Resenha de Livro
Curso de Formação em Terapia Relacional Sistêmica
Psicóloga Solange Maria Rosset

 

Nome do Livro:

Psicopatologia e psicologia do casal

 

Autor do Livro:

Carlos E. Sluzki M.D. (Org)

 

Editora, ano de publicação:

: Editorial Psy II - 1994 - Campinas - SP

 

Relação dos capítulos

     Introdução

     Cap. 1- Identificação projetiva e conflito conjugal
     Cap. 2- Relações bipessoais regressivas
     Cap. 3- O qüiproquó conjugal
     Cap. 4- O enfoque interativo em terapias de casais
     Cap. 5- Comentário do Doutor Isidoro Bernstein
     Cap. 6- Resposta dos autores
     Cap. 7- Considerações sobre a psicoterapia do par conjugal
     Cap. 8- Comentário dos Doutores Carlos E. Sluzki e Hugo B. Bleichmar
     Cap. 9- Resposta do Autor
     Cap. 10- O contexto conjugal de uma síndrome de ansiedade


Apanhado resumido sobre cada capítulo

     Cap.1 - Segundo David Liberman, os casos de terapia de casal fundamentam-se na análise da identificação projetiva.

 

     Cap. 2- Albert e Scheflenm, dizem que os relacionamentos íntimos entree duas pessoas tende a se tornar regressivo de acordo com as relações objetais.

 

     Cap. 3- Don D. Jackson, é cada vez maior o consenso de que não existem relações conjugais desequilibradas ou empobrecidas por um dos cônjuges. A observação da interação revela um " acordo" que existe entre o alcoólatra e sua mulher e o marido que espanca a esposa e esta.

 

     Cap. 4- Seuzi e Bleichmar dizem: a ação de um componente de uma díade contém, explícita ou implicitamente, uma proporção que expressa como esse membro entende a relação e de que forma espera que o parceiro a entenda ou a defina. Toda mensagem tem um nível de conteúdo e um nível relacional.

 

     Cap. 5- Bernstein fala, a terapia de casal acaba sendo uma tríade com o terapeuta, este terceiro diante do casal, na estrutura básica, faz parte da interação dos diferentes fenômenos do sistema. A interação isolada do contexto, produz fenômenos diferentes e resultado diverso. O jogo na escalada simétrica é com e em função do terapeuta, onde o casal pode exibir sua agressividade ou esperar que o terapeuta intervenha em favor de um ou de outro, caso o terapeuta engate, acaba contribuindo para o círculo vicioso.

 

     Cap. 6- Segundo Berenstein, o objetivo fundamental do terapeuta com casais é analisar a interação entre eles, procurando detectar os padrões, as regularidades que surgem dessa interação, as distorções de um em relação ao outro e de si mesmoi, os significados diferentes da conduta para cada par, a suposta reação à conduta do outro, por isso como diz o autor como diz o autor, a interpretação não favorece o processo de discriminação e individuação, em certos casos, pode atuar no reforço da aglutinação e da miscelânia de identidades entre os membros do casal. Berenstein, diz que a seqüência inicia no momento da sessão, atentos ao funcionamento do casal.

 

     Cap. 7 - As perguntas que o terapeuta de casal deve fazer são: qual é a contribuição de cada parceiro? O que cada um espera que o outro seja?
Pode-se dizer que quando um casal procura tratamento é porque entrou num período de crise, ou seja, de desorgamização, em conseqüência do qual pode:
          Haver rompimento do vínculo;
          Haver mudança no tipo de equilíbrio;
          Sair unidos, de maneira mais amadurecida.

 

     Cap. 8 - Segundo Sluzki e Bleichmar, tratando-se de terapia de casal e acordado a sessão com os dois, não se deve fazer o trabalho na falta de um.

 

     Cap. 9 - O enquadramento da terapia de casal, diferencia-se da psicoterapia individual.

 

     Cap. 10 - Os sintomas mantem o casal unido, casal infeliz e distante e desarmônico. Este tipo de casamento pode-se chamar de casamento compulsivo, o aparecimento dos sintomas não permite que o cliente saia de casa, por ex., o marido sente que a esposa vive com ele não porque quer, mas porque não tem alternativa. Ela estimula essa convicção dizendo às vezes que se pudesse sair sozinha, o abandonaria.
     O marido assume que fica com a esposa por causa da doença e não porque a ame. Interpreta seu descontentamento como um ressentimento por estar ligado a ele e qualquer demonstração de afeto por parte da esposa é como um suborno para que ele não a deixe. Resigna-se com pouco que ela lhe oferece. Enquanto os sintomas persistem, não há como terminar com esse impasse.




Apreciação pessoal sobre o livro

     Entendo o funcionamento dos casais e porque se unem e convivem juntos apesar das dificuldades, percebe-se que não existe casamento certo ou errado, permite sair das verdades e dos valores rígidos enraizados na cultura, onde as questões relacionadas a duas pessoas fogem do controle das regras pré- estabelecidas.

 

Nome do autor da resenha e data: Terezinha Kulka - out/2001