Resenha de Livro
Curso de Formação em Terapia Relacional Sistêmica
Psicóloga Solange Maria Rosset

 

Nome do Livro:

Terapia Familiar Breve

 

Autor do Livro:

Steve de Shazer

 

Editora, ano de publicação:

Editora Summus,1986

 

Relação dos capítulos

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO 1. TEORIA BINOCULAR DA MUDANÇA

CAPITÚLO 2. CONTEXTO CLÍNICO

CAPÍTULO 3. PROCEDIMENTOS

CAPÍTULO 4. MAIS PROCEDIMENTOS

CAPÍTULO 5. FITA DE MOBIUS

CAPÍTULO 6. OBJETIVOS: EQUILIBRIO DE MAPAS TEÓRICOS

CAPÍTULO 7. FAMÍLIA JAY

CAPÍTULO 8. FAMÍLIA JONES

CAPÍTULO 9. COMPLEXIDADE

 

Apanhado resumido sobre cada capítulo

INTRODUÇÃO:

Dentro da Epistemologia Ecossistêmica estão inseridos os alicerces da Terapia Familiar Sistêmica, sendo eles: Conhecer,pensar e agir conforme as ideias de Bateson e até mesmo a questão de figura (indivíduo) e fundo (Ambiente) apresentadas por Wildon. Sendo necessário ter um embasamento e modelos teóricos de referência. A epistemologia Ecossistêmica enquadra a família e a equipe terapêutica como dois sistemas, mas que juntos se tornam um suprassistema e tentam entre si, encontrar maneiras de reorganizar o sistema, de forma circular, onde todos interferem, não havendo assim o princípio da causalidade. Outro ponto que  De Shazer trás é sobre a Homeostase, pontuando que para a Terapia Familiar Sistêmica ela não é viável, pois não contribui com a mudança necessária, já que  psicoterapia é mudança. E esta  acontece na forma da relação, entre o receptor e o comunicador, caso um dos dois não compreenda o que o outro está comunicando então tem-se o ruído não contribuindo para novos padrões.

CAPÍTULO I. TEORIA BINOCULAR DA MUDANÇA:

Sempre debatendo sobre os conceitos da Terapia Familiar  De Shazer mostra autores que contribuíram com a Terapia Familiar, porém questionando e desenvolvendo novo sistema para seu atendimento psicoterápico através  da Teoria Binocular da Mudança que é composta por  3 fatores:

O Isomorfismo se mostra presente através da profundidade em que enxergamos o suprassistema, ou seja, a partir do momento em que não se enxerga o padrão da família ou da equipe, mas sim o conjunto, neste sistema maior.

A cooperação  onde o fato do cliente resistir também é uma contribuição saudável, é uma forma de se comunicar, para Shazer é errôneo tratar como Resistência.  Aproveita-se para apoiar o cliente neste momento e transformar em algo que seja produtivo para o seu crescimento.

O Paradoxo  se enquadra na classe de intervenções isomórficas  da Teoria Binocular.Existem vários estudos sobre o Paradoxo e o Duplo Vínculo, uma se sobrepondo a outra. Este tipo de intervenção se faz necessária pois a família fica sem saída e entrar em contato com a situação que está evitando.

CAPÍTULO II – CONTEXTO CLÍNICO

Erickson acredita que ”existe uma poderosa tendência de ajustamento na personalidade, desde que lhe seja dada a oportunidade.” O trabalho do psicoterapeuta é enxergar além da visão de mundo do cliente, deve enxergar o problema do cliente de uma forma diferente. Observa-se isso através dos Moldes, cada indivíduo possui o seu modo de ver a vida e vivê-la que trás da sua família e ao entrar em contato com outras pessoas de moldes diferentes podem acabar se atritando, mas observando estas duas pessoas, que possuem visões distintas de mundo, aos poucos vai ocorrendo uma remodelagem, ou seja uma mudança na visão de ambas, pois ao ver do outro o molde é externo, mas para si não o é, havendo alterações no comportamento. Os três tópicos pontuados, foram criados por Milton H. Erickson, o qual deu a Terapia Familiar Breve  modelos terapêuticos e sua visão de mundo como terapeuta ,uma de suas condutas é de que jamais se deve zombar, condenar ou rejeitar a opinião do paciente.Seu conhecimento e aceitação levou a diversos caminhos para a implantação de projetos terapêuticos. O Grupo de Terapia Breve do Instituto de Pesquisa Mental (IPM), também se utiliza dos conhecimentos de Milton Erickson. O qual é focado para os seus objetivos, utilizando-se de técnicas e valorizando instrumentos para ser assertivo quanto ao trabalho, sendo pragmático. Porém ele é usado com parcimônia não utilizando destes métodos aleatoriamente. Também teve influências do IPM,o Grupo de Milão, mas principalmente de Watzalwick  e Haley.  Desta forma o grupo oferece instrumentos adequados para a análise das comunicações, conceitos, a necessidade de definir o relacionamento e os vários níveis verbais e não-verbais que podem ser utilizados para defini-lo, suas posições complementares e a noção  de paradoxo sintomático e terapêutico. A “conotação positiva” contribui para que o terapeuta não se contradiga, durante a sessão e de poder decidir-se por um contraparadoxo, preescrevendo sintoma. Este grupo também percebe a dificuldade de pensar sistemicamente ou circularmente devido a nossa cultura; criando assim maneiras de lidar com as armadilhas utilizando-se o ver “ser” ao invés de “parecer” ou o verbo “mostrar” pelo “parecer” deixando nítido o jogo familiar.

CAPITULO III – PROCEDIMENTOS

Os procedimentos são embasados de acordo com as premissas ecossistêmicas e a teoria binocular da mudança, tornando-se assim fácil a elaboração de intervenções  e o ensino na arte de planejá-la por parte da CTFB. Estes são desenvolvidos de acordo com a teoria e prática, com o envolvimento da equipe que fica atrás do espelho. Entre os aspectos importantes no que diz respeito ao campo de estudo, o modo de cooperar demonstrado pela família é descrito e utilizado pela equipe.Na CTFB a sessão é dividida em 6 partes:

1) Planejamento Prévio da Sessão;

2)Prelúdio;

3)Obtenção de Dados;

4)Pausa para Deliberação:planejamento de intervenções;

5)Apresentação da Mensagem: Intervenção;

6)Esforços de Estudos.

A sessão dura aproximadamente uma hora, a pausa para deliberação ocorre após os 40 minutos, podendo variar nas sessões seguintes. A equipe que fica atrás do espelho observa o atendimento e se utiliza de métodos para operacionalizar os conceitos de isomorfismo e cooperação, bem como descrever os padrões que a família relata e exibe, numa forma circular.

Planejamento Prévio da Sessão: acontece é realizado através de um estudo sobre a demanda do cliente que solicitou a sessão de família. A equipe avalia casos bem sucedidos já estudados bem como métodos já aplicados, referente àquela situação que possam ser pertinentes. A equipe é composta por terapeutas com formação sistêmica ou de outras abordagens e com tempo de formação diferente o que proporciona uma melhor visualização do sistema familiar.

