Resenha de Livro
Curso de Formação em Terapia Relacional Sistêmica
Psicóloga Solange Maria Rosset

 

Nome do Livro:

Vivendo na luz - um guia para a transformação pessoal e planetária

 

Autor do Livro:

Shakti Gawain e Laurel King

 

Editora, ano de publicação:

Pensamento, 1994-1995

 

Relação dos capítulos

Introdução

Capítulo 1: Um novo modo de vida

Capítulo 2: A força

Capítulo 3: A intuição

Capítulo 4: Como tornar-se um canal criativo

Capítulo 5: O mundo como nosso espelho

Capítulo 6: O espírito e a forma

Capítulo 7: O Masculino e o Feminino que existem em nós

Capítulo 8: homens e mulheres

Capítulo 9: Oriente e Ocidente: um novo desafio

Capítulo 10: Como confiar na intuição

Capítulo 11: Os sentimentos

Capítulo 12: O tirano e o rebelde

Capítulo 13: A vítima e o salvador

Capítulo 14: Como encontrar o equilíbrio

Capítulo 15: Relacionamentos

Capítulo 16: Nossos filhos

Capítulo 18: O trabalho e o divertimento

Capítulo 23: Como transformar o nosso mundo

Capítulo 24: Uma visão

 

Apanhado resumido sobre cada capítulo

Introdução

Shakti narra sua história pessoal, sua criação em uma família de intelectuais sem religião. Percebe como lado positivo a não assimilação da forte carga negativa em relação a certo e errado, céu e inferno e pecado. Embora seus pais tivessem se separado quando ela tinha menos de dois anos de idade, recebeu bastante apoio de ambos, sentindo-se por eles amada.

Passou por uma crise emocional aos treze anos, e percebeu que diversos valores, como educação, sucesso, relações e dinheiro, eram passageiros, deixando um vazio que nada parecia preencher. Depois de muitos anos, começou a passar por novas experiências, adquirindo maior consciência em relação a valores e à vida de modo geral.

Estudou psicologia e se envolveu com alguns grupos que a levaram a experimentar sentimentos de harmonia, amor e prazer. A prática de ioga e meditação ajudaram-na a se sentir mais segura e sintonizada consigo própria. Concluído o estudo universitário, passou dois anos viajando pelo mundo, seguindo sua intuição e aprendendo que podia movimentar-se com segurança em lugares desconhecidos.

De volta aos Estados Unidos, mergulhou na busca de ampliação da consciência. Viveu em comunidades diferentes por vários anos, buscando o crescimento pessoal. Nas suas próprias palavras: “... minha paixão maior se tornou a minha jornada em direção à luz” (p. 14).

Diversos cursos e seminários levaram-na a organizar seus próprios seminários, e, em seguida, a escrever o livro Visualização Criativa. A idéia da visualização criativa, assunto e título do seu primeiro livro, teve seus primórdios no curso Silva Mind Control.  Praticando a técnica básica do curso – a visualização criativa, Shakti espantou-se com a eficiência da técnica. O uso da visualização criativa permitiu a Shakti perceber-se capaz de criar a sua própria realidade e, também, levou-a à compreensão de que a energia vinha de outra fonte que não sua própria personalidade ou ego.

Capítulo 1: Um novo modo de vida

Na visão dos autores, o modo de viver do velho mundo está desmoronando. Há uma gradual tomada de consciência de que viver como se o mundo material fosse a única realidade não traz realização e satisfação interior. “Quando nos ligamos com a nossa consciência espiritual interior, aprendemos que a força criativa do universo está dentro de nós” (p. 25).

Percebemos que podemos criar nós mesmos a nossa realidade, mas que, para isto, precisamos aprender a viver de um modo totalmente diferente daquele que nos foi ensinado. É uma tarefa que exige empenho, coragem e tempo, de modo que precisaremos ser pacientes para conosco, lembrando que a aprendizagem a ser feita é imensa. Os autores refletem que “Viver em harmonia com o universo é viver plenamente, cheios de vitalidade, alegria, força, amor e plenitude em todos os níveis” (p. 27).

É proposta uma meditação que sugere que relaxemos, e, respirando profundamente, imaginemos que, ao exalar, estaremos nos livrando de tudo que não queremos e não necessitamos. Criamos, assim, espaço para o novo. Em seguida, ao inspirar, devemos imaginar que absorvemos a energia vital que existe no universo, contendo tudo aquilo que nos é necessário. Devemos imaginar que um novo modo de vida se abre, proporcionando alegria e vitalidade. Concluída a meditação, devemos observar se é possível reter este sentimento do novo.

Capítulo 2: A força

Compreender que existe uma inteligência superior no universo, “... que é a fonte e a substância de toda a existência é o alicerce para a vida do novo mundo” (p.29). Existem várias palavras para descrever esta força, como: Deus, Espírito, O Universo, Força Superior, etc

Os autores raramente usam a palavra Deus, por apresentar conotações confusas, na sua opinião. Explicam que no decorrer do livro usarão expressões equivalentes quando se referirem “à inteligência e força criativa mais elevada que existe em nós” (p. 30). Esclarecem também sua própria dificuldade até adquirirem uma grande confiança nesta força, presente tanto em si próprios, como nos outros. Explicam ainda que nada foi aceito cegamente: comprovaram tudo por meio de suas próprias experiências de vida. 

Para meditar, em posição confortável devemos fechar os olhos e respirar profundamente algumas vezes. A cada exalação devemos relaxar mais o corpo, e em seguida, a mente, deixando os pensamentos fluírem sem nos determos em nenhum deles. Devemos então relaxar a consciência, entrando em um lugar profundo dentro de nós mesmos. “Imagine que existe uma presença muito vigorosa dentro de você e à sua volta (...) Afirme isso para si mesmo, silenciosamente ou em voz alta: ‘Sinto e confio na presença do universo na minha vida’” (p. 31).

Capítulo 3: A intuição

A intuição, segundo os autores, é a maneira pela qual podemos entrar em contato com a força superior do universo. O contato, escuta e ação em sintonia com a intuição nos ligam diretamente a esta força. A civilização ocidental valoriza a lógica, depreciando o lado intuitivo, enquanto sociedades tecnologicamente menos desenvolvidas apresentam uma profunda consciência e respeito pela intuição.

Quando aceitamos a existência de uma força superior presente no universo, canalizada para nós por meio da intuição, percebemos que nossos problemas e os males do mundo têm sua causa no fato de não seguirmos a nossa intuição. Aprendendo a confiar na orientação intuitiva “... a vida assume uma característica de fluência na qual não há necessidade de esforço. Nossa vida, nossos sentimentos e ações se entrelaçam harmoniosamente com os das pessoas à nossa volta” (p. 34).

A meditação propõe um relaxamento, seguido pela concentração no lugar do corpo do qual a emoção emerge – é o lugar físico que facilita o contato com a intuição. A autora sugere que se imagine um ser muito sábio ali, com o qual podemos nos comunicar e fazer perguntas. Agindo-se conforme o sentimento que surgir, saberemos que a orientação foi realmente intuitiva se nos levar a sentir grande vivacidade e energia. A prática e a confiança na intuição farão com que o contato com ela se torne mais fácil. A intuição, segundo a autora, é a maneira pela qual podemos entrar em contato com a força superior do universo. O contato, escuta e ação em sintonia com a intuição nos ligam diretamente a esta força.

