Resenha de Livro
Curso de Formação em Terapia Relacional Sistêmica
Psicóloga Solange Maria Rosset

 

Nome do Livro:

Terapia Relacional Sistêmica: Famílias; Casais; Indivíduos; Grupos

 

Autor do Livro:

Solange Maria Rosset

 

Editora, ano de publicação:

Editora Sol, 2008

 

Relação dos capítulos

Apresentação

Capítulo 1: Histórico

Capítulo 2: Pressupostos

Capítulo 3: Padrão de Funcionamento

Capítulo 4: Atendimento Clínico Relacional Sistêmico

Capítulo 5: Terapia Individual Relacional Sistêmica

Capítulo 6: Terapia de Família Relacional Sistêmico

Capítulo 7: Terapia de Casal Relacional Sistêmico

Capítulo 8: Terapia de Grupo Relacional Sistêmico

Capítulo 9: O Terapeuta Relacional Sistêmico

Linhas Finais

Referências

Anexos

 

Apanhado resumido sobre cada capítulo

Apresentação

O livro reúne todos os trabalhos clínicos que são realizados pela Terapia Relacional Sistêmica. Tem como objetivo levar aos interessados – em terapia, terapia sistêmica, terapia individual e de grupo, terapia de casal e de famílias – informações a respeito de como se trabalha, quais as posturas, qual é a proposta clínica e técnica da Terapia Relacional Sistêmica, como também salientar o que ela tem de diferente das outras abordagens sistêmicas.

Capítulo 1: Histórico

A estruturação da Terapia Relacional Sistêmica aconteceu no Núcleo de Psicologia Clínica de Curitiba PR, na década de 1980. Em 1989, o trabalho (clínico e de formação de profissionais) foi reorganizado e recebeu um nome que a diferenciasse das demais linhas clínicas e sistêmicas.

Sistêmica – porque o enquadramento, a proposta terapêutica, o trabalho com focoe a leitura básica eram realizados dentro do enfoque sistêmico.

Relacional – compreensão do homem como ser em relação, com possibilidade de ter mais controle sobre seus traços de caráter.

Influências mais significativas:

Terapia Psicodramática, Terapia Corporal e a Terapia Sistêmica.

Em 1993, a autora encerrou o trabalho com a equipe do Núcleo de Psicologia Clínica e iniciou uma reorganização da Terapia Relacional Sistêmica até chegar às definições técnicas e clínica que hoje norteiam este trabalho.

Capítulo 2: Pressupostos

Pensamento Relacional Sistêmico

Ao pensar sistemicamente a vida:

Deixa-se de acreditar em certo e errado;

A vida e as relações são complexas e multicausais;

Foco no para quê e não por quê;

Não existem vítimas e bandidos, culpados ou inocentes;

Relacionamentos são circulares, são co-desencadeadores;

O comportamento de um desencadeia e mantém o comportamento do outro e vice e versa;

Abre novas possibilidades de compreensão;

Compreensão que todos são parceiros na situação, todos passam a ter responsabilidade e competência pelo que acontece;

Podem desencadear, mudar, encerrar.

Terapia Relacional Sistêmica e Padrão de Funcionamento

Padrão de funcionamento – forma repetitiva que o sistema usa para responder e reagir às situações da vida e às situações relacionais.

Padrão de interação – é a repetição de uma seqüência de lances, ou de interações; são elementos que se repetem sempre e que obedecem um  jogo de regras fixas e têm a tarefa de manter as leis que definem a existência do sistema. O que mantêm as regras são as estratégias.

Um dos objetivos clínico é flexibilizar, ter consciência e aumentar o número de estratégias funcionais do sistema.

Escolhas e Responsabilidade

Ser responsável – significa ter consciência do seu desejo, ter opção de escolha, fazer sua escolha e aceitar as conseqüências e resultados dela.

Escolhas – tudo na vida é de própria escolha. Aumentar o nível de consciência das escolhas é um dos objetivos do processo terapêutico.

Desenvolver a consciência do próprio padrão de funcionamento e da responsabilidade pelas escolhas elimina completamente a culpabilidade. Não existe crítica a si ou aos outros, mas sim um estado de coisas, um funcionamento, um aspecto para ser flexibilizado e ampliado.

Processo

O processo de mudança acontece a partir:

Da consciência do padrão de funcionamento,

Novas aprendizagens,

Desejo de mudança,

Vontade de mudar,

Planejamento de novas estratégias de mudança, Treino,

Consciência e controle das compulsões,

Possibilidade de novas escolhas,com alegria de viver equalidade de vida.