Prelúdio: momento de investigação que acontece no início da sessão, com duração aproximada de 10 minutos. Deve-se ter como enfoque o contexto social familiar, desde  local aonde vivem,como é o bairro, vizinhança até que escola as crianças frequentam.  Enquanto a equipe observa os padrões familiares,vocabulários e profissão de acordo com a liderança do psicoterapeuta que está na sala com a família.  A equipe deve observar em menor escala os atributos usados por todos os membros da família individualmente: visuais, auditivos, cinestésicos e cognitivos. Mas observar as frases e palavras mais utilizada pela família ajuda na comunicação com a família e em  intervenções isomórficas.

Quando se aborda o problema e um dos integrantes muda sua forma de se comunicar deve ser observado e anotado pela equipe, além de pontuar para a família, para melhor percepção para o processo de mudança.

Obtenção de Dados: Após o prelúdio, o líder começa a abordar a principal questão da sessão por aproximadamente 30 a 35 minutos.

Faz-se perguntas referente a queixa e que atitudes  foram tomadas para solucionar o problema. É importante estar atento ao que já foi feito com relação a queixa e que o líder não se posicione com relação aos familiares.  Pede-se aos integrantes que conversem entre si a respeito do problema, isto facilita o trabalho do terapeuta e dá a equipe informações de como uns veem os outros. Através desta forma de comunicação pode-se perceber as demandas e assim delimitar o objetivo do trabalho o que será primordial para se ter maior enfoque e definir a tarefa.

Manter o enfoque na terapia é de fundamental importância para que o cliente não se perca e que tenha clareza do motivo pelo qual frequenta a psicoterapia. O feedback  contribui na comunicação entre Terapeuta e cliente e norteará quando o problema for resolvido. Como por exemplo perguntar a esposa como ela acredita que o seu marido se convencerá de que o problema foi solucionado e vice-versa, assim fornecerão a equipe novas informações a respeito do trabalho o que é importante para a remodelagem. Quando as queixas forem vagas, pode ser que o líder não consiga visualizar as mudanças, mas esta imprecisão é importante porque mostra a equipe como ser isomórfica com os padrões familiares. Os sinais fora do molde familiar indica tentativa de mudança e a constatação contribuirá  na busca para maior espaçamento entre as sessões para que a família consiga  promover  as mudanças espontâneas a medida que o sistema começa a se reorganizar.

Cumprindo o seguinte esquema:

Postura não crítica – Conotação Positiva – Cooperação Suprassistêmica – Sucesso na Terapia.

É necessário e importante a Aceitação do Padrão familiar e dos moldes para que se tenha uma visualização do que está acontecendo.

A equipe, enquanto acontece o trabalho está descrevendo o sistema familiar facilitando o desenvolvimento de intervenções isomórficas e a cooperação.

Padrões são circulares e multicausais não tendo assim um único “ responsável”.

Foi desenvolvida uma técnica de mapeamento para facilitar a descrição desses padrões através de um esquema.

Por exemplo: Se o marido está pedindo a sua esposas que diga que o ama e está não o faz, este padrão se repete fazendo-se assim um esquema, mesmo que ocorra simultaneamente.

Este esquema pode ser iniciado de formas diferentes dependendo de quem está relatando.

Posterior a verificação dos moldes, significados atribuídos ou dos nomes dos contextos for acrescida ao mapa pode-se introduzir algumas indicações para remodelagem, e estes devem ser verbalizados de forma positiva para que aconteça um novo ângulo da visão. Este trabalho pode ser usado com casais e família. Na família oferece um grande leque de significados para o terapeuta e a equipe.

Pausa para Deliberação: Elaboração para a Intervenção

Acontece para que a equipe através do mapeamento possa encontrar alternativas para intervenção. Segundo o formato da CTFB ela contêm duas fases:

 A primeira que é o Cumprimento,no qual a equipe após de identificar o(s) padrão(ões) familiares, sequencialmente e com relação aos significados o que pode contribuir para que a família aceite a intervenção. Serão feitas algumas afirmações positivas para facilitar a segunda fase do processo. Durante os cumprimentos todos os esforços estarão em reconhecer  e valorizar os esforços da família para que a família tenha uma maior aceitação e encontre assim uma forma de cooperar.

Quando iniciar a segunda fase que será a Pista, na qual a equipe utilizará novamente do mapeamento, usará atividades associadas a algo que é razoável de se esperar num futuro imediato, estas “sugestões contingentes podem ser vinculadas umas às outras, formando uma rede de associações que cria um sistema de apoio  mútuo e de impulso para o início e para a execução de um padrão terapêutico de respostas. Fazendo com que a família contribua com a tarefa ou associações. Após o planejamento da sessão  o líder fará a apresentação e retornará a sala após 10 minutos.

Transmissão da Mensagem: Enquanto o Líder está transmitindo a intervenção, a equipe permanece observando a família e suas reações. Se conseguir passar uma mensagem isomórfica realmente, permitira que a família faça comentários. Caso a família não aceite os cumprimentos o líder poderá fazer comentários do mapa e ainda assim a equipe terapêutica entrar em contato com o Líder até mesmo para informar de não passar a tarefa a família dependo de como foi a reação da pista.Depois de se estabelecer contato sobre a pista , da-se a família um pouco de tempo para esclarecer as sugestões e para reagir a toda mensagem possibilitando uma rede de associações  para eliciar uma resposta terapêutica da família e finaliza-se o processo para que não aja interferência de outras informações.

Esforços de Estudo:A equipe se reúne após ter terminado o atendimento e anotará suas observações  a respeito das respostas dadas pela família no que se refere ao cumprimento e a pista.  Serão feitas anotações como: possibilidade de retorno, se a tarefa foi executada e como foi executada. E farão estudos para ver quais opções disponíveis para a probabilidade da família mudar o padrão da queixa e serão anotadas no arquivo da equipe. Tendo estabelecido prováveis caminhos, como chegar até eles serão desenvolvidos pela família que está sendo trabalhada nas sessões.

CAPITULO IV – MAIS PROCEDIMENTOS

Interconexões:

O mapeamento vai sendo elaborado a cada sessão realizada, pela equipe terapêutica, o que permite se aproximar cada vez mais do padrão familiar. As interconexões só podem ser relacionadas a cada sessão. Como a matriz S adotada pelos físicos, que tem ênfase nos eventos, pois uma partícula subatômica só pode ser entendida como uma manifestação da interação entre os vários processos de mensuração. Uma ocorrência ou evento que interliga-se com outros de maneira particular e que são associadas com as probabilidades para uma reação.

Dentro deste contexto observa-se que a terapia tem seu foco na multicausalidade e as interações entre os subsistemas de um ecossistema. Busca eventos que indiquem a existência de interconexões entre as séries de eventos da primeira sessão e as séries dos eventos na segunda. O terapeuta tece as suas sessões, visualizando as mudanças ocasionadas após as intervenções.

CAPÍTULO V – FITA DE MÖBIUS

A Confusão Sistêmica consiste no quadro em que o casal ou a família não conseguem descrever um objetivo específico para a sua terapia. Para tanto utiliza-se a ‘técnica da confusão” de Erikson, a qual tem como princípio aceitar o que o cliente traz,ou seja, confusão neste caso, e de utilizar comportamento para criar um procedimento ou técnica de indução de transe.

