Com a consciência vem o controle do corpo. A enfermidade e os machucados podem ser evitados. Se estou consciente de uma parte de meu corpo, posso controlá-la. Sou capaz de colocá-la em qualquer estado que desejar. As partes do meu corpo que ficam doentes ou machucadas são aquelas que ficaram fora do campo de minha percepção consciente ou, em outros termos, aquelas que, conscientemente, escolhi adoentar ou machucar.

Qualquer tensão muscular, qualquer irritação, inflamação ou outra enfermidade é resultante de um conflito do qual não me estou deixando tomar consciência. Se escolho não estar consciente do conflito, então meu corpo é obrigado a “corporificar” o conflito. Se me permito uma completa consciência de mim mesmo, escolho não estar doente.

Toda enfermidade é psicossomática, no sentido de eu a escolher em resposta à minha situação presente de vida. Se assumindo literalmente essa função, presumo que se tenho hepatite, estou com dificuldade, em minha vida, para usar as coisas que são positivas e para me livrar daquelas que são tóxicas e não tenho também consciência de estar passando por essa dificuldade. Uma vez que não estou enfrentando o conflito com minha capacidade de tomar consciência, meu corpo deve cuidar disso.

- Completamento;

O comportamento humano pode ser percebido como uma série de ciclos de energia. Um ciclo começa com algum tipo de desequilíbrio – incômodo, desejo, ansiedade, espanto – com alguma coisa que serve para me motivar a mudar meu estado, para que eu possa satisfazer esse equilíbrio, tanto pela redução ou incômodo ou ansiedade, quanto pela satisfação do desejo ou espanto. Mobilizo, nessa oportunidade, determinados recursos para reduzir o desequilíbrio. Preparo-me para fazer alguma coisa pensando, planejando e preparando meu corpo para alguma forma de movimento. A descarga é o próximo passo, expressando num ato o comportamento para o qual me preparei. A ação conduz a um reequilíbrio, ou sentimento, determinado pelo grau de proximidade que a ação pôde obter em relação à satisfação do desequilíbrio motivador.

O ciclo de energia começa com qualquer coisa que se insinue pelo meu sistema nervoso, tanto vindo de fora quanto de dentro de minha pele: sinto coceira, quero sexo, estou entediado, quero aprender, estou deprimido. Experimento meu desequilíbrio. Se for agradável, simplesmente mantenho a experiência em andamento. Se percebo que seria mais agradável se estivesse novamente equilibrado, posso passar à modificação de meu estado.

Os ciclos de energia devem ser plenamente vivenciados, e não bloqueados. Nosso objetivo é o livre fluxo de energia através de todas as fases do ciclo.

- Dimensões Básicas.

Afim de funcionar eficazmente, os organismos devem estabelecer e manter determinados equilíbrios entre o que há dentro e o que há fora de seus limites. Estes equilíbrios se aplicam tanto ao mundo físico quanto ao social.

Como mencionamos antes, toda doença é resultado de um conflito que escapa à consciência e que, literalmente, foi “corporificado”. Toda enfermidade é expressão de uma situação total de vida. É uma de minhas tentativas de enfrentar a situação de minha vida. Em geral, por estar doente posso faltar ao trabalho, descansar, evitar responsabilidades, adiar prazos, ser cuidado, receber mostras de simpatia, flores e bombons. Determinadas doenças têm benefícios especiais.

Enfermidade de inclusão: A nível físico, a inclusão se refere aos limites entre eu e o resto do mundo e, portanto, lida essencialmente com a periferia de meu corpo: a pele; órgãos sensoriais, olhos, ouvidos, nariz e boca; e com os sistemas corporais que entram em intercâmbio com o meio ambiente: o sistema respiratório, que inala e expira ar, e o sistema digestivo-excretor, que faz o intercâmbio do alimento com o meio ambiente. As atitudes relativas a estes órgãos relacionam-se a minhas atitudes, no que diz respeito à minha aceitação pelos outros

Enfermidades da pele, dos órgãos dos sentidos, do sistema respiratório ou do sistema digestivo são manifestações de conflitos inconscientes relativos à inclusão.

Enfermidade de controle: Os sistemas de órgãos que uso para controlar meu corpo são os músculos e o esqueleto, o sistema nervoso e as glândulas endócrinas. Estes são sistemas que uso para enfrentar o mundo, para me manter saudável e para me afirmar como pessoa.