Capítulo 4: Como tornar-se um canal criativo         

Seguir e ouvir a intuição faz com que nos tornemos canais criativos para a força superior do universo.Nas palavras dos autores: “Ser um canal é ser você mesmo completa e livremente, tendo a consciência de que se é um veículo para a mais elevada criatividade do universo” (p. 38). Os gênios e as obras-primas são resultados de canalizações, embora, em geral, as pessoas criativas funcionem como canais em apenas uma parte de suas vidas.

Após sentirmos a experiência de sermos canais de luz e força, quando esta desaparece, sentimo-nos perdidos e inseguros. Uma mudança ocorre, no entanto, na medida em que se pratica e se aprende a confiar na intuição. Uma vez assumido o compromisso de confiar em si, tudo na vida muda rapidamente. “... À medida que aprendemos a viver como um canal, o corpo e o ego vão descobrindo que o viver em plenitude só depende da ligação com o nosso universo interior e não das coisas externas” (p.43).

Manter a concentração no relacionamento com o universo é condição para nos tornarmos canais. Para os autores, o voltar-se para dentro de si, contatando com a intuição, deve ser uma disciplina constante.

A canalização flui de duas maneiras: da pessoa para os outros, e dos outros para a pessoa. O aumento de consciência deste fluxo permite ao corpo canalizar mais energia. “Tornar-se um canal luminoso para o universo representa o mais elevado desafio que existe e oferece a possibilidade do maior prazer e da maior realização para todos os seres humanos” (p. 45).

Em grupos, cada canal individual passa a ser parte de um canal maior, o que possibilita a cada um caminhar ao próximo nível de desenvolvimento. À medida que cada um permite que a energia o transforme, a consciência coletiva torna-se cada vez mais iluminada.
A meditação proposta começa com um relaxamento, que permite chegar a um lugar interior mais profundo e tranqüilo. Afirma-se então a vontade de ser um canal. Como exercício de canalização é sugerido sentir e reconhecer, durante um dia inteiro, que se é um canal para o universo.

Capítulo 5: O mundo como nosso espelho

Uma vez que o exterior reflete com clareza nosso espírito e forma, quando aprendemos como entender e interpretar este reflexo, adquirimos um fabuloso instrumento, que permite conhecermos aspectos ocultos nossos.

O método do espelho – técnica que pode ajudar a ver o mundo como espelho, baseia-se em dois aspectos:

-considerar que tudo na nossa vida é reflexo e criação nossa;

-jamais nos depreciarmos por causa dos reflexos que vemos, pois nada é negativo.

Interpretar os reflexos é a parte mais complexa. A resposta não vem da mente racional. A interiorização e o pedido de ajuda ao universo, quando a compreensão da mensagem é difícil, proporcionam o contato com um sentimento mais profundo e fornecem uma idéia do que parece correto para aquela situação. A informação interior vem como sentimento: quando nos sentimos mais fortes e animados, é porque estamos certos.

Às vezes, a informação exterior pode espelhar as nossas dúvidas e inseguranças pelas reações das pessoas próximas, questionando ou criticando as nossas mudanças. É importante reconhecer que estão refletindo nosso próprio medo.    

A mudança de velhos padrões muitas vezes pode levar certo tempo. Os autores lembram que a mudança surge quando adquirimos a consciência do que não está indo bem.

Aspectos positivos também vêm como reflexos de características nossas. A beleza e as coisas das quais gostamos existem também dentro de nós.

A meditação sugere pensarmos em uma pessoa ou em algum aspecto da nossa vida, analisando o que estaria espelhando para nós. Como exercício,  podemos pensar em uma pessoa que apreciamos, fazendo uma lista de suas qualidades e avaliação do quanto estas qualidades são reflexo nosso. Outro exercício proposto é fazer uma listagem de pessoas e coisas das quais gostamos, para nos valorizarmos por atrair estes espelhos.

Capítulo 6: O espírito e a forma 

Para os autores o espírito é definido como “... a essência da consciência, a energia do universo que cria todas as coisas” (p. 57). A forma é definida como sendo constituída pelo mundo físico. Somos seres espiritualmente muito evoluídos, alojados em uma forma primitiva. Isto é incômodo: em determinado momento sentimo-nos maravilhosamente lúcidos, sábios e conscientes, e, logo em seguida, perdemos esta vivência.

Ao nascermos, perdemos o contato com a consciência do espírito. A maioria das pessoas busca a realização no mundo da forma, percebendo depois que isto não traz uma realização satisfatória. É na desistência desta busca fora de nós mesmos que começamos a reencontrar o espírito. Esta descoberta nos leva a cultivar o processo de autoconhecimento, o qual, por sua vez, nos leva a um certo isolamento.

Quando em sintonia com nosso espírito, sentimos amor, força, sabedoria, mas, como a forma ainda não se desenvolveu, continuamos tentando voltar ao padrão antigo. Se orientarmos e ensinarmos a forma, rapidamente aprenderemos a viver de nova maneira. O espírito “... precisa da forma como um veículo para concretizar seus ideais” (p. 60). (p/ conclusão)

O livro apresenta diversas idéias sobre mudança, principalmente no sentido de ajudar as pessoas a se tornarem mais centradas.

O desafio é estar no mundo da forma com plena consciência espiritual. A integração do espírito e forma requer “... reconhecer e sentir tanto a consciência do seu espírito , como a consciência da sua forma [personalidade, mente, ego]” (p. 62). Também é preciso gostar e aceitar estas nossas duas partes, mas, a chave para esta integração é aprender a ouvir a intuição e segui-la, sem nos obrigarmos a ultrapassar limites se não nos sentirmos prontos para tal.

Observando o processo de transformação, percebemos que durante muito tempo ainda continuamos a repetir comportamentos antigos. É preciso paciência, pois quando reconhecemos a inutilidade deste padrão, ele está pronto para mudar .idem

Para meditar, sugere-se, após relaxamento, que imaginemos uma luz dourada irradiando de nosso interior, que aumenta e se expande até iluminar todo o corpo. O exercício propõe que nos observemos sem julgamento, e que notemos em quais momentos conseguimos ouvir e seguir a intuição, em quais não o conseguimos e como nos sentimos nestes momentos.

Capítulo 7: O Masculino e o Feminino que existem em nós

Desenvolver totalmente e harmonizar estes dois aspectos que todos possuímos é um grande desafio. O aspecto feminino seria a intuição, a parte de nós que recebe “... a fonte de sabedoria superior que existe em nós” (p. 68). O lado masculino seria a ação, a parte que transmite o canal e que leva a agir. A soma da intuição com a ação resulta em criatividade.

Para uma vida criativa e harmoniosa, as duas energias – a masculina e a feminina, precisam estar desenvolvidas e funcionando corretamente juntas. O lado feminino precisa estar em posição orientadora para que isso seja possível; e o lado masculino, pronto para ouvir e agir conforme a orientação recebida. “Quando essas duas energias estão em harmonia e trabalhando juntas, há um incrível sentimento: é [a sensação de] um canal aberto, forte, criativo, com a força, a sabedoria, a paz e o amor fluindo por ele” (p. 70).