Considerando a  fita de Möbius uma maneira de visualizar o processo, já que é um padrão  que se dobra sobre si mesmo. Este tipo de intervenção “isomórfica” é utilizada quando há uma confusão sistêmica. Sendo assim neste capítulo será mostrado os conceitos de cooperação e de isomorfismo quando são aplicados a padrões familiares vagos. Observando que os casais após uma intervenção isomórfica tem mudanças descontínuas. O processo de mudança descontínua pode ser visto como uma interação complexa de diversos fatores. Mesmo não havendo uma ordem os seguintes fatores destacam-se:

Protótipo:

Foi desenvolvido um novo modelo através de um atendimento de casal, no qual a equipe não conseguia visualizar o padrão daquele sistema.  Após rever muitas vezes os vídeos das sessões e ficarem  e não conseguirem encontrar alternativas para descobrir o objetivo específico e concreto da terapia, chegaram a conclusão de que foram vítimas do seu próprio modelo de trabalho e só então tomou-se consciência  do padrão do cliente e deu-se inicio ao uso da técnica da confusão,após a sessão terminada com o casal.  Após ter esta percepção do padrão, o líder começa a ter atitudes ambíguas e confusas, até o momento em que o próprio casal não consegue mais conviver daquela maneira e encontra alternativas para remodelar suas queixas. O isomorfismo é importante para verificar todo o mapeamento do sistema, em conjunto com a visão binocular que contribui para que o sistema veja o seu “problema” de um outro ângulo.

CAPÍTULO VI – OBJETIVOS: EQUILÍBRIO DE MAPAS TEÓRICOS.

A teoria do equilíbrio tem validade, como sendo um norte para a construção de a terapia ser dirigida para objetivos, enquanto mapeamento das relações. Heider descreve os relacionamentos entre três elementos (A,B e C) como um conjunto de relacionamentos interdependentes de um elemento em relação a todos os outros, dentro de um estado propenso ao equilíbrio ele pode ocorrer de duas maneiras onde todas as relações são positivas ou quando duas das três relações são negativas e uma positiva e o próprio sistema iniciará um deslocamento para ficar equilibrado. Este mapeamento é utilizado complementarmente a uma explicação em termos objetivos de Erickson dentro da terapia familiar breve.

Orientação para um Objetivo – Erickson: Dentro desta abordagem, os problemas são considerados como bloqueios que se desenvolvem ou impedem a passagem de um estágio da vida para o seguinte. O que acaba sendo crucial a forma de trabalho pois tem um objetivo específico, sendo considerado como uma passagem para um estágio seguinte do ciclo. Este objetivo pode ser explicitado e compartilhado ou não ao paciente. A eliminação do sintoma, quando fizer parte do objetivo é considerada secundária dentro dos resultados obtidos. Determinada mais pelo contexto em que a pessoa se encontra do que pela natureza dos sintomas ou da fase do ciclo em que se encontra. Ou seja, os mesmos padrões de intervenção terapêutica reapareceram em casos de várias fases do ciclo familiar e com vários sintomas. Este meta-padrão é encontrado nos trabalhos de Erickson. Através de seis casos diferentes observou-se esta forma de trabalho. Tendo em mente sempre o Objetivo Primário,o qual é dado pelo cliente, que seria a base para buscar um esquema de desenvolvimento das sessões, o qual é normalmente utilizado com teor interativo. O qual contribui para o desaparecimento do sintoma contribuindo para que a pessoa passe para outro ciclo familiar. A intenção é tentar acessar o sistema de crenças e limitações do indivíduo para que a pessoa seja receptiva a uma nova possibilidade, fazendo assim uma remodelagem, a qual altera todo o significado da situação e uma modificação de comportamento virá em seguida.

Confecção de um mapa: o mapa foi criado após a conclusão de um caso clínico.

Para elaborar o mapa dos procedimentos de Erickson inicia-se com três elementos vistos do ponto de vista do observador:  - o paciente (p), - o objetivo primário (O), e o sintoma involuntário ou queixa (x) e os relacionamentos entre estes três elementos.

Que seria o desenho que redefine a queixa (x) como alguma coisa útil. Deste modo os mapas podem contribuir para visualizar os eventos seguintes. É valido observar que Erickson não desqualifica o cliente  e aceita a queixa como parte da “antiga realidade” da pessoa, que pode ser transformada de modo que ela se torne útil ou necessária ao resultado terapêutico.

Procedimento terapêutico: consiste em numerar as etapas que irão acontecer durante o processo terapêutico, para que se verifique que alterações determinadas tarefas realizaram. Vale aqui enfatizar que deve sempre avaliar como estão as relações entre os itens para que se crie uma nova tarefa.

Ampliação do Mapa: Ocorreu após  a entrada da equipe terapêutica dentro do sistema terapêutico, mapeando assim todo o ecossistema. Dentro deste mapa a equipe e o líder são um só dentro do objetivo comum. Ao se construir um mapa ampliado deve-se incluir: a família(p),o padrão da queixa, o objetivo primário (O), a equipe (T) e o relacionamento entre todos os elementos podendo ser (+) ou (-).

Através do mapa se faz o estudo de como mudar o padrão para nova remodelagem.Para isto se utiliza certas diretrizes unindo a terapia familiar breve e a descrição do procedimento de Erickson.

CAPÍTULO 7 – FAMÍLIA JAY

Estudo de caso relatado pela CTFB, dentro do contexto Psicoterapêutico. As citações relatadas foram autorizadas pela família envolvida, e sua identificação foi alterada para que mantenha a veracidade dos relatos extraídos das sessões gravadas em vídeo teipes.No processo da Familia Jay existem dois líderes no atendimento James F. Derks e Byron McBride,  foi adotada esta forma de trabalho porque a Sra. Jay já havia sido cliente particular de McBride em seu consultório particular e este se antecipou que seria um atendimento difícil e por isso solicitou ajuda.

Estudo de caso: Sra. Jay após 4 anos de terapia entra em contato com McBride e solicita os seus serviços. Antes da primeira sessão a equipe da CTB do atendimento não sabia quem viria a sessão. Sabiam das queixas sintomáticas e da dificuldade da filha de 21 anos em sair de casa. Anterior ao atendimento fizeram um mapa com possíveis hipóteses, como a filha  proteger os pais da solidão, ou até mesmo o casal protegendo a filha de enfrentar o mundo.

1ª Sessão:

Apresentação à família sobre a sistemática do trabalho. A qual é composta pelo Sr Jay trabalha em uma fábrica como supervisor há muitos anos,gosta do seu trabalho e aparenta bom senso de humor, que utilizava com grande vantagem na qualidade de membro de um grupo de teatro. Sra Jay aparentava desgastada e atribulada. Trabalha tempo parcial como voluntária em lares de adolescentes com distúrbio. O casal possui três filhos: Joan (25 anos) está nos últimos anos de faculdade, otimista com o seu futuro. discretamente obesa e bastante alegre na sua forma de se comportar. Trabalha meio período com crianças pequenas;mora no mesmo quarteirão que seus pais. Jane (21 anos) trabalha meio período como assistente de Gerência, numa rede de lojas. Permaneceu em silêncio no início da sessão. Mike Jr (22 anos) doente psiquiátrico, que está internado. Informações que a equipe obteve é de que era casado e morava em um apartamento do lado de lá da rua em frente a casa dos pais.