A Terapia Relacional Sistêmica é uma postura perante a vida, não é uma técnica ou estratégia clinica.

Capítulo 3: Padrão de Funcionamento

Padrão de funcionamento é a forma repetitiva que um sistema estabelece para reagir às situações de vida e aos relacionais. É inconsciente e automático, envolve o que é dito e o que não é dito, pode ser visto no corpo, pensamento, sentimento, ação e nas relações. Pode aparecer nas compulsões relacionais, nas defesas e álibis.

Se estrutura na entrada da criança no sistema familiar, nas relações familiares. Recebe influência dos pais e familiares mesmo sem consciência do que fazem, sentem ou pensam.

A partir do olhar trigeracional, pode se ver o padrão de funcionamento das famílias de origem dos pais, o padrão de cada um dos cônjuges/pais a estruturação do padrão familiar, a influência/determinação no padrão dos filhos.

A autora destaca alguns aspectos que podem servir para avaliação dos padrões de funcionamento, são eles: comunicação, lazer, sexualidade, profissão, vestuário, tarefas comuns, saúde, corpo e mágoas. As pessoas usam esses elementos nos seus jogos relacionais (depositação, o que é dito, o que “se vê” e “se ouve”, diferenças).

Não existe padrão bom ou ruim, ele existe, o que faz a diferença é o quanto a pessoa enxerga seu padrão, aceita e se instrumenta seus pontos funcionais e tem controle sobre seus pontos disfuncionais.

Capítulo 4: Atendimento Clínico Relacional Sistêmico

Proposta

O foco do trabalho clínico, como também da formação de especialistas é no padrão de funcionamento. A tarefa terapêutica é, auxiliar o cliente a ter consciência do seu próprio padrão de funcionamento, auxiliá-lo a realizar as aprendizagens necessárias e as mudanças pertinentes.

Existe um pedido paradoxal do cliente, as forças de mudança e persistência coabitam dentro do sistema. Quando o cliente aciona o seu desejo de mudança, desencadeia seu desejo de permanecer igual: “Quero que tudo mude, mas que tudo permaneça igual”. O paradoxo pode estar depositado em pessoas diferentes do sistema ou aparecer no próprio padrão de funcionamento do sistema ao vir à terapia. O terapeuta deverá desenvolver estratégias para lidar com o desejo paradoxal do cliente, tendo paciência e compreensão pelas dificuldades e relutâncias que surgirem.

São avaliadas as hipóteses, da forma de funcionamento e não interpretação de conteúdo.

Conhecer a teoria das recaídas auxilia os clientes e terapeutas a lidarem com a situação paradoxal das melhoras e das pioras dentro do processo terapêutico. As recaídas são: inevitáveis, desejáveis, administráveis, preveníveis (passíveis de serem descobertas, com antecedência e evitadas).

Os sintomas são compreendidos como forma de mapear os pontos que precisam ser reorganizados. Importante ficar atento aos sintomas relacionados com o padrão disfuncional (sintomas de defesa), com sinais de recaída ou simbolização de dores e dificuldades em lidar com os conteúdos, com a história e com as mudanças (sintoma de processo).

Especificidades do Trabalho Relacional Sistêmico

É o mesmo terapeuta que atende todo o sistema.

O foco do trabalho é na mudança e na aprendizagem.

O cliente precisa ter pertinência e responsabilizar-se pelo processo.

Trabalha-se com o que é possível fazer no ponto em que a pessoa está.

A fase inicial já é considerada processo.

Tarefa do terapeuta é ativar o processo.

Neste capítulo também foram explicados o processo terapêutico, seus objetivos, suas etapas, desenvolvimento, intervalos e indicações (terapia de família, casal, individual).

Desenvolvimento técnico

Encaminhamento – o trabalho inicia-se na avaliação de quem fez o encaminhamento.

Pedido da Terapia -o trabalho começa a delinear-se já no primeiro contato do cliente com o consultório.

Primeiro telefonema – checar hipóteses sobre o padrão de funcionamento, colher dados necessários (o que esta acontecendo, com quem, quem quer o atendimento), redefinir o pedido e o enquadre, se for necessário. Mas o foco, durante todo o tempo, é avaliar a pertinência do pedido e a pertinência do cliente, se há coerência com a proposta de aprendizagem, mudança, responsabilidade, bem como o desejo e a possibilidade do cliente para isso. Breve explicação sobre a abordagem, faz o cliente entender que existem princípios diferentes nessa terapia.