Culturalmente, usamos a energia masculina (ou ego) para controlar e reprimir nossa intuição (ou lado feminino). Este emerge então indiretamente, por meio de sintomas físicos, manipulações ou explosões emocionais. Ao lado masculino que quer permanecer no controle, a autora nomeia como “o velho masculino”; e, à intuição reprimida, causadora de sintomas e comportamentos disfuncionais, como o “velho feminino”. Ambos existem em cada um dos sexos.

Quando uma mulher tem seu ego reprimido, a intuição tenderá a atrair homens que espelham este funcionamento masculino repressor e possivelmente abusivo. Quando esta mulher começa a usar seu lado masculino em favor de si própria, os homens do seu convívio mudam também sua atitude para com ela, ou se afastam, dando lugar para que surjam homens que a apóiem e valorizem.

O homem que tem seu lado feminino desamparado irá procurar mulheres com auto-estima muito baixa. Estas refletem o pouco respeito e falta de confiança pelo seu próprio lado masculino. Estes aspectos, no entanto, estão mudando. Está ocorrendo uma mudança individual e coletiva “... de uma posição de medo e controle para a rendição e confiança no intuitivo” (p. 72). À medida que a força feminina emerge e é aceita, a nossa força masculina passa a ser transformada – retornando como o “novo masculino”.

A sugestão para a meditação é trazermos à mente uma imagem que represente o feminino interior, qualquer que seja esta imagem, que percebamos o sentimento que surge em relação a ela, e que perguntemos o que gostaria de nos comunicar. O mesmo procedimento deverá ser feito em relação ao aspecto masculino interior. Pede-se então que as duas imagens venham juntas, observando como se relacionam entre si estes dois aspectos. Pergunta-se se têm algo a dizer um ao outro, ou para nós. Liberamos as duas imagens assim que sentirmos que a meditação está completa.

Como exercício, os autores propõem que se entre em contato com a intuição, perguntando a ela o que deseja. De posse da resposta, devemos procurar ver o “novo masculino” apoiando este desejo, e, se a ação corresponde ao desejo manifestado.

Capítulo 8: Homens e mulheres                      

Comumente associamos as energias masculina e feminina aos tipos físicos de homem e mulher. Portanto, caberia às mulheres o desenvolvimento e manifestação da intuição, nutrição, receptividade e sensibilidade. Os homens desenvolveram o seu intelecto e capacidade de ação. Cada sexo, até certo ponto, reprime as características da energia do sexo oposto.

Como a vida requer a interação completa das energias masculina e feminina, cada sexo depende do outro para sobreviver. O problema começa quando cada membro do casal tem medo de perder seu parceiro (já que se trata de sobrevivência), que precisa ser então controlado a qualquer preço. “E assim, nossos relacionamentos se baseiam na dependência e na necessidade de controlar a outra pessoa” (p. 77). Isso conduz a ressentimentos e irritação, que são reprimidos para não se correr o risco de perder o parceiro.

Segundo os autores, “... todas as formas de relacionamento, desde o casamento mais tradicional aos relacionamentos mais abertos ou aos relacionamentos homossexuais ou bissexuais, representam a tentativa de cada ser humano de encontrar o equilíbrio interior do seu masculino/feminino” (p. 78). As mulheres precisam desenvolver dentro de si as qualidades que buscam nos homens; os homens, as que buscam nas mulheres.        

Começa a surgir uma nova visão sobre relacionamentos, com base na idéia de que cada pessoa é um todo em si, o que nos leva às vezes a recear que nos tornemos exteriormente andróginos. A autora esclarece que ocorre o inverso: quanto mais os homens e mulheres desenvolvem e apóiam sua energia feminina e masculina respectivamente, o lado característico de seu próprio sexo torna-se mais fortalecido e evidente.

Quanto à homossexualidade, os autores supõem que, para algumas pessoas que fazem esta opção, esta seria a forma mais eficiente de uso do método do espelho. Os autores acreditam que “... todos os seres optam pelo caminho e pelos relacionamentos que irão ajudá-los a crescer o mais rápido possível” (p. 82).

Como exercício, sugere-se pensar nas mulheres, e depois nos homens mais significativos de nossa vida, reconhecendo que as características que atraem espelham aspectos que também possuímos. Caso não consigamos perceber em nós as características admiradas, a autora sugere que façamos uma meditação , tentando imaginar como seríamos se fôssemos possuidores destas características.

Capítulo 9: Oriente e Ocidente: um novo desafio

Olhando para o mundo a partir da perspectiva do masculino e feminino, a autora percebeu que o Oriente pode ser visto como representação do feminino; e o Ocidente, como representação do masculino. Muitas culturas orientais apresentam uma tradição espiritual antiga e muito vigorosa (o aspecto feminino), mas, até há pouco tempo atrás, não apresentavam desenvolvimento no aspecto material, passando por muita pobreza e confusão.

No ocidente a energia é mais masculina, concentrada, sobretudo, no aspecto material. O desenvolvimento espiritual vinha sendo praticamente ignorado, gerando grande pobreza de espírito. Existe atração entre ocidente e oriente, tal qual existe entre homens e mulheres.        

Quase todos caminhos espirituais sérios implicavam uma forma de renúncia ao mundo. Os autores explicam que esta orientação contemplativa foi necessária, mas reflete o dualismo que mantivemos entre espírito e forma, entre nosso lado masculino e feminino. Faz-se necessário que a forma (aspecto masculino) também seja iluminada, e não apenas o espírito.

A meditação propõe, após relaxamento, que busquemos uma nova imagem nossa no mundo, sentindo força e coragem. Devemos perceber que nosso mundo nos alimenta e aos outros também, que somos capazes de estar no mundo, mas mantendo nosso compromisso com o universo que em nós existe.

Capítulo 10: Como confiar na intuição

Desde cedo, em geral, aprendemos a não confiar no que sentimos. Reprimimos nossa intuição, buscando a aprovação externa. Isso nos tira a força pessoal e gera várias conseqüências desagradáveis. A solução está na nossa reeducação, para “... escutar e confiar nas verdades interiores que nos chegam através dos sentimentos intuitivos” (p. 91). A idéia não é subestimar a mente racional, mas, aproveitá-la para dar força ao nosso conhecimento intuitivo. Para isso, é necessário reeducar nosso intelecto: treiná-lo de modo a ouvir e expressar a voz da intuição. Esta mudança pode fazer com que algumas pessoas se afastem de nós, mas outras serão atraídas, que nos apreciarão como somos.

Uma dificuldade que geralmente surge é como reconhecer a voz da intuição entre as outras vozes também presentes. “O primeiro passo é prestar mais atenção ao que você sente interiormente, ao diálogo interior que acontece lá dentro” (p. 93). Quando os sentimentos intuitivos são seguidos, o resultado normalmente é um aumento de energia e força.

É importante, quando se aprende a ouvir e seguir a intuição, fazer uma verificação interior ao menos duas vezes por dia: relaxar e perceber os sentimentos. O corpo é um ótimo ajudante: quando surgem dores ou indisposições, quase sempre são indícios de que a intuição foi ignorada.

Existem muitas pessoas que são bastante desenvolvidas intuitivamente, mas têm medo de agir segundo a intuição. Freqüentemente seguem a intuição em apenas um setor de sua vida, no qual são extremamente criativas e produtivas. Geralmente apresentam desequilíbrio em outros setores. Isto ocorre também com pessoas paranormais e com pessoas que buscam desenvolvimento espiritual: geralmente apresentam dificuldades em seus relacionamentos.