Obtenção de dados com iniciou com a pergunta: “Bem, o que traz vocês aqui?” encarando McBride. Sra Jay respondeu – “Principalmente eu.”  Explicou a situação, que  começou a passar mal quando o cachorro foi atropelado e veio a morrer, quando estava sob a sua responsabilidade. Dentro dos dados relatados Sra Jay  estava muito deprimida e começou a ter vários sintomas psicossomáticos após o morte do cachorro, com aperto no peito e falta de ar. O marido queria que ela saísse logo disso pois “ os mecanismos de defesa de Martha não eram muito fortes.” Logo após o atropelamento, o seu filho teve um surto e andou 10 quilômetros descalço na neve, distância entre sua casa e dos seus pais. Parecia que os filhos tinham dificuldades para saírem de casa e que só saiam porque algo muito brusco acontecia como no caso de Joan.  Outra situação foi quando Jane começou a mobilizar-se para sair de casa Jr. começou a “agir como louco”, enquanto a mãe tornava-se cada vez mais deprimida pela morte do cachorro. O pai apoiava a mãe friamente nos acontecimentos. Como a família absolvia a mãe da culpa da morte do cachorro, eles ao mesmo tempo acabavam por negar a realidade da mãe. Este tipo de desqualificação é encontrada como marca registrada de famílias com alto nível de distúrbio. Como a defesa contra a culpa por uma transferência semelhante a do cachorro.

Sr Jay tem como valor que quando os filhos atingem certa idade devem sair de casa e viver suas próprias vidas, para desenvolver a independência; e que já era de Jane sair. Isto seria mais difícil para a mãe do que para o pai. Jane colocou que vai se mudar dali alguns dias, mas Joan interfere;  informando que os pais acabaram de construir uma cama fixa no quarto de Jane. Houve negativas de outras intenções referente a cama entre elas de que seria melhor para a venda da casa. A equipe ficou impressionada como era tratado o tema responsabilidade e como os filhos podiam se mudar sem fazer nada para que isto acontecesse. Fazendo assim a equipe pensar na possibilidade do pai proteger a mãe de ficar sem os filhos em casa e a filha da mudança, bem como possíveis frustrações, ou que a filha estava protegendo os pais; e a mãe tendo certas atitudes queria proteger o pai e a filha de viver as suas próprias custas e fracassar. Jane ameaçara com ideias de suicídio várias vezes após rompimentos com vários namorados. E a mãe quando se preocupa com isso tem sintomas somáticos. Todos concordaram que o objetivo principal da terapia era ajudar a mãe a sentir-se menos deprimida. Para definir quais as indicações de melhoras citaram: (1) maior interesse pelas coisas, (2) maior cuidado com a casa, (3) Jane comentou que teria certeza quando os pais viajassem juntos ou fizessem um passeio de canoa, (4) Joan quando fizesse uma visita e a conversa fosse agradável ao invés de ficarem discutindo sobre problemas,ou quando (5) baixasse a pressão da Sra Jay, (6) Sr Jay concordou e acrescentou quando os dois tivessem energia para perder um pouco de peso, (7) Sra Jay quando começasse a trabalhar mais horas ou voltasse de vez para a escola.

Antes da pausa Sra Jay declarou que se sentia “sentada num balão esperando que se rompesse” ou “ como se estivesse esperando pela próxima bomba.”

Na pausa para deliberação, a equipe ficou surpresa pelo foco ser inteiramente a Sra Jay. Os sinais e os objetivos sugeriram que a maneira de cooperarem entre si é contribuir para que a mãe melhorasse, ou seja, o apoio mútuo. A intervenção deveria algo neste sentido como ajudar a mãe a enfrentar os problemas e utilizar como apoio os 7 indicativos que a família trouxe. Perceberam que tem como forte valor “permanecerem juntos” e a ausência de responsabilidade de qualquer pessoa perante a um acontecimento. A equipe decidiu que o cumprimento seria em torno de manter a família unida e no que diz respeito da metáfora da Sra Jay esvaziar o balão em que encontra-se sentada, considerando que o balão vazio seria um sinal desejável, sendo possível remodelar esta resolução dentro de parâmetros benéficos.

Quando retornaram os lideres, elogiaram os esforços da família em manterem-se unidos. E solicitaram a família que observassem o balão e se há sinais de que ele está para explodir, ou de que está aparecendo um pequeno buraquinho. Sr Jay questiona se não seria melhor um furinho para esvaziar devagar. Derks responde que lento por ser doloroso e que rápido poderá ser chocante, mas que Steve parece mais preocupado com um furo pequeno. Atrás do espelho a equipe observa sinais de aceitação das duas mensagens. Trabalhando duas questões tanto a cooperação como relativamente isomórfica.

Nos esforços para de estudo, a equipe se reúne para discutir os efeitos imediatos. Foi feita a previsão de que a família retornaria a próxima sessão e que relataria sinais de que o balão estava perdendo ar, e que poderia acontecer uma explosão súbita. Comentário: Apesar do pai desejar a saída da filha, percebia-se que a família se unia mais contra isto, e quando foi comentado observou-se status quo. A intenção da tarefa referente ao balão era que a família Jay se desincumbissem dessa tarefa de maneira direta e objetiva.

2ª Sessão

Quando os Jay chegaram, Martha estava aparentemente mais deprimida, Jane parecia ter bebido e sentou-se calma num canto, durante a primeira parte da sessão. É como se Jane e Martha tivessem que continuar se sacrificando para a família permanecer unida. A mãe coloca que parece que as outras pessoas da família não querem terapia familiar, e que deveria voltar para individual. Joan estava com vontade de vir mas precisou trabalhar, mas que de qualquer maneira não era ela o problema. Derks pontuou que é um bom sinal, pois Joan está decidindo sua própria vida. Sr. Jay questionou se este tipo de terapia trará resultados e que só entrou nessa por causa da esposa. Com relação a tarefa Jane comentou que observou o balão na noite anterior a sessão e que a mãe parecia muito deprimida. E Martha e Mike perceberam o aumento da pressão e estavam aguardando que ela estourasse. A pressão aumentou quando viram que seu filho não pagou algumas contas e que eles se sentiam responsáveis pela dívida. A resposta a tarefa metafórica foi direta e objetiva: eles observaram os sinais. A equipe preocupou-se com Mike com medo de que ele saísse da terapia, como medida de proteção a família, tendo assim a equipe que desenvolver uma intervenção tão circular quanto possível e deverá ser isomórfica ( absolvição da culpa), bem como comentar sobre a independência.

Durante a pausa a equipe ficou feliz pelo marido ter acolhido a esposa após terem falado sobre uma nova casa só para os dois, mas ao mesmo tempo preocupados com o “lábio superior tenso” de Mike. Fazendo o mapeamento do casal  percebeu-se que a depressão de Martha protege Mike e que ele fica com o “lábio superior tenso”  protege a esposa de todo os sentimentos que ele nutre por ela.  Incluindo um “apêndice” pois o casal trouxe novos dados nos dois encontros e pensando na expressão usada por Martha de “ ninho lotado” e por eles quererem se mudar.