O primeiro telefonema vai também definir o que deverá ser realizado (se haverá uma primeira sessão, quem deve comparecer, quando vai ocorrer e qual seu objetivo).

Primeira sessão – vincular, levantar a queixa, circular, redefinir, definir objetivos, contratar, servem como mapa para encaminhamento do primeiro encontro terapêutico.

Instrumentos

Um dos papéis da terapia é o de instigar processos de transformação e para isso utiliza-se de vários instrumentos: tempo, tarefas, técnicas.

Uso de rituais na prática clínica

Ritual pode ser utilizado quando o processo terapêutico não está se desenvolvendo satisfatoriamente.

Trabalho em situação de crise

Num momento de crise, o cliente necessita de contenção e de um trabalho específico para reorganizar-se. O cliente pode esta em sofrimento por perda acontecidas. Na Terapia Relacional Sistêmica, trabalha-se a crise em quatro etapas: chorar a dor, expressar a raiva, limpar a culpa e refazer projetos.

O sistema terapêutico

A relação terapêutica (terapeuta/cliente) tem fundamental importância para o sistema terapêutico. A responsabilidade do terapeuta é analisar o que é útil para o cliente, por isso quanto mais o terapeuta tiver consciência do seu próprio padrão de funcionamento, mais hábil estará para atuar.

Capítulo 5: Terapia Individual Relacional Sistêmica

Posicionamento e enquadre terapêutico

A Terapia Relacional Sistêmica atende famílias, casais e individualmente, enfocando o individuo como um sistema em relação. O foco está em auxiliá-lo a enxergar e ter consciência do seu funcionamento, a realizar aprendizagens e a fazer as mudanças necessárias.

A Terapia

O foco da Terapia Individual Relacional Sistêmica é o processo de autonomia, que engloba o pertencer/separar-se, o desenvolvimento da consciência, das escolhas e da responsabilidade; a mudança das pautas disfuncionais, adquirindo-se um número maior e mais rico de estratégias de funcionamento.

Relação Terapêutica

A relação terapêutica (terapeuta/cliente) pode ser utilizada como instrumento terapêutico, no sentido de poder desencadear experiências transformadoras.

Áreas de funcionamento

As pessoas, de acordo com seus padrões, têm maior ou menor facilidade de atuação, consciência e integração nessas áreas (mente, corpo e ambiente). O terapeuta ao enxergar como funciona o cliente, entre as áreas, terá maior embasamento para escolher as técnicas e encaminhamentos.

Responsabilidade e Possibilidades

O ponto nodal do trabalho da Terapia Relacional Sistêmica é levar o cliente a responsabilizar-se pela vida que quer e escolhe construir. A base do trabalho é não permitir que o cliente faça “mau uso” dos traumas e das dificuldades da vida de criança ou adolescência,como desculpa para suas dificuldades atuais e um bom álibi para explicar seus defeitos, suas impossibilidades. Ele pode escolher as dificuldades vividas como um mapa, um sinalizador do que precisa aprender, mudar; em quais departamentos da sua vida precisa prestar mais cuidado e atenção.

Álibis Relacionais

São explicações psicológicas que protegem e dão desculpas para as pessoas evitarem situações e não ousarem fazer diferente.

Identidade

No processo de estruturação existem três fases: diferenciação, individuação e integração.

Solidão

É uma das situações mais difíceis com que o ser humano pode lidar. Se a pessoa é segura de si mesmo. Poderá lidar com a liberdade como uma possibilidade e ser, de ir e vir, de fazer ou desfazer, tendo o foco nas suas necessidades, nas suas escolhas e na sua responsabilidade.

Rejeição

Se a pessoa está segura de quem ela é, vai lida com as situações de rejeição como contingências de um relacionamento, como algo que faz parte das escolhas, dos movimentos das pessoas e na vida e nas relações. Valorizar as experiências de rejeição determina uma postura infantil, de quem sabe o que é certo e deseja que os outros funcionem a partir do seu desejo.

Funções de vida

São funções do processo de desenvolvimento e diferenciação psicológica; dessa aprendizagem, depende a possibilidade de a pessoa ter uma relação amorosa, cuidadosa em relação a si mesma e aos outros. São elas: ser cuidado, cuidar de  cuidar de si.