Quando nos arriscamos a agir intuitivamente, parte daquilo que surge vem sem polimento, com distorções, trazendo sentimentos de muita vulnerabilidade e perda de controle. A autora reflete que “... não é preciso ser perfeito para ser um canal para o universo” (p. 100).

Um dos passos sugeridos no exercício é escrever todos os motivos que nos levam a não confiar e seguir a intuição. O outro passo é, no mínimo duas vezes ao dia, relaxar e perceber os sentimentos e sensações para saber se estamos fazendo aquilo que estamos com vontade de fazer.

Capítulo 11: Os sentimentos  

Encontrar pessoas que não entram em contato com seus sentimentos é bastante comum, segundo os autores. Reprimir os sentimentos aprisiona o fluxo de energia vital que percorre nosso corpo, e nos impede de entrar em contato com o universo que existe em nós.

Pode existir receio de que, permitindo que emoções “negativas” (raiva, tristeza, etc) aflorem, estas acabem se tornando permanentemente dominantes.

Na realidade, o que ocorre é o oposto: quando nos permitimos experimentar estas emoções, o bloqueio, juntamente com a energia bloqueada, rapidamente se dissolve.

Não existem sentimentos negativos ou positivos: “... nós é que os tornamos negativos ou positivos, ao aceitá–los ou ao rejeitá-los” (p. 104). Apenas na medida que aceitamos todas as nossas partes, incluindo os sentimentos ditos negativos, poderemos nos sentir livres e realizados. As emoções comumente mais temidas são: medo, tristeza, pesar, mágoa, desespero e raiva. A autora explica como cada um destes sentimentos pode trazer crescimento, uma vez que seja aceito.

Às vezes é necessária ajuda profissional para liberação de bloqueios emocionais. A sugestão é que se busque alguém em quem se possa confiar. Também é sugerido que se crie o hábito de várias vezes durante o dia verificar quais sentimentos estão presentes, aprendendo a distinguir o que se pensa daquilo que se sente.

O exercício deste capítulo propõe que, ao acordar, focalizemos a atenção no coração, plexo solar e abdômen, procurando verificar como nos estamos sentindo. Detectando perturbações, os autores sugerem que se “converse” com os sentimentos presentes, para que nos digam o que está acontecendo. O exercício deve ser repetido à noite e nas horas do dia em que isto parecer adequado.

Capítulo 12: O tirano e o rebelde

A autora afirma: “O tirano e o rebelde são duas partes da personalidade que identifiquei em muitas pessoas com quem trabalho. O tirano (...) é uma voz controladora e exigente. O rebelde é a parte de nós que se recusa a fazer qualquer coisa que se manda que faça” (p. 108).

Algumas pessoas apresentam o rebelde como dominante. Este aspecto torna-se um problema quando é excessivamente desenvolvido e a pessoa começa a se rebelar contra tudo e todos. Qualquer coisa com ares de controle aciona a emergência do rebelde, inclusive as exigências interiores do próprio indivíduo.

O tirano interior surge pelas exigências feitas por pessoas que nos rodeiam. Suas vozes são internalizadas e aprendemos a ser igualmente exigentes conosco. Descobrimos que o tirano pode trazer bons resultados, os quais nos conduzem à realização exterior. Quando o ignoramos, surge uma batalha entre ele (tirano) e o rebelde. Ambos não conseguem mais ouvir-nos ou proteger-nos, e nos sentimos paralisados. A energia não consegue circular quando estas duas partes estão em luta e não usamos a intuição como guia. Para que a energia volte a circular é importante reconhecer a paralisação e observar o conflito interior. Um exame minucioso do conflito diminuirá a força do tirano e do rebelde. Ouvir e seguir a orientação intuitiva promoverá o desbloqueio de energia.

Como exercício os autores propõe que identifiquemos algumas de nossas regras e comportamentos que parecem exigentes e tirânicos. Pede também que anotemos qualquer pensamento rebelde que se manifeste, e o diálogo entre rebelde e tirano. Em seguida, devemos nos perguntar qual é o nosso maior desejo, anotando os pensamentos ou sentimentos    que surgirem.

Capítulo 13: A vítima e o salvador

O sentimento de vítima caracteriza-se pelo sentimento de que podemos ser violentados sem o nosso consentimento, pela crença de que estamos desamparados. O salvador, não sabendo cuidar de si, empenha-se em cuidar dos outros, na tentativa de preencher suas próprias necessidades.

Existem pessoas que parecem ser exclusivamente vítimas – dependendo sempre da ajuda alheia; e outras, salvadoras - dependem de estar sempre salvando os outros. Em geral, “... oscilamos entre esses papéis em modalidades menos extremas” (p. 113).

Os salvadores se mantêm tão ocupados na salvação dos outros, que não percebem a sua própria dor. Sua energia se mantém paralisada enquanto estiverem percebendo os outros como sendo problema ou solução. A partir de sua própria experiência, os autores esclarecem que “Você precisa admitir que normalmente salva porque teme que os outros o abandonem” (p. 115). Existe um receio de ficarmos sós se não cuidarmos dos outros.

Os autores explicam que não estão pretendendo desencorajar as pessoas a se ajudarem. Querem apenas esclarecer que precisamos admitir que ajudamos os outros por nós mesmos, e que, “A única maneira de ajudar verdadeiramente os outros é fazer exatamente aquilo que você queria fazer” (p. 115).

Existem pessoas que sentem que foram feitas vítimas. Para essas, o importante é fazer uma introspecção, pedindo ao universo aquilo de que precisam para tratar disso.  

O exercício proposto é dividido em duas partes. Na primeira, a sugestão é fazer uma lista de todas as situações em que nos sentimos vítimas. Para cada situação devemos nos concentrar para sentir a impotência diante desta situação, raiva por causa desta impotência, força e criatividade para encontrar soluções, e finalmente, perceber as opções para lidar com a impotência. A segunda parte do exercício consiste em listar as situações nas quais estamos salvando os outros, fechar os olhos e visualizar estas pessoas cheias de força. Em seguida devemos verificar o que precisamos para cuidar de nós mesmos, e o que fazer para nos sentirmos realizados.

Capítulo 14: Como encontrar o equilíbrio

De acordo com observações dos autores, “Seremos sempre impelidos a explorar aspectos de nós mesmos que são menos desenvolvidos, para nos expressarmos e nos provarmos de novas maneiras” (p. 121). Se ignorarmos estes impulsos, a vida se encarregará de nos encaminhar para estas explorações. É comum a intuição nos levar para experiências novas.

Para os autores parece haver dois tipos básicos de personalidade: “os que fazem” e “os que são”. Algumas pessoas apresentam uma combinação dos dois tipos. “Os que fazem” estão voltados principalmente para a ação, com sua energia masculina mais desenvolvida. “Os que são” geralmente são pessoas flexíveis, voltadas principalmente para a sintonia interior e não gostam da ação. A energia mais desenvolvida é a feminina.