Durante a Transmissão da Mensagem McBride pontua ao casal sobre a dedicação deles para serem bons pais e esforços para ajudar os filhos serem independentes e autoconfiantes. E de terem consciência de que manobrar o balão que pressiona Martha e os esforços para manterá família unida são um grande sacrifício. Bem como a depressão como medida de proteção e dos lábios de Mike também.  O líder sugeriu que Mike, viesse a próxima sessão para escutar Martha e este ficou feliz por passar fora de casa e a equipe sugeriu que ele a levasse para jantar. Além de afirmarem que Steve acha bom que o casal mude o ninho de lugar. Percebeu-se melhora de Martha após pontuação de que Mike a estaria protegendo-a e saíram mais felizes e descontraídos.

Dentro dos esforços dos estudos, a equipe se sentiu confiante com relação aos moldes da família e a resposta da tarefa objetiva e direta. A previsão era de que eles evidenciaram algumas mudanças específicas e que a intervenção foi relativamente isomórfica num ângulo diferente.

3ª Sessão

O casal falou sobre a filha que ligou de madrugada para que o pai fosse buscá-la. O casal foi  ao encontro da filha a qual não estava lá quando chegaram mas tiveram um ótimo passeio e conversa agradável. Após o episódio com Jane concluíram que realmente ela tem que sair de casa.  O casal estava demonstrando mudança no seu comportamento no que refletia nas 7 evidências de melhora de Martha. E os Jay decidiram que deveriam comunicar a filha e lhe dar um prazo para a mudança; mesmo com as ameaças de suicídio eles manteriam sua posição juntos.

Quando houve a pausa para deliberação a equipe levantou possíveis reações de Jane a mudança do embriagar-se ao suicídio, mas que os pais estavam cientes. Haviam duas dificuldades imediatas: 1 – a ameaça de suicídio 2 – que poderiam voltar atrás após comunicado a Jane e isto seria um reflexo de o modelo antigo de funcionar ainda estava lá ou que poderia se repetir e todas estas considerações foram encadeadas na intervenção.

Comentário seria muito fácil a equipe mudar de objetivo colocando como foco a mudança de Jane, porém a saída de Jane de casa não era uma das referências de que Martha estaria melhorando. Mas que a mudança da filha poderia fazer parte da transição da mudança efetiva da Sra Jay. A equipe auxiliaria a família com relação a mudança da filha de acordo com os objetivos do trabalho.

No momento da Transmissão da Mensagem o líder relatou que a equipe estava impressionada com a habilidade de Mike de manter sua raiva sob controle da sua filha e que deveria manter isto. E que Martha estava fazendo um bom trabalho ao apoiar o marido a conter a sua raiva.

O líder solicitou que o casal ensaiasse a situação e reações tanto deles quanto da filha para falarem no momento certo. E ao final  deram outro apêndice aos dois, de que pensar no pior  poderá causar ansiedade excessiva a eles.

Durante a mensagem do treino o casal assentiu várias vezes. Previram que o casal dariam a mensagem a Jane inclusive com o prazo e que a filha poderia tornar tudo um inferno.  E que o casal mantendo esta nova forma de ver conseguiriam comportar-se de forma diferente.

4ª Sessão

O líder percebeu mudança  na aparência de Martha e que realizaram a missão de passar a mensagem a Jane porém não informaram o prazo,mas  já  haviam  encontrado um apartamento para ela. Tiveram de se deparar com a realidade de que Jane fora demitida, e a equipe, fez várias perguntas neste sentido. O casal manteve a postura de que ela precisa crescer e agora teriam que informar um prazo, com duas semanas a mais da prevista para a saída. O que é um bom sinal de que estão vendo as coisas de outra maneira. Martha não teve nenhum mal estar. Neste meio tempo Junior estava saindo do hospital e pediu aos pais para morar com eles durante um período, o que foi negado pelo casal. É previsível de que um dos filhos tente reagir as mudanças dos pais.

Dentro da pausa para deliberação, o foco principal foi Martha ter uma recaída,um dos filhos tentar voltar para a casa ou até mesmo Junior voltar a agir como louco.  A elaboração do cumprimento foi em torno das mudanças efetuadas e a pista em torno das preocupações.

Quando foi transmitida a mensagem ao casal, a equipe estava surpresa com as mudanças. Pontuado que os filhos cresceram e que já sabiam ter responsabilidades, só não tinham conhecimento disto e que os pais já haviam percebido que eles haviam mudado. E finalizaram com o ditado “ Se você deixar que o camelo meta o nariz dentro da tenda, muito em breve o camelo entrara na tenda.”

Esforços de estudo, os Jay conseguiriam ser enfáticos no prazo para a filha e não deixaria Junior retornar a casa. E ainda predisseram que o casal estaria  com os sintomas mais leves.

5ª Sessão

O casal mostrou-se mais alegre e falaram sobre as tarefas  da sessão anterior, o prazo dado a Jane foi aumentado porque ela ainda não havia conseguido um emprego, nem seguro desemprego mas o seu namorado havia conseguido um emprego depois de meses o que melhorava a situação de Jane. O Junior estava morando na casa dele. Agora Mike estava um tanto quanto deprimido, chegaram a conclusão que era porque queria ajudar um colega que estava em reabilitação que era muito mais novo do que ele. Observação da equipe de que Martha no terceiro encontro estava mais animada, sem falar dos problemas e sem sintomas somáticos , além de conseguirem ser mais diretos entre si e viverem a vida do casal sem deixar que os problemas dos filhos interfira na vida deles.

A equipe durante a pausa para deliberação considerou válida a dificuldade de Mike, devido ao que estava vivenciando. E outra ênfase necessária era de que o casal estava solucionando os seus problemas ao invés dos filhos.

Na transmissão da mensagem, a equipe mostrou animada com as mudanças realizadas. E Steve pensou que Mike deveria ajudar o seu colega de trabalho a ficar em cima das suas próprias pernas, através da sua vivência. E que apartir de agora Mike tem dois conselheiros na família.

Ao longo da mensagem o Martha e Mike assentiram com a cabeça. Os esforços da equipe  estavam concentrados em manter a família nesta nova remodelagem. Visível quando Martha não assumiu o peso da responsabilidade quando Mike estava deprimido. E Mike descontraiu a boca para lhe falar o que sentia. A equipe previu que os sintomas de Martha e de Mike desapareceriam e previram atividades em conjunto para o casal.

6ª Sessão

Os Jay comentaram sobre o seu desentendimento e a nova maneira que discutiram.

Martha se enraiveceu bateu na mesa e saiu para dar uma volta no quarteirão, enquanto Mike estava preocupado com a pressão da esposa e eles acharam que esta nova forma de se relacionar eram bons sinais. Além de descobrirem que “consertar” as coisas depois da briga era a melhor parte. Jane tinha encontrado um emprego e sua data limite estava próxima, estava cada vez bebendo menos e enfatizaram a filha que depois que saísse de casa não retornaria.

E boa parte da sessão foi dedicada aos planos para se ajustarem a ‘serem um casal recém casado.’

A discussão foi outra pontuação de que tinham rompido com o molde antigo e enxergando as coisas de uma outra forma, estavam em cima das próprias pernas. Como todas as modificações eram aparentes decidiram encerrar a terapia, exceto por uma sessão de seguimento no mês seguinte.

Durante a transmissão da mensagem a equipe pontuou a forma como Martha lidou com a sua raiva e como Mike lidou com a situação, não guardou nenhum ressentimento e quis resolver toda a situação com a esposa. Comunicaram ao casal que tudo estava ocorrendo bem então que não eram necessárias novas sessões, mas que deveriam alertá-los sobre um possível período crítico após a saída de Jane e cuidar para que o outro camelo não enfiasse o nariz.