Pertencer e separar

São as duas faces da mesma moeda, e as pessoas que aprendem uma delas serão, ao mesmo tempo, hábeis na outra. Quem registrou que faz parte, que pertence, aprende a separar-se, a lidar com a solidão, sem culpas. Este é um dos paradoxos humanos: para viver bem sozinho, é necessário ter certeza de que faz parte.

Compulsões relacionais

São respostas automáticas que uma pessoa dá ao ser foco de uma ação relacional de alguém. São automáticos e estão ligadas a situações traumáticas vividas ou a situações com as quais não aprendeu a lidar. No desenvolvimento desse processo, passa-se pela fase de perceber que acabou de repetir a compulsão; depois, percebe-se fazendo; depois, percebe-se na eminência de fazer e faz; e só após muito exercício, percebe-se na eminência de fazer, mas pode se conter e escolher se fará ou não.

Trabalho Clínico

Ao receber um cliente individual, o terapeuta levará em consideração quem o encaminhou, para que foi feito o encaminhamento e as condições do pedido inicial – se foi a própria pessoa que fez o contato, se foi um familiar, se foi outro profissional.

A escolha das sessões, tempos, tarefas e outros encaminhamentos são definidos a cada um dos momentos do processo em função das aprendizagens/mudanças que o indivíduo necessita e que é pertinente realizar. A cura do sintoma não é prioridade, será compreendido no contexto das relações e dos padrões de funcionamento.

A terapia individual é indicada para adultos  e adolescentes maiores. Não é indicada pra crianças ou adolescentes menores, pois não têm potência para decisões ou definições sobre sua vida.

Compreensão relacional sistêmica dos mitos familiares

Os mitos familiares organizam-se através das gerações; para enxergarmos, é necessário olhar pelo menos três gerações da família.

O conteúdo mítico aparece nos sentimentos, nas proibições, nas vergonhas nos sintomas e nas dificuldades que eles trazem. Estão relacionados às questões de sexo, dinheiro, morte e loucura.

Trabalho mítico é energético, irracional, com o inconsciente, não se faz num nível racional.

Capítulo 6: Terapia de Família Relacional Sistêmico

Sobre famílias

Sistema familiar

Ao olhar a família como um sistema, um círculo, o terapeuta enxerga que cada um tem a sua participação e responsabilidade, que todos se influenciam reciprocamente, independente da idade que têm. Dessa forma, fornece às famílias e aos indivíduos a possibilidade de maior movimentação e possibilidade de reorganização.

A família como cliente

Ao chamar a família e  seus membros de clientes, desenvolve-se a eles a competência e a responsabilidade por escolhas, decisões e encaminhamentos.

Subsistemas familiares

A família é composta por subgrupos com funções específicas, que são os subsistemas. Cada subsistema tem suas funções, que devem ser desempenhadas para a continuidade e desenvolvimento da família. São eles: subsistema conjugal (o casal), subsistema parental (quando os membros do casal tornam-se pais) e o subsistema fraterna (os irmãos, os filhos).

Também em todas as famílias existem Funções Básicas (função materna, função paterna, função de aprendizagem e função de historiador), cada qual com sua tarefa especifica.

Ciclo de vida familiar, oportunidade para realizar aprendizagens.

Tecnicamente

Trazer toda a família para a primeira sessão possibilita enxergar o padrão de funcionamento do sistema como um todo, clarear o que está acontecendo, como cada um dos elementos posiciona-se na situação, avaliar alianças e auxílios e, assim, poder ser flexível e continente nas próximas sessões.

Neste capítulo a autora explica os desdobramentos e situações específicas que podem acontecer (primeira sessão, encaminhamentos, atendimento a adolescentes, adultos, pais separados, sessões com temas específicos e assuntos delicados).

Capítulo 7: Terapia de Casal Relacional Sistêmico

Pressupostos

Tópicos que norteiam o trabalho com casais na Terapia Relacional Sistêmica

O espaço de casal é o local privilegiado para crescer e aprender.

É na relação de casal que aparece o melhor e o pior da pessoa.

As diferenças podem ser usadas como oportunidade para crescimento e enriquecimento.

Características que ajudam os casais a melhorar a funcionalidade da relação:

Saber preservar feminilidade/masculinidade.

Combinar amor erótico com amizade.

Preocupar-se em dar coisas a si mesmo.

Fortalecer-se através das dificuldades do amor e da vida a dois.