Pessoas voltadas ao fazer provavelmente serão levadas pela intuição a fazer menos, a relaxar. Para elas, o mais difícil é ficar à espera até que a intuição aponte alguma coisa. As pessoas que preferem o ‘ser’ ao ‘fazer’ serão impelidas para maior ação e expressão. O importante é seguir os impulsos, mas respeitando os próprios limites e ritmo. Também é importante perceber se a voz ouvida não é a do tirano interior.

A meditação inicia-se com um relaxamento para passarmos a um nível de consciência mais profundo, para nos imaginarmos então como alguém muito equilibrado, capaz de relaxar, brincar e cuidar de si. O exercício, para quem costuma agir, propõe que se passe um dia inteiro fazendo o mínimo possível, tomando nota dos sentimentos e do que acontece. Para quem costuma priorizar a interiorização, a autora sugere que passe um dia todo buscando agir, seguindo qualquer impulso que surja, sem pretender algum resultado especial. A pessoa deve observar como se sente antes, durante e depois da ação.

Capítulo 15: Relacionamentos

Segundo a autora, “Os relacionamentos no velho mundo estão concentrados no exterior – tentamos nos sentir completos e felizes obtendo algo que está fora de nós” (p. 125). Esta expectativa leva inevitavelmente à frustração, ressentimento e decepção. Os relacionamentos não estão fora de nós: são espelhos do relacionamento que cada um tem consigo próprio. À medida que começamos a gostar de nós mesmos, automaticamente obtemos o amor e aprovação dos outros.

De modo geral, não aprendemos a cuidar de nós mesmos. Por isso, buscamos nos relacionamentos alguém que o faça. Para os autores, tomar conta de si significa confiar e seguir a intuição, priorizar os próprios sentimentos, acreditando que assim as necessidades de todos serão supridas. Significa também poder dizer não a um pedido feito por alguém muito próximo quando não queremos atender a este pedido.

A autora esclarece que após muitas dúvidas compreendeu que: “tomar conta de si mesmo não significa ‘fazer isto sozinho’ (...) [É] preciso construir e reforçar o relacionamento consigo mesmo no mundo da forma através da interação com as outras pessoas” (p. 128). Para criar um relacionamento amoroso consigo mesmo é importante reconhecer as próprias necessidades e aprender a pedir aquilo que se quer.

Quando seguimos nossa energia, ela possivelmente conduzirá para relacionamentos com pessoas com as quais mais temos a aprender. No entanto, às vezes é difícil reconhecer qual das vozes é a da intuição.

As ligações entre as pessoas são singulares e mutáveis, mas freqüentemente tentamos controlá-las, na tentativa de que se mantenham sempre da mesma forma. Esta tentativa acaba com os relacionamentos. Existe um receio de que o amor que recebemos não seja suficiente e, por isso, não aceitamos as mudanças inevitáveis. A autora lembra que o universo está cheio de amor.

Este receio também se manifesta em relação à questão dos compromissos. Estes, do ponto de vista da autora, trazem implícita a idéia de que não sentiremos atração sexual por mais ninguém além da pessoa com a qual estamos ligados.

Isto é impossível, dado que não temos controle absoluto sobre nossos sentimentos.

Outro aspecto a ser considerado é o da monogamia. Os conflitos que podemos ter quanto a sermos ou não monógamos cessam automaticamente quando conseguimos aceitar e acreditar em nós mesmos.

Quando há um envolvimento profundo, “... a intensidade da energia no relacionamento aumenta ou diminui, conforme o que tiver para ser aprendido dele num momento determinado” (p.133). Pessoas que são um espelho especialmente forte para nós provocam uma atração intensa, ou, uma forte repulsa. Quando estas pessoas têm as características desejadas para uma parceria, podemos sentir atração sexual, e mesmo, nos apaixonar, quando a energia é bastante forte.

Quando há paixão, o outro se torna um canal para nós, mas não conseguimos perceber que estamos, na verdade, sentindo o universo dentro de nós. Entregamos toda nossa força ao outro, e colocamos nossa fonte de felicidade fora de nós. Passamos a querer possuir o outro, e acabamos bloqueando o fluxo de energia. No final, o resultado é dor e frustração. O que vem surgindo, no entanto, é que “No novo mundo, estamos descobrindo algo simples e bonito que pode curar a nossa dor: o verdadeiro romance é viver na luz” (p. 137). A autora fala de sua experiência; “... certas pessoas me atraem mais e parecem intensificar ou aprofundar o sentimento de força vital que há dentro de mim. Sei que essas pessoas são um espelho para mim e sei também que são canais para uma energia especial na minha vida” (p. 138).
O exercício deste capítulo propõe que marquemos conosco mesmos um encontro romântico, agradando-nos da maneira como gostaríamos que nosso (a) companheiro (a) o fizesse; que imaginemos ser o universo nosso amante, dando-nos tudo o que desejamos. Sugere ainda que, quando sentirmos o próximo impulso romântico, lembremo-nos de que estamos sentindo a presença do universo.

Capítulo 16: Nossos filhos

A autora verificou que pais que usam estes princípios [viver como um canal] com seus filhos obtêm resultados excelentes, apresentando uma aproximação e compartilhamento de vida profundo. As antigas idéias sobre a função dos pais levavam estes a se sentirem totalmente responsáveis pelo bem-estar dos filhos. Entretanto, quando se busca viver como um canal, isto muda.

Como bebês, as crianças têm “forma” (corpo) mais jovem, mas o “espírito” é tão desenvolvido quanto o dos pais. “Como as crianças ainda não perderam sua ligação consciente com o espírito, elas nos proporcionam um considerável apoio na re-ligação com nosso Eu superior” (p. 141).

A criança necessita basicamente de duas coisas dos pais:

  1. Ser reconhecida e tratada como um ser espiritual poderoso e sofisticado. Desta maneira receberá o apoio e o reconhecimento de que necessita para que seu espírito continue claro e forte.
  2. Precisa do exemplo dos pais para viver proveitosamente no mundo material.

O retorno, quando proporcionamos aos filhos estes dois aspectos, é receber deles uma “abundância de energia vibrante e cheia de vida” (p. 141).

A maioria dos pais não consegue educar seus filhos como gostaria de fazer, pois seu próprio modelo não foi muito claro. No entanto, o crescimento e desenvolvimento dos pais repercute positivamente no desenvolvimento dos filhos, mesmo que haja distância física.

Os filhos podem servir de espelho para os pais, uma vez que “... estão sintonizados com os sentimentos e respondem honestamente à energia como a sentem, pois ainda não aprenderam a encobrir seus sentimentos” (p. 143). As crianças rapidamente captam a presença de contradições entre sentimento e comportamento. Mais do que proteção contra os sentimentos considerados negativos, elas precisam de honestidade, ou seja, precisam de um modelo de pessoa que vive e expressa todos os sentimentos pelos quais passa, sendo honesta consigo própria.

A imitação que as crianças apresentam das atitudes dos pais também serve como espelho. Os pais são o modelo de comportamento para os filhos. Se os pais dissimulam sentimentos, as crianças geralmente também o fazem. Se os filhos são rebeldes, é possível que o relacionamento dos pais com seu próprio tirano e rebelde interior não esteja bem equilibrado. As crianças aprendem com o exemplo: tenderão a fazer o que vêem os pais fazendo, e não, aquilo que lhes é dito para fazer. 