Na opinião da equipe o casal estava indo muito bem  e que estavam agindo como uma unidade não cedendo aos comportamentos dos filhos. Mesmo a equipe tendo aguardado a mudança total de Jane para  finalizar o processo, este não estava dentro dos objetivos da terapia.

Seguimento

Jane havia se mudado e Mike Junior também ficando um pouco mais distante dos pais. O Sr e Sra Jay estavam fazendo regime e Martha havia se candidatado para uma vaga com período integral. Seis meses depois ligaram para o casal e se certificaram de que o molde novo estava fixado.

CAPÍTULO 8 – FAMÍLIA JONES

Neste estudo de caso existe grande diferença do que o caso já citado ,pois é uma família que não tem objetivo específico e que o líder tentou agir de uma forma tão vaga quanto a família. Para promover mudanças inclusive o De Shazer, entregou a cópia da intervenção para a família, para que tivessem um novo olhar sobre a situação que viviam.

Estudo de caso: Sra. Jones entrou em contato para marcar uma sessão de família por conta do seu filho Robert de 15 anos, que não cooperava na escola e em casa. Haviam feito terapia anteriormente, mas não gostou da forma com que foi desenvolvido o trabalho porque permitia segredos, fazendo consultas em pares, só havendo o encontro de toda a família no primeiro atendimento.

Planejamento Prévio a Sessão:  A equipe se reunião para fazer o mapa, para prévia noção do padrão de comportamento desta família. Foi pensado em dois mapas o primeiro não muito prático, pois constava anotações negativas a respeito da família. O segundo, colocava que a mãe e o pai não tinha um relacionamento próximo, tão pouco o pai com o filho. Mas que a mãe tentava proteger o pai e o filho. Sabia-se também que Robert estava numa classe especial e quais os “segredos” que esta família e se já enfrentavam este problema antes.

Prelúdio a Primeira Sessão: O líder Informou a família, que trabalhava com uma equipe que fica atrás do espelho e que após 40 minutos de sessão sairia e conversaria com eles e que compartilharia com a família o que havia sido dito.

O Sr.Jones (52 anos) trabalhava há muito tempo na mesma empresa e gostava do seu trabalho, a Sra. Jones (54 anos) trabalhava meio período na rede de ensino. Robert, filho único, está na nona série de uma escola secundária de 4 anos da qual não gostava. Não seguiam nenhuma religião e pareciam não se relacionar com os vizinhos.

Obtenção de dados:  A mãe relata os motivos pelo que vieram a terapia, muito vagamente porém com riqueza de detalhes.. Sempre indo atrás de psicoterapeutas e assistentes sociais que pudessem ajudar o filho. Quando esquece de alguma palavra seu marido ou filho tratam de completar sem problema algum. Durante muito tempo ela permaneceu falando e não permitia interrupções da parte do líder até o momento em que conseguiu sua atenção erguendo a mão. Após aproximadamente 20 minutos, que a mãe continuava com o seu monólogo, o líder conseguiu focar em queixas atuais e surgiram temas como: o filho não ajuda em casa e não organiza suas coisas, não sabe o real valor do dinheiro para as coisas que quer e quando as tem  usa por pouco tempo, além de resmungar e ficar praguejando baixinho. Sobre o rendimento escolar Bobby tinha conceitos baixos como D, reprova muitas vezes, apenas uma vez a dois anos atrás que conseguiu tirar um A e chegaram a conclusão de que ele não utilizava todo o seu potencial.

Objetivos:

Bobby respeitar os seus pais. Para a Sra Jones era importante que ele melhorasse o seu comportamento e rendimentos escolar, bem como ajudasse em casa e controlasse seu temperamento. Bobby gostaria que sua mão não ficasse na sua sombra. Não conseguiram estabelecer quais dos objetivos seriam prioritário e iam se ampliando. A equipe percebeu que a Sra. Jones está realmente preocupada em ajudar o filho e que parece ser figura importante para Bobby. O marido apesar de silencioso, apresenta-se envolvido com a família e disposto a ajudar.

Pausa para Deliberação:

A equipe  especulou que a “ oposição de Bobby a cooperar “, faz com que os seus pais se relacionem entre si e que desta forma facilita a união entre eles. A Sra Jones demonstrou que sua forma de cooperar era relatar incidentes com riqueza de detalhes. E que a forma da família ajudar é colaborar com a Sra Jones com os detalhes e situações. Quanto aos objetivos estes ainda não estavam claros.

 A equipe decidiu que os cumprimentariam pela forma que se comportaram durante a primeira parte da sessão, tentando assim remodelar a forma de cooperação. Como a família estava fora de foco a equipe decidiu passar para a família uma mensagem tão vaga e geral quanto a recebida. Queriam que a família tivesse êxito na tarefa e que voltassem para a próxima sessão com mais foco. E pensaram em uma técnica de entremear , como conseguiram decifrar Sra Jones e transmitir ao Sr Jones a mesma técnica.

Transmissão da Mensagem: O líder repassa as informações da equipe. Elogia os integrantes da família Jones de como agiram até aqui. E passa a tarefa para os três pensarem no que eles querem que seja modificado no como interagem. Os três concordaram com a realização da tarefa e a Sra Jones continuou a remoer baixinho as instruções enquanto deixava a sala.

Esforço de Estudo: a equipe predisse que a família viria para sessão seguinte. A pista foi uma maneira de saber para onde serão levados, de forma ampla e vaga como o padrão familiar dos Jones. Qualquer atitude seria positiva, visando que o real objetivo era descobrir o modo como os Jones cooperam.  A parte do cumprimento da intervenção foi em termos gerais isomórficas. Pontuando as qualidades de cada um para manter a família unida até aqui. Dentro dela pontuou-se uma sugestão embutida de que o Sr Jones, ficava quieto para não explodir, muitas vezes sendo necessária a explosão. Mapeando o Sr Jones como um bom ouvinte e a Sra Jones  como alguém que usa a técnica de entremear a mensagem foi elaborada como tentativa de ser isomórfica.  E previram que o Sr Jones poderia ser mais ativo com relação as suas próprias queixas.

2ª Sessão

O Sr e a Sra Jones relataram  a dificuldade de lidar com Robert. Robert comentou que após a sessão o seu pai  tinha “se tornado um Al Capone” e que ao invés de pedir as coisas estava mandando.  Sr e Sra Jones disseram que era muito difícil para eles terem que ficar repetindo várias vezes para que Robert viesse jantar. Sarah disse que ser tão insistente com Robert estava afetando o seu rendimento no trabalho. O líder tentou afunilar qualquer umas das queixas  afim de desenvolver um objetivo específico mas não teve sucesso.

Pausa para Deliberação: A equipe ficou satisfeita e surpresa com a mudança de comportamento da Sra e Sr Jones e no relativo equilíbrio entre o tempo que cada um falou. Também ficaram se indagando se o fato do Sr Jones ter mudado teria alguma relação com a pista anterior. Os três haviam realizado a tarefa o que era positivo, mas focaram em coisas que eles queriam que mudasse. A equipe decidiu que uma tarefa relacionada a hora do jantar, poderia trazer mais pistas com relação a maneira de cooperar da família.