Saber que as relações saudáveis sobrevivem apenas com muita dedicação e que o amor exige esforço contínuo.

Aspectos técnicos

Atualmente muitos casais procuram terapia para melhorar  a qualidade das suas relações. NaTerapia Relacional Sistêmica o foco do trabalho com casais é desenvolver a pertinência adequada para a mudança.

O objetivo da terapia com casais é dar dados e informações para que os casais possam enxergar e ter clareza do seu padrão de funcionamento, do padrão de funcionamento do parceiro e do seu padrão conjunto como casal. A partir de tal compreensão, cada um pode ter mais controle sobre suas dificuldade e usar o parceiro e a relação como fonte de crescimento, aprimoramento e desenvolvimento.

Aspectos da relação de casal:

Existem temas que o terapeuta pode avaliar com o casal, como lidam e como forma de ampliar o olhar que tem sobre seu relacionamento. São eles: provas de amor, comunicação, brigas, funções de casal, fazer bom uso da relação, nas separações, nos recasamentos e nas questões de “ninho vazio”.

Capítulo 8: Terapia de Grupo Relacional Sistêmico

Proposta

Indicações básicas: para reprocessar o grupo primário (famílias), como laboratório de vida, para mobilização de afetos, emoções, posturas que necessitam vir à tona, para possibilitar o trabalho com níveis mais profundos da estrutura emocional, que necessitam de um nível de circulação de energia  e de certeza de contenção.

O processo grupal estimula o indivíduo a recuperar e/ou desenvolver suas posturas de autonomia e responsabilidade. Sendo esse um dos objetivos da terapia, em grupo poderá facilitar a independência.

A autora descreve os aspectos técnicos e os tipos de trabalhos de grupos.

Capítulo 9: O Terapeuta Relacional Sistêmico

A tarefa do terapeuta sistêmico é auxiliar seu cliente a ter consciência do seu padrão de funcionamento e, ajudá-lo a desenvolver as aprendizagens necessárias e  as mudanças pertinentes.

A Relação Terapêutica é responsabilidade e tarefa do terapeuta e deve acrescentar funcionalidade ao padrão e o que será útil para as aprendizagens do cliente.

A autora descreve tarefa, treinos e aprendizagens que o terapeuta precisa desenvolver para trabalhar com a Terapia Relacional Sistêmica. O desenvolvimento do papel do terapeuta passa por três fases da supervisão (aprender a fazer, integrar o que aprendeu com seu jeito próprio e aprimorar o que aprendeu, desenvolvendo o seu jeito próprio de ser terapeuta).

No treino de tornar-se terapeuta é importante a auto-supervisão, após o atendimento, no intervalo das sessões e antes da sessão.

O processo do Terapeuta

A proposta é o terapeuta treinar e aprimorar suas condições individuais que possibilitam uma boa visão e compreensão das situações (intuição, sensibilidade) para que, juntando teoria, técnica e desenvolvimento pessoal, possa ser mais hábil na tarefa de avaliar as situações que se apresentam.

Linhas Finais

O pilar básico da Terapia Relacional Sistêmica é a consciência do próprio funcionamento é o primeiro e imprescindível passo para a mudança.

Referências

Anexos

Nos anexos são relatados:

Os momentos (logística - onde, estratégia – o quê, tática – como, técnica – com o quê).

Os vetores do funcionamento (pertenência, pertinência, comunicação, aprendizagem, cooperação e tele).

Também são descritos as Teorias de Desenvolvimento:

Teorias de Desenvolvimento do Caráter

Teorias de Desenvolvimento da Matriz de Identidade

Teorias de Desenvolvimento de Desenvolvimento do Núcleo do Eu

Teoria das Colusões

Teoria de Murray Boew sobre a diferenciação do Ego

 

Apreciação pessoal sobre o livro

Livro muito interessante, leitura obrigatória para todo Terapeuta Relacional Sistêmico e excelente para aqueles que desejam conhecer sobre escolhas, consciência, responsabilidade, aprendizagens, mudanças e padrão de funcionamento. A linguagem que a autora utilizou possibilita o uso do livro no dia-a-dia, com as diversas situações que aparecem no consultório e a Terapia Relacional Sistêmica por ser considerada uma postura de vida, o livro poderá ser usado também em situações pessoais e relacionais.

 

Nome do autor da resenha e data: Márcia Dallagrana - Curitiba, 21 de agosto de 2012.