A autora observa que é comum os pais assumirem a responsabilidade pela vida dos filhos, descuidando da responsabilidade pela própria vida. Lembra também que os filhos aprendem com o exemplo: percebendo que os pais aprendem a cuidar de si mesmos, aprenderão igualmente que são responsáveis pela própria vida. Isso não quer dizer deixá-los fazer o que bem entendem: os pais têm “... o direito de pedir uma co-responsabilidade e a cooperação deles” (p. 145) A autora ainda sugere que os filhos sejam desde cedo incluídos nas decisões e responsabilidades da família.

Durante a meditação, sugere-se que imaginemos o filho ou filha à nossa frente, e que o (a) olhemos nos olhos, sentindo a força de seu espírito. Devemos então apenas ficar junto a ele (a), recebendo impressões a respeito de quem realmente é, e trocar com ele (a) o sentimento de respeito e apreciação. O mesmo procedimento deverá ser repetido com os outros filhos.

O exercício propõe que sejamos sempre honestos na comunicação com nossos filhos. Propõe também que perguntemos a eles se querem ouvir um conselho quando tivermos vontade de aconselhá-los. Caso não queiram, deveremos apenas dizer a eles o que pensamos sobre a situação em questão.

Capítulo 17: Sexualidade e paixão

A energia sexual é caracterizada por amor e vitalidade. Seguir a nossa energia é o segredo para uma vida apaixonada. Quando seguimos esta energia, ela nos conduz sempre à ação mais adequada. No entanto, temos geralmente medo de nós e desta energia.

Sabemos que não há segurança e estabilidade com esta energia. Por isso a tememos e aprendemos a reprimi-la. Bloqueada, ela não pode fluir. Um exemplo seria o da jovem que deve controlar sua energia sexual até casar, e então, espera-se que desbloqueie o que precisou controlar durante muitos anos.

Submetendo-nos ou nos rebelando contra regras impostas, a energia natural não flui. “Para chegar à plenitude, temos de nos arriscar a acreditar em nós mesmos, aprender a por de lado as regras externas e descobrir nosso ritmo interior” (p. 151).

A energia sexual varia para cada individuo. É possível começar a confiar e agir de acordo com esta nossa energia sem idéias preconcebidas nos influenciando, mas para isso, é necessário reconhecer como estávamos antes de tentar levá-la em conta. Verificar redação?

Permanecer com a energia pode ser difícil, e, procurar mudar nossas opiniões, limitações e rebeldia não é a solução. É a aceitação de como somos que vai nos ajudar: assim o corpo irá relaxar diante das mudanças, e no seu tempo ele mudará.

Antes de estarmos preparados para sentir nossa força sexual, usaremos vários álibis para regular nosso ritmo. Reconhecer e aceitá-los pode ajudar a desbloquear a energia. Quando seguimos a energia, a recompensa é uma sensação de grande bem-estar. Os autores propõem um exercício para ajudar a exploração da energia sexual.

Para seguir a energia nos relacionamentos, entre diversas observações, os autores sugerem: “Seja verdadeiro para com os seus sentimentos e as ações certas haverão de surgir” (p. 155). Para pessoas que vivem relacionamentos monógamos e sentem-se atraídas por outra pessoa, a indicação seria uma avaliação daquilo que realmente estão sentindo, e, se possível, mais honestidade e compartilhamento de sentimentos com o parceiro. Os autores acreditam que quando se é completamente honesto “... as coisas funcionarão de modo que todos obtenham aquilo que realmente desejam e aquilo de que verdadeiramente precisam” (p. 155-156).

Finalizando este capítulo, os autores apresentam uma meditação e um exercício.

Capítulo 18: O trabalho e o divertimento

Quando seguimos nossa energia, a diferença entre trabalho e divertimento desaparece. Fazendo aquilo de que gostamos, conseguimos trabalhar e produzir mais e com prazer. No fluxo do universo tudo se harmoniza e o dinheiro passa a fluir. “... O prazer que vem do fato de expressar a si mesmo torna-se a maior recompensa” (p. 159). O trabalho e o dinheiro funcionam ao mesmo tempo, mas não obrigatoriamente como causa e efeito. Correção?

No novo mundo percebemos que o trabalho e o verdadeiro objetivo da vida não podem estar permanentemente ligados, como sendo uma coisa só. No velho mundo, a carreira seria seguida por toda (ou quase) a vida. “No novo mundo, muitos de nós somos canais para uma série de coisas que poderão vir juntas em fascinantes combinações. (...) [Você] estará fazendo o que gosta, aquilo que sabe fazer bem, o que chega a você facilmente e que tem para você algum elemento de desafio e interesse especial” (p. 160).

O trabalho não será exercido para a obtenção de uma recompensa posterior, pois o importante será a realização daquilo que se está fazendo. Quando durante a execução de uma atividade tivermos a sensação de estar fazendo aquilo que sentimos vontade de fazer, o prazer que sentimos será experimentado também pelas pessoas que estiverem à nossa volta.

Poderá ser feita a opção de aprender habilidades que permitam que o canal funcione como deseja. Quando isto ocorre, tudo se processa de maneira fácil e natural. Qualquer tarefa pode ser gratificante e prazerosa quando seguimos a orientação da intuição.

Quase todas pessoas têm uma idéia, ao menos no fundo da consciência, daquilo que gostariam de fazer. Geralmente isto está muito reprimido, de modo que só é sentido como uma fantasia pouco viável. A autora percebeu que “... muitas vezes elas [as pessoas] vão para o lado oposto, achando que é mais fácil ou que obterão a aprovação dos pais ou do mundo” (p. 162). Os autores também estimulam sempre as pessoas a se arriscarem indo atrás daquilo que lhes interessa. Fornecem alguns exemplos de situações deste tipo.

Para meditação, após um relaxamento, é sugerido que imaginemos estar fazendo exatamente aquilo que queremos fazer na vida, e também, que imaginemos ter uma carreira fabulosa que nos rende mito dinheiro. Somos muito bem sucedidos por estarmos fazendo o que gostamos de fazer.

Como exercício, a primeira sugestão é seguirmos os impulsos que temos quanto a desejos sobre trabalho e divertimento. Outra sugestão é: faça ‘’...uma lista de fantasias que você alimenta sobre trabalho, carreira ou criatividade, e ao lado faça uma lista das ações que planeja para explorar essas fantasias”(p. 165). Outra sugestão é escrever uma “cena ideal” ocorrendo quanto ao trabalho, exatamente como desejada, escrita no presente, como já sendo realidade.

Capítulo 19: O dinheiro

Para a autora, “O dinheiro é um símbolo da nossa energia criativa” (p. 166). Ganhamos dinheiro com o uso da nossa energia e o trocamos por produtos e serviços resultantes da energia dos outros. Conforme a capacidade de ser um canal para o universo, teremos capacidade para ganhar e gastar dinheiro em abundância.

No velho mundo, acreditamos depender da obtenção de coisas para sobreviver, e, que o dinheiro é a coisa mais importante. Acreditamos também que é preciso lutar duramente e pagar alto preço para obter dinheiro.

Quem tem pouco se preocupa em conseguir mais, e tem medo de que não haja o suficiente. Quem tem muito sofre porque sempre tem medo de perder o que possui.