Transmissão de Mensagem: Elogiou a família por terem pensado na tarefa e conseguir colocar em palavras, mostrando para a equipe um pouco mais de clareza no que acontece. O líder  solicitou a família a titulo de experiência que  cada um deles, fizessem alguma coisa diferente, uma vez por semana, tanto antes, quanto durante a hora do jantar. Sr Jones repetiu a tarefa em voz alta.

Esforço de Estudo: A equipe previu que a família agiria de outra forma com relação a situação, sem ser ignora-la e que o relato da família seria vago e que os dados estariam entremeados em outros contextos.

3ª Sessão

Mesmo Sr Jones e Robert, dizendo que não conseguiram pensar em nada q para a tarefa proposta. Sr Jones não chamou o filho nenhum dia para o jantar e a Sra Jones chamou apenas uma vez e  Bobby mesmo a contra gosto ia jantar. Sr Jones pontuou o seu mal estar ao chegar em casa sempre com os mesmos problemas. E Robert foi detido pelo inspetor e conseguiu controlar o seu temperamento com os profissionais da escola.  O líder só conseguiu uma resposta específica após muitas perguntas, as respostas sempre entremeadas.

Pausa para Deliberação: A resposta veio da forma que a equipe imaginou que a família iria cooperar. Pois o desejo de mudança é tão grande que se não mudar tudo não basta. Outro ponto significativo foi o fato de fazerem a tarefa todos os dias sendo que foi solicitado que fosse feita apenas uma vez. Mas ao mesmo tempo se questionou se este modo exagerado não faz parte da forma de agir da família.  A equipe criou a intervenção ou mensagem escrita, que consistiria em dizer para a família mudar sem mudar de uma forma entremeada, que é a forma da família cooperar. As sugestões entremeadas no contexto serão grifadas  e as pausas serão indicadas  (por tipo gráfico diferente). As cópias distribuídas à família Jones não incluíam estas “instruções de palco.” E ficou decidido que elaborariam uma intervenção no que se refere a dificuldade dos pais de lidar com Robert e o seu incidente com o inspetor, pois cada uma destas informações foram relatas de um ângulo diferente.

Transmissão de Mensagem: O líder pontua todas as boas notícias trazidas pela família. Através da instrução dada para tarefa de casa com algumas frases de efeito perdidas no meio do texto entremeado para cada um da família.

Sra. Jones, para de azucrinar....pare de amolar... pare de insistir.

Sr. Jones torne-se Al Capone...agindo...Sr. Jones torne-se frequentemente Al Capone.

Bob tenha uma melhor conduta (pausa) pare de xingar as pessoas (pausa) e Bob pare de resmungar para si mesmo... Bob, levante-se ao ser chamado ...(pausa) venha jantar quando chamado.. levantando rapidamente de manhã cedo e (pausa)vindo rapidamente até a mesa. No final o líder pontuou que devem ser muito cuidadosos com relação a mudança e que levassem cópias do texto  e que fosse lido duas a três vezes daqui até a próxima sessão.

Esforço de Estudo: Observou-se durante o momento em que era transmitida a mensagem o casal e o Robert assentiam com a cabeça. Quando passaram a mensagem para o Sr. Jones ser “Al Capone” Robert mostrava visivelmente contorcido.  Dentro da mensagem haviam três sugestões para cada um da família, de acordo com as queixas mencionadas nas três sessões. A equipe predisse que os Jones relatariam alguma mudança, que o Sr. Jones agiria de forma mais enérgica a respeito de alguma coisa. Como o objetivo da família era “mudar tudo” em ultima instância a equipe teria que decidir quando encerrar os atendimentos, mas para isto teriam de ver progressos na próxima sessão.

4ª Sessão

A família relatou que Robert durante as duas semanas só teve que ser chamado uma vez pela manhã e,durante três dias, estava em pé antes de ser chamado. Robert testou seus limites, pedindo para sair e voltar tarde ou escutando som alto e não obedecendo ao seu pai que acabou lhe dando uma surra. A maior parte da sessão foi destinada ao desejo de Bob querer uma espingarda de chumbo. Seu pai estava determinado e firme a não comprar a espingarda, tanto o pai quanto a mãe tinha medo que ele usasse indevidamente. A Sra. Jones relatou que mesmo que o pai fosse contra Bob acabava o convencendo, caso não conseguisse a mãe intervia a seu favor.

Pausa para Deliberação: O relato sobre a espingarda foi a primeira vez que foi relatado um padrão específico  que envolvia os três membros da família. A equipe concluiu que este padrão se repetia em outras situações e que é um padrão central. Decidindo assim tentara modificar o resultado deste padrão. De acordo com a maneira que a família interage decidiram colocar três alternativas, mas a sugerida seria colocada no meio.

Transmissão de Mensagem: O líder elogiou cada membro da família por seus esforços e positivamente. E passou uma lição para a família. No espaço de tempo entre esta sessão e a próxima Bob terá 1 hora e 30 minutos para tentar convencer o seu pai a comprar a espingarda e sua mãe teria que sair de casa para não se envolver. Ao final o líder contou que fizeram uma aposta, que ele e a equipe estariam divididos a respeito da finalização desta conversa. Alguns apostaram que o Sr Jones iria ceder. Outros que ele não irá ceder. E a terceira aposta é que a Sra Jones irá ajudar Bob a conseguir o que quer.  Só saberemos quem ganhou na próxima sessão.

Esforço de Estudo: A equipe previu que a parte Al Capone do pai estava forte e que ele não iria ceder. As duas outras alternativas só foram respostas já conhecidas pela família, mas dando as três opções a equipe estaria cooperando com a família.

Comentário: A família tornou-se mais específica nesta sessão. A equipe tem que admitir que a última intervenção tem haver com esta mudança, assim como as mudanças  nas demais queixas citadas. Sendo assim lhe deram uma tarefa concreta, evoluindo junto com a família. A circularidade do esquema de decisão tem a intenção de orientar a equipe nesta troca. Esta forma de tarefa também pode ser uma averiguação se esta foi isomórfica o suficiente, sugerindo assim que a família aja da mesma forma sob um novo ângulo, podendo gerar um novo padrão.

5ª Sessão

(A Sra Jones ligou e disse que não estava se sentindo bem, sendo assim não achava interessante que o Sr Jones Bob fossem a sessão sozinhos). O Sr Jones não cedeu a compra da arma e Robert não estava mais tão certo que queria a arma, sendo assim não gastou seu tempo tentando convencer o pai. Algumas mudanças já haviam sido feitas como chamar Robert pela manhã e a noite para jantar. O líder então ficou preocupado em saber com o que os pais se preocupariam e o Sr Jones logo respondeu: a escola e relataram os problemas relacionados.

Pausa para Deliberação:  Dada a preocupação da Sra Jones com segredos a equipe mudou de tática. Frente a mensagem escrita anterior aparentemente ter sido tão eficaz e frente também ao fato de a Sra Jones preocupar-se com segredos, a equipe preparou outra mensagem.

Transmissão de Mensagem: Dentro da mensagem havia mensagens entremeadas no texto, relacionada com as preocupações da família com o filho. De Shazer disse que pensar em todas as coisas conversadas até então dentro desta mensagem as palavras chaves eram: Mãe, Pai - ... se tornar Bonnie e Clyde... Bobby, controle seus nervos...Bobby pare de xingar e de resmungar baixinho.  E foram distribuídas cópias a família.