Quando corporifico um conflito fora de minha área de consciência, relativo a controle, proporciono-me uma doença em um destes sistemas. Tenho dores de cabeça quando me sinto incompetente. Geralmente ocorrem quando estou para entrar numa reunião para a qual não me preparei, ou quando há tantas coisas acontecendo que não entendo o que está se passando.

Enfermidade do afeto: O afeto é expresso pelo corpo na forma de amor, com o coração, e de sexo, com os genitais. Transtornos genitais como vaginite ou herpes, assim como sífilis e gonorréia, geralmente acontecem em momentos constrangedores. A teoria atual afirma que acontecem quando existe um conflito inconsciente com respeito ao amor, principalmente no tocante ao aspecto sexual do amor.

Capítulo 2: Aplicações

- Princípios de Aplicação;

Os princípios da profunda simplicidade convertidos em guia de aplicação, sendo eles: Objetivo, liberdade, acordo, verdade, simplicidade, escolha, opções auto-responsabilidade, conscientização, transição.

- Direito;

A maior tragédia econômica que poderia se abater sobre a Medicina ocidental seria todos os seus cidadãos se tornarem saudáveis. Se a conscientização fosse recompensada, ficaria mais difícil para as pessoas, em sua maioria permanecerem inconscientes.

Uma vez que seu auto conceito é sua escolha, você pode decidir ser qualquer tipo de pessoa que quiser. A função da nova sociedade é deixar clara a auto responsabilidade, ajudar a pessoa a se tornar mais consciente de si mesma e decidir quais regras  a sociedade quer implantar para adiar determinados comportamentos e fornecer a “cúmplices” inconscientes por um determinado intervalo de tempo, para que se tornem mais perceptivos a seu próprio respeito.

- Qualificação Profissional;

Escolha e verdade substituem a fraude e a imagem. A concessão de diplomas não protege o público. Não exclui incompetentes. Não incentiva a inovação. Ridiculariza. A exposição completa trata tanto o profissional quanto o cliente como adultos responsáveis e altera o papel da lei para instância determinadora da verdade, função esta que pode perfeitamente desempenhar em favor de seus protegidos.

- Medicina;

O corpo é que é o herói, não a Ciência, não os antibióticos... não as máquinas nem novos dispositivos... A tarefa do médico hoje continua sendo a mesma, ajudar o corpo a fazer o que aprendeu tão bem a realizar por si, através de sua luta incessante pela sobrevivência: curar-se. É o corpo, e não o medicamento, que é o herói.

Se a Medicina seguisse os princípios da profunda simplicidade, seu novo lema seria: “Paciente, cura-te a ti mesmo”. Sou responsável por contrair enfermidades e sou o único que pode curar.

Se num determinado nível de minha consciência, decido ficar doente, irei enfraquecer meu corpo e deixar de eliminar toxinas, criando assim um ambiente tóxico próprio para o desenvolvimento de vírus. Detenho o funcionamento do sistema imunológico, permito a invasão de entidades estranhas e fico doente. As decisões relativas às enfermidades são tomadas ao longo de minha vida, conforme meu organismo se desenvolve. Se desde cedo resolvo ser saudável, vou desenvolvendo meu organismo para que combata qualquer condição que o leve a uma enfermidade.

Também me curo. Dentro de meu corpo está o conhecimento e existe a capacidade de autocura. O máximo que preciso fazer é escolher, num nível certo de consciência, ficar bem e aprender mais e mais a respeito de meu corpo/mente. Tendo repouso e sendo movido por um desejo límpido de ter saúde, meu corpo superará qualquer dano que lhe tenha sido infligido. Se a lesão for muito extensa, as razões para a mesma estarão profundamente enraizadas em meu ser; precisarei descobrir então por que decidi ficar doente, como é que agora me benefício disto, e como mudar essa situação. Isto pode ser feito com o auxílio de muitos dos métodos pró-potencial humano.

Se essa visão de doença for aceita – a visão segundo a qual sou responsável por contrair uma doença e responsável por curar-me -, então a ênfase do médico recairá nas condições que puder criar, diante das quais decidirei tornar-me consciente da verdadeira natureza da doença, ver que escolhi ficar enfermo e tornar-me consciente de desejar ou não recuperar minha saúde. Se quero ficar bem, posso querer que o médico me ensine técnicas para descobrir a origem da enfermidade e para me curar. Quando a cura é efetuada deste modo, a causa da doença é realmente eliminada. É mais do que a supressão dos sintomas.