A confiança no universo que existe em nós é a base do novo mundo. O reconhecimento de que a energia e a inteligência criativa do universo são a principal fonte de tudo faz com que tudo nos pertença, se nos entregarmos a esta energia. Quando aprendemos a ouvir e agir segundo aquilo que o universo diz, surge cada vez mais dinheiro. “Ele passa a fluir de maneira fácil, sem esforços e cheia de prazer, porque não há sacrifício algum envolvido neste processo. (...) O dinheiro poderá ir ou vir, mas você não perde o seu prazer ou satisfação” (p. 169).

No processo de canalização do dinheiro existe a maneira ativa e a maneira passiva. O processo ativo é a maneira masculina de obter dinheiro: sair atrás de alguma coisa. Atrair aquilo que queremos é a maneira feminina ou passiva. Temos capacidade de funcionar dos dois modos. Muitas pessoas desenvolvem apenas um deles.

Na busca de equilíbrio entre os aspectos passivo e ativo, o essencial é sempre fazer o que se deseja. Às vezes é preciso correr riscos, mas é importante que os riscos assumidos sejam proporcionais ao tamanho da estrutura que se está construindo. Devemos iniciar construindo as pequenas coisas, pois, desta maneira, adquirimos confiança e segurança para saltos maiores.

De acordo com a autora, na estruturação do canal, o equilíbrio é um ponto importante. Se nossa tendência é para a atividade, precisaremos aprender a lidar com a passividade, e vice-versa. Pessoas que lidam de forma descuidada com dinheiro podem precisar elaborar estruturas adequadas, que incluam aprender a administrar o talão de cheques, fazer e seguir orçamentos, etc. Podem descobrir que estes aspectos são fascinantes, removendo então obstáculos ao fluxo de energia.

Por outro lado, pessoas que sempre foram cuidadosas com seus gastos e sempre economizaram, precisam aprender a serem mais impulsivas. Devem confiar na orientação da intuição e ter coragem de assumir mais riscos, fazendo coisas diferentes das habituais.

Sobre o funcionamento do dinheiro, é importante saber que ele sempre flui para as situações que criamos na vida. É atraído para coisas que precisamos, desejamos ou imaginamos – é importante incluí-las no orçamento.

A autora relata sua própria história com o dinheiro. À medida que incluía coisas desejadas no orçamento, o dinheiro para realizar estes desejos começava a entrar. Em determinado momento ficou sem dinheiro, sem economias ou outros recursos. Após alguns minutos de medo, sentiu-se calma, sabendo que tudo iria dar certo, pois emocionalmente estava muito bem. Reduziu despesas, e o dinheiro sempre dava para o necessário. A partir de então, percebeu-se com os pés no chão, construindo em base sólida. Aprendeu a confiar no universo de forma mais ampla.

Para meditação, após um relaxamento, devemos observar a energia em nosso corpo, absorvendo mais energia a cada respiração. Devemos então começar a imaginar esta energia como dinheiro, que flui por todo nosso corpo. Imaginamos todo dinheiro que desejamos, tocamos e brincamos com ele, e tomamos consciência de que atraímos o dinheiro e ele flui facilmente para nós.

Como exercício, a sugestão é listar todas as formas pelas quais limitamos nossos desejo e criatividade. Devemos imaginar que estamos fazendo aquilo que desejamos em cada uma destas áreas.

Capítulo 20: A saúde

O nosso corpo é a nossa principal fonte de informação. Indica-nos o que é ou não funcional em nosso modo de pensar, de nos expressar e de viver.

Quando crianças, desde que o ambiente seja razoavelmente positivo, somos espontâneos. A energia flui e somos sempre renovados por nossa energia natural. Mas, como nossa educação está longe de ser perfeita, desde cedo desenvolvemos hábitos que se opõe à nossa energia natural. Não mais ouvimos os sinais do corpo quanto à alimentação, descanso, exercícios e cuidados necessários. Passamos a agir de modo a nos adaptar ao ambiente em que vivemos. Seguir nossa própria energia torna-se arriscado e bloqueamos então o seu fluxo.

Quando não seguimos nossa energia, ou não apoiamos nossos sentimentos, o corpo emite sinais. Caso não os levemos em consideração, os sinais emitidos tornam-se mais fortes. Poderá advir uma doença ou acidente mais sério, se novamente não dermos ouvidos às mensagens do corpo.
Descanso e tranqüilidade são necessários quando o corpo está doente. Quando surgir uma melhora, podemos perguntar ao corpo o significado da mensagem: ele dirá o que é necessário saber para nos curarmos.

Os autores apresentam uma lista contendo algumas das causas mais comuns de dores ou doenças do corpo. Para cada aspecto abordado há uma afirmação para o tratamento.

O uso de drogas para tentar manipular a energia (café, cigarros, maconha, excessos de todos tipos, etc) ocorre com maior probabilidade quando confiamos pouco em nossa energia. Na opinião dos autores, a dependência é um recurso utilizado para controlar a própria força. Os autores também afirmam que ”todos nós usamos alguma espécie de vício para regular o nosso ritmo. A cura para isso é fortalecer a confiança em nós mesmos e no universo” (p. 184).

Para dependentes químicos, a tentativa de regular o uso da substância não dá resultado. A indicação é buscar apoio com profissional especializado ou em grupos de apoio como Alcoólicos Anônimos ou Narcóticos Anônimos. Na drogadição há um bloqueio total de todas as vozes do espírito.

A meditação inicia-se pelo relaxamento, durante o qual devemos encontrar um lugar tranqüilo no nosso interior. Ali descobrimos o que precisamos saber para nos curar. Após indagar o que nos é necessário, devemos permanecer abertos para qualquer resposta. Outra alternativa para meditação é proposta: levar a consciência até um ponto doente ou dolorido do corpo. Perguntamos então o que esta parte do corpo quer nos dizer, e o que é preciso fazer para alcançar a cura. Deveremos seguir a resposta que surgir.

Capítulo 21: O corpo ideal

Para a autora, “ter um corpo bonito depende inicialmente do modo como seguimos o fluxo da nossa energia natural” (p. 186). Dormir e comer de acordo com o desejo do nosso corpo seria o ideal. Embora pareça simples, não é: aprendemos a desconfiar do corpo e a acreditar que ele precisa ser controlado.

Quando crianças, foi preciso seguir as regras e costumes da família e da sociedade, mesmo que a vontade do corpo fosse outra. Aprendendo a desconfiar de nós mesmos, criamos conflito e desequilíbrio em nosso sistema. O resultado é a busca da gratificação emocional mais facilmente disponível. A reação do corpo é o ganho de peso, desenvolvimento de vícios alimentares e alergias. A solução destes problemas acaba se tornando um problema também.

Para conseguir um corpo saudável e bonito precisamos começar a confiar em nós mesmos. Devemos nos entregar às necessidades do corpo. A intuição mostrará o que deveremos fazer, pois o corpo sabe muito bem o que lhe é saudável. Na concepção dos autores, “a chave mais importante para a criação de um corpo ideal é aprender a afirmar-se coerentemente na vida” (p. 189). Para muitas pessoas obesas isso é difícil, pois têm medo de confiar e agir segundo seus sentimentos. Muitas vezes seus limites não são precisos e outras pessoas abusam da sua boa vontade. Outros tipos de receio podem estar presentes, de modo que o processo da afirmação é essencial: quando apoiamos os sentimentos com a ação, cria-se uma força e uma proteção interior. A experiência dos autores é que, quando as pessoas conseguem afirmar-se, perdem peso espontaneamente, sem passar por privações. O aumento de energia circulante remove a energia bloqueada e o excesso de peso aos poucos é dissolvido.