Esforço de Estudo: A equipe previu que haveria mais trabalho de equipe e menos xingos/resmungos, bem como continuariam estáveis as mudanças anteriores. Também previram que Bob renovaria seus esforços para convencer seu pai a comprar a arma.

6ª Sessão

Bob recebeu B em quatro matérias e também em comportamento em todas as matérias exceto uma que tirou A. De Shazer, conta que acredita , mas acha que se tornará  uma nova preocupação para a família e  isto pode abalar o equilíbrio familiar. A família relatou modificações estáveis. Quanto a arma, Sr Jones relatou que Bob encontrou uma outra forma, pediu para o seu tio. Os pais ficaram brabos mas criaram regras claras e rígidas quanto ao uso, caso violasse alguma delas, perderia a arma.

Pausa para Deliberação: Considerada pela equipe outra resposta vaga. Bob pareceu convicto de que seu pai não mudaria de ideia então conseguiu de outra maneira a arma. O casal estabeleceu regras firmes e claras e estava um apoiando o outro. O boletim de notas pareceu uma indicação significativa de que tinha ocorrido uma mudança de peso no sistema familiar. Até mesmo o comportamento de Bob na escola e em casa parecia indicar mudanças em suas percepções e os respectivos precisavam responder as mudanças.

Transmissão de Mensagem: Elogio as atitudes positivas relacionadas a tarefa da sessão anterior. A equipe acha que o casal deve conversar a respeito da arma,  caso Bob tome alguma atitude que quebre as regras e que vocês devem conversar longe de Bob, mesmo tendo que sair de casa para dar uma volta e falar a respeito.

Esforço de Estudo: Predisseram que haveria mais trabalho em equipe e que Bob usaria a arma inadequadamente, num intervalo de um mês e que o casal manteriam-se firmes a respeito da questão da arma, além das mudanças que já aconteceram permaneceriam.

7ª Sessão

De Shazer questionou sobre os bons conceitos de comportamento de Bob. Sra Jones disse que poderia melhorar sua relação com os estudos, conseguir um curso melhor então isso poderia afetar o equilíbrio na escola mas havia pensado sobre isso. Bob não usou a arma indevidamente e praguejou menos, as mudanças efetuadas até a sessão anterior permaneceram.

Pausa para Deliberação: A hipótese da equipe de que seria a última sessão foi confirmada. A equipe decidiu terminar a sessão com algumas pistas, já que a família não queria “ que nada ficasse o mesmo” e por não acreditarem que as mudanças que fizeram foram significativas.

Transmissão de Mensagem:  de Shazer relata alguns detalhes da sessão inicial como o Bob resmungar, e mostrar a família que ele precisa resmungar, isto pode ajudar a controlar os nervos e agir como um adolescente agiria e não como um santo.  Com relação as notas de Bob, a equipe ficou preocupada como isto se daria no equilíbrio familiar. A partir destas notas poderá mudar as coisas na escola mas ainda não sabemos. Sugerimos neste momento que paremos hoje e acompanhemos como acontecem as coisas. Informem se o equilíbrio em casa mudar muitas coisas.

Esforço de Estudo: Após 6 meses a família não entrou em contato,quando a equipe entrou em contato descobriu que Robert estava mantendo as notas durante dois períodos e que no ano letivo seguinte havia ido para uma turma mais adiantada, não havia usado a arma indevidamente e o Sr e a Sra Jones mantinham-se fortes no propósito.

CAPÍTULO 9 – COMPLEXIDADE

Dentro do que foi exposto no livro, conseguiu-se uma maior explicação a teoria binocular da mudança e métodos utilizados para colocá-la em prática. Todas as explicações e casos foram feitos de acordo com Bateson que tem como pressuposto que quanto mais casos diferenciados, maior a profundidade e entendimento dos mesmos. Conforme as terapias de cada sistema, todos os mapas são úteis. Os mapas de equilíbrio de teórico ajudam o terapeuta a estar focado, mesmo que a família em si não esteja, para que se esteja focado e não se perca no processo, mostradas em algumas situações.

Os mapas de remodelagem servem para ver como se desencadeia determinado comportamento e tentar ver de um ângulo diferente, visto que é necessário para a promoção da mudança.

O esquema de decisão, pode ajudar o terapeuta a enfocar a natureza interativa presente do supra-sistema. Desta maneira o relato da resposta da família  é a forma como a família se comunica e coopera, sendo assim a sequência “ intervenção – relato da resposta intervenção – e assim por diante” informa ao terapeuta a eficácia e utilidade da terapia.

O processo de planejamento da intervenção pode ser descrito como primariamente o orientado pelo conceito de isomorfismo. A equipe confia mais em suas descrições das crenças da família a seu próprio respeito (seus moldes),do que sua forma de cooperar,que então descreverá de um ângulo diferente, ao planejar suas intervenções.

Toda tarefa, tem que ter uma forma isomórfica de se orientar para que a equipe consiga realizar a sequencia comportamental e o cumprimento que precede a tarefa para favorecer o surgimento do “ conjunto sim”.

Em síntese, o conceito de cooperar pode ser visto como um orientador do processo de mudança, e cada vez mais focado para que se chegue a alteração do comportamento.

Os instrumentos descritivos, as técnicas de elaboração da intervenção, o método de transmissão de uma mensagem terapêutica ( em duas partes: cumprimento e pista), são elementos que refletem a complexa natureza da visão ecossistêmica. As múltiplas explicações, em vários níveis, quando se lida com sistemas circulares.

Não há escapatória possível da paranoia dos relacionamentos e/ou para os “ mais ou menos” dos relacionamentos e de um ecossistema racional, sem as mais fundamentais mudanças de valores de que possamos ter noção – e talvez mudanças ainda mais fundamentais do que as que podemos realmente conceber (71, p228).

Toda esta complexidade reflete a natureza multicausal das mudanças estruturais nestes sistemas. Uma vez, que a mudança num certo relacionamento afeta os demais. Quando os vários níveis do sistema ( cognitivo, comportamental etc.) também são encarados como “estando em comunicação”, então fica clara a necessidade de conceitos correlatos como os de isomorfismo e cooperação. Deste modo, a teoria binocular da mudança, pode ser visualizada como viável a natureza dos sistemas,promovendo mudanças em níveis variados.

Lei de Murphy: “Se algo corre o risco de dar errado, dará errado” Todas as sessões e intervenções com uma família pode ser entendida como experimentos de muitas variáveis , principalmente quando se inclui o espaçamento entre as sessões a dificuldade de saber se está sendo eficaz é imensa.

Um modelo terapêutico precisa ser capaz de fazer conceitualmente  as interligações entre as intervenções e as mudanças, se não toda a situação fica sem sentido.

 

Apreciação pessoal sobre o livro

Inicialmente é um livro denso e vai se tornando uma leitura explicativa, todo o esqueleto e mapas com de modo como fazer  o pré-atendimento, o desenvolvimento da sessão e o pós sessão.Utilizando a teoria binocular da mudança e orientações para seguir com as famílias, sempre de uma forma isomórfica.

Cada capítulo foi muito enriquecedor.

 

Nome do autor da resenha e data: Gisele Lima - 27/02/2012.