Estes resultados notáveis devem-se ao fato de os pacientes assumirem responsabilidade por suas próprias curas. O papel do médico é ajudar o paciente a entender como e por que se permitiu contrair aquela enfermidade, dotando-o de técnicas para lidar com o problema por si mesmo. Essa filosofia médica também pressupõe que o câncer é uma doença do organismo total – corpo, mente e espírito – que deve ser entendido como um estilo vigente de vida, mais do que como um vírus acidentalmente contraído por se comer ou respirar um agente carcinogênico.

Em última análise, a enfermidade é uma experiência de aprendizagem. Assumindo responsabilidades por minha doença, eu, como paciente, tenho oportunidade de aprender mais sobre mim, quando descubro por que estou desejando ficar doente desse modo particular, nesse momento de minha vida. Experiências que alteram a qualidade de vida da pessoa podem acontecer em determinados momentos, quando o paciente está disposto a encarar por esse ângulo o que lhe sucede.

- Política;

A capacidade de ajudar depende não só de se perceber que existem escolhas pessoais, mas também do nível de consciência pessoal da pessoa que presta ajuda. Infelizmente, muitas pessoas socialmente conscientes usam eventos sociais para trabalharem seus problemas particulares. Em conseqüência disso, mostram-se muitas vezes indignadas diante dos que não são socialmente ativos, mas seu trabalho é de valor limitado.

- Esportes;

Se eu tomar consciência do meu corpo, atuarei com muito mais eficiência e menos esforço. Isto é verdade não só para o movimento, mas também para outras funções mediadas pelo sistema nervoso, como pensar, sentir e perceber. A chave para evitarmos lesões e enfermidades é conscientização. Com base neste fato, a forma como hoje se entendem as lesões esportivas precisaria ser reavaliada.

- Educação;

Para seguir os princípios da profunda simplicidade, uma instituição educacional deveria se concentrar em duas áreas: (1) na de criar condições que mais favorecessem a aprendizagem; (2) na de permitir aos alunos que assumissem a máxima responsabilidade por sua própria aprendizagem.

- Família;

A relação de profunda simplicidade entre o casal, no mínimo, é honesta. O casamento honesto, mais do que o casamento monogâmico ou o casamento aberto, é a relação ideal. Cada pessoa assume responsabilidade por si própria e os comportamentos conjuntos são realizados depois de um acordo explícito.

Também na criação de filhos a honestidade e a escolha são elementos chave. Dizer sempre a verdade para a criança estabelece a credibilidade e pressupõe que a criança é capaz de lidar com o mundo.

Assim, dentro dos parâmetros destes princípios, as relações familiares são honestas, cada pessoa é supostamente responsável por si própria, todos cooperam para a manutenção do próprio nível de consciência e para o estabelecimento de um acordo explícito em seus comportamentos mútuos.

Se os pais forem verdadeiros em sua relação e a seu próprio respeito, não criarão condições que seus filhos julgue difíceis enfrentar. Quanto mais a criança tiver seus desejos satisfeitos enquanto for pequena, mais forte será seu ego e mais fácil será, quando adulto, para ela enfrentar as contrariedades que lhe ocorrerem.

- Viver;

Quando aceito que escolho minha vida, sinto-me fluir mais. Um grande anel de tensão se dissipa e me sinto mais capaz de enfrentar o que for que me aconteça. Uma crescente conscientização de mim mesmo tende a fazer diminuírem os grandes mistérios. A vida não é tão complicada porque agora vejo como posso influenciá-la.

- Escurecimento;

A embaraçosa revelação deste exercício foi a facilidade com que podíamos pensar rápido nas mais lógicas razões para se atribuir cada culpa. A lição a tirar foi a insensatez de se culpar alguém ou alguma situação depois que tudo já acabou. O que resta é só prazer que se pode tirar de pôr a culpa em algo fora de si.

Quando a vida parece muito, muito difícil, eu pareço estar me levando muito, muito a sério.

 

Apreciação pessoal sobre o livro

Gostei muito deste livro, acredito que todas as pessoas, deveriam ler pelo menos uma vez, pois com certeza faria muita diferença na forma como cada um leva a sua vida. O livro nos faz pensar o que realmente estamos fazendo de nossas vidas e como podemos mudá-la se assim quisermos para torná-la mais leve e feliz. Porém tudo se resume a nossas escolhas. A forma como nos encontramos hoje é fruto de nossas escolhas passadas, e como queremos estar daqui algum tempo é fruto das escolhas que estamos fazendo hoje.

 

Nome do autor da resenha e data: Leila Francielli Ribeiro - 05/07/2012.