Outra causa de bloqueio de energia que provoca peso excessivo é  a espera: esperar ser, fazer ou ter o que se deseja. Quando apoiamos a nós mesmos, isto não mais ocorre e a energia circulará livremente. O excesso de peso é então removido. Apoiar-se a si próprio significa agir de acordo com os próprios sentimentos e a intuição. Uma vez que a perspectiva de nos apoiarmos todo o tempo pode assustar, a participação em grupos de apoio vem a ser um bom recurso.

Crenças negativas a respeito do corpo e da alimentação estão presentes para a maioria das pessoas. Estas crenças, sustentadas inconscientemente, causam uma intensa sensação negativa na nossa vida, impedindo a criação daquilo que desejamos. A identificação destas crenças faz com que elas percam a força.

Para identificar nossas principais crenças negativas, é apresentado um método que consiste em: listar todas as crenças sobre o corpo e alimentação; examiná-las; verificar quais já não servem e porque não conseguimos removê-las; desapegar-se destas crenças; criar uma afirmação para neutralizar e corrigir cada uma destas crenças negativas (são também apresentadas indicações para o uso destas afirmações).

A concentração nos aspectos nossos e do nosso corpo que mais apreciamos, faz com que nosso corpo corresponda a esta valorização. Os autores afirmam que “estamos esperando a perfeição antes que passemos a gostar completamente de nós mesmos” (p. 196). Apresentam também um ritual para aprendermos a gostar do nosso corpo e um exercício de visualização para embelezarmos nosso corpo.

A meditação também propõe uma visualização: após relaxamento, visualizar o corpo exatamente como gostaríamos que fosse, com tamanho, peso e forma ideais. Procuramos sentir como estaríamos com este corpo ideal, o corpo dando apoio ao espírito. Como exercício, a sugestão é listar as situações nas quais nos vemos como um “peso“ para nós mesmos, escrevendo como agir, o que fazer para nos livrarmos de cada uma destas situações.

Capítulo 22: A vida e a morte

Seguir o nosso fluxo de energia é optar pela vida. Ao contrário, bloquear ou impedir este fluxo é escolher a morte. A cada momento estamos fazendo uma ou outra destas opções.

Cada vez que seguimos nossa intuição, nosso canal se abre e um fluxo maior de energia vital flui por ele. As células do nosso corpo se renovam, e nos sentimos mais cheios de vida. Quando não seguimos a intuição, a vida se torna uma luta. Bloqueamos a entrada e a circulação da energia, e o corpo envelhece mais rapidamente.

Uma parte nossa busca a vida, outra não – é a parte nossa que não confia em si. Segundo os autores, “as pessoas vêm ao mundo para realizar um objetivo específico e, depois de realizá-lo, vão embora, ou, não conseguindo realizá-lo, resolvem assumi-lo novamente nesta vida ou numa outra dimensão” (p. 200). Quando conscientemente escolhemos a vida, influenciamos também a opção das pessoas que nos rodeiam.

Como meditação, a sugestão é, após relaxamento, lembrarmos de uma situação recente em que não seguimos nossa energia, não seguindo nossa vontade. Devemos perceber como nos sentimos revivendo esta situação. Em seguida, voltamos para esta situação, imaginando seguir nossa vontade, e então, igualmente observar nosso sentimento. Devemos passar alguns minutos percebendo como é confiar em nós mesmos.

O exercício proposto apresenta o objetivo de adquirirmos consciência de nossa opção pela vida ou pela morte.

Capítulo 23: Como transformar o nosso mundo

A transformação individual, à medida que vai ocorrendo, gera a transformação de outras pessoas. Conforme vamos aceitando todos os nossos sentimentos e aprendendo a ouvir e seguir a nossa intuição, as pessoas à nossa volta se beneficiam da nossa energia e também começam a confiar em si.

Na visão da autora, a consciência de cada indivíduo está relacionada e faz parte da consciência de massa, e, quando um “... número pequeno mas significativo de indivíduos passa a um novo nível de consciência e muda significativamente o seu comportamento, essa mudança é sentida por toda a consciência de massa” (p. 203).

Sendo o mundo o nosso espelho, quando mudamos, também ele muda. Sempre que nos abrimos para mais energia, velhos medos são liberados e sentimos, alternadamente, força e medo, até o momento em que uma sólida confiança se estabelece.

Para criar mudanças no mundo é preciso começar pela nossa mudança interior, lembrando que a responsabilidade pela vida de outras pessoas não é nossa, pelo menos não diretamente, pois estamos criando o mundo todos juntos. Nossa tarefa é a aprendizagem – aprender a confiar na nossa verdade interior e segui-la. Deste modo liberamos a nossa dor e medo, e assim, tratamos também da dor e medo dos outros.

A respeito da pobreza, os autores dizem que esta “... em níveis pessoais e mundiais é apoiada pela idéia de escassez da nossa consciência de massa. Receamos profundamente não haver o suficiente de qualquer coisa que precisemos...” (p.206). Problemas de pobreza, violência e desequilíbrio ambiental devem ser identificados dentro de nós se quisermos eliminá-los do nosso mundo.

Os problemas ambientais refletem problemas pessoais. Uma pessoa que está em sintonia com a intuição interior, não tem como estar em sério desequilíbrio em relação ao ambiente: a forma pela qual tratamos a terra espelha o que sentimos em relação ao nosso corpo.

Os autores contestam a motivação que acreditam levar muitas pessoas a quererem fazer algo por um mundo melhor. Explicam que “Isso é o ego saindo de uma posição de desamparo e medo, lutando em vão para fazer algo que erradique estes sentimentos” (p. 208).

É apresentado um método em cinco etapas para a cura pessoal e interplanetária; e outro, para dissolver as crenças negativas básicas. Como meditação, após o relaxamento, sugere-se que entremos em contato com um lugar interior profundo e tranqüilo, nossa fonte de energia. Devemos então imaginar como gostaríamos de ser no futuro – nos próximos meses e nos próximos anos em relação ao aspecto físico, de vestuário, moradia, trabalho e relacionamentos.

Capítulo 24: Uma visão  

A autora narra a imagem que vê de uma cidade antiga em desintegração, que vai sendo substituída por uma cidade nova e linda. Sabe que esta nova cidade de luz está sendo construída dentro de nós, e é toda feita de luz.

 

Apreciação pessoal sobre o livro

Típico livro de auto-ajuda, apresenta conteúdo basicamente voltado para mudanças. Reforça a idéia de que, inicialmente, é preciso haver consciência daquilo que não vai bem para que a necessidade e o desejo de mudança venham a surgir. Diversas idéias sobre mudanças são apresentadas, principalmente no sentido de levar as pessoas a se tornarem mais centradas.

Refere-se também às dificuldades que surgem durante o processo de mudança, às resistências apresentadas pelo padrão antigo,  trazendo  sugestões sobre como agir para solucionar estas questões. Embora possa parecer um pouco mágico, sua leitura trouxe para boa colaboração para meu próprio desenvolvimento.

 

Nome do autor da resenha e data: Psicóloga Zilda Langer. Novembro/